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** By ROBERTO CHRISTO **
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Diário de Um Exorcista. É o Cinema Nacional Permitindo Novos Gêneros!


Para você que permite que seu gosto pelo gênero terror sobreponha qualquer rótulo como, por exemplo, "filme independente", a grande recomendação vai para O Diário de Um Exorcista.  O filme, baseado em fatos reais, arrepia de medo até aos inveterados fãs do gênero! E não é uma opinião só minha, amigos que leram meus posts nas redes sociais, decidiram assisti-lo e teceram inúmeros elogios. Todos tiveram suas atenções tomadas pelo filme, do começo ao fim.

Dirigido pelo cineasta e também brilhante ator, Renato Siqueira, O Diário de Um Exorcista conta a tragédia familiar que abalou o jovem Lucas Vidal, personagem que tem o desafio de enfrentar, desde sempre, seu maior inimigo: o Diabo. Não vou entrar em detalhes para não dar uma de spoiler, mas posso afirmar que o diretor/produtor e sua equipe tiveram a boa ideia em investir em um gênero pouco explorado pelo cinema brasileiro.

Acho louvável que cineastas emergentes estejam deixando de seguir a matriz do neorrealismo que impera no nosso cinema atual, pois nossa arte precisa desta diversidade de gêneros, precisa de uma parcela do viés comercial. Acredito que seja juntando um pouco de tudo que seguiremos o caminho que vai driblar crises e destruir barreiras de uma "panelinha" dominante. Só assim fortificamos o cinema independente mundial e o levamos para dentro da sua casa, no conforto do seu sofá.

Renato Siqueira e equipe foram bravos por concluírem a missão de produzir sem recurso e por conseguirem lançar seu belo filme através de uma distribuidora de renome. Eles venceram ao reunirem um time de técnicos, sócios e atores que trabalharam com coesão, amor e carinho pelo ofício da arte. Foi um orgulho testemunhar o brilho no trabalho de queridos colegas que integram a turma como: Chris Fernandes, Manoel Lima e Ruben Espinoza.

Vendo com olhos de profissional do cinema, houve erros? Sim, alguns poucos! Porém, prefiro me ater ao apontá-los, pois são questões que não cabem a esta crítica, são detalhes irrelevantes ao público geral, são opiniões pessoais que passam por interpretações baseadas em linhas divergentes de estudo da matéria. O Diário de Um Exorcista é uma obra revolucionária feita na base da coragem, por isso está isento do meu julgamento de estéticas.

Produzir um filme livre das estruturas de uma grande produtora, de um estúdio famoso ou sem financiamento por recursos públicos é uma batalha quase impossível! O cinema deve ser encarado como um negócio, um trabalho que gera empregos e cujo produto final precisa dar certo e ser rentável nos seus frutos, pois uma indústria só funciona se consumar o seu ciclo de investimento gerando retorno. Esta é a minha percepção! Acredito que se as produções tiverem mais comprometimento com a questão mercadológica o nosso produto se tornará mais atrativo para possíveis novos investidores; nosso marketing cultural não mais se resumirá ao controle de um pequeno grupo de mídia especializada que só divulga os feitos de seus pupilos ou de seus semelhantes ideológicos. E acredito que a produção do Diário de Um Exorcista nos ajudou a abrir este caminho. 

Para assistir ao filme basta escolher uma das opções:


Assista ao trailer:


Bom filme!
Roberto Christo

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Avant Premiere da Exposição sobre Regina Duarte

Regina Duarte

No último sábado foi a avant premiere da exposição "Espelho da Arte – A Atriz e Seu Tempo" que comemora os 50 anos de carreira de Regina Duarte. A mostra é uma grande produção assinada por Eduardo Bodstein e Marcelo Gomes, além de um árduo trabalho fruto de um carinho incondicional do curador Ivan Izzo, ator e artista plástico que acompanha a trajetória da atriz há 23 anos e que juntos conseguiram retratar uma jornada brilhante; um marco histórico que serve de exemplo e referência para muitos dos profissionais do audiovisual e artes cênicas.

A atriz esteve presente na abertura, mais uma vez ela demonstrou sua doçura e amabilidade com os convidados dando atenção e estampando no rosto aquele sorriso mais belo e caloroso do Brasil.

Convido a todos a conferirem essa exibição cujo ponto alto é a emoção que o trabalho consegue passar, tanto a imagem do trabalho da atriz versátil, corajosa e dedicada, quanto a reunião física de fotos, vídeos, objetos e figurinos que compuseram os mais de 100 personagens vividos por Regina Duarte. Tudo foi muito bem ambientado, a iluminação assinada pelos designers PH e Kelly Lima não só destacou o feeling do conteúdo mas trouxe um ar de aconchego que envolve o espectador de modo que ele não quer mais deixar o espaço! Precisei ser avisado que o evento havia se encerrado por aquela noite.

Portanto, não percam esta oportunidade ímpar de experimentar um trabalho de altíssimo nível. A exposição vai até o dia 08 de Fevereiro, no espaço JK - 3º Piso do Shopping JK Iguatemi. Segunda à Sábado das 11:00 às 23:00 e Domingos e Feriados das 14:00 às 20:00.

Mais informações

FOTOS

Eduardo Bodstein, Ivan Izzo, Regina Duarte e Marcelo Gomes
Foto: Manuela Scarpa para GNEWS

Prestigiando o evento os atores: Jui Huang e Kamilla Bielawski

Jui Huang, Regina Duarte e Roberto Christo
PH, Kelly Lima e Roberto Christo


Por ROBERTO CHRISTO

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A História de Carmen Rodrigues


Será na cidade de Belo Horizonte, o lançamento do livro "A História de Carmen Rodrigues" da escritora especializada nas questões de gênero e sexualidade, pela Ohio University (USA), Ana Luiza Libânio.

A autora foi alfabetizada nos Estados Unidos, na Los Angeles da década de 70. Na década de 80, retornou ao Brasil, onde vive na cidade de Belo Horizonte.  Em 2001 formou-se em Letras pela UFMG.

Pelo que eu conheço da sensibilidade da Ana, acredito que a obra trate do assunto de sua especialização que, com certeza, será abordada de maneira lírica e prazerosa. Enfim, terá um efeito de responsabilidade social! "Façamos a nossa parte"

Louco para ler o livro!!!

Dia 18 de dezembro, a partir de 18 Hrs

Livraria Quixote
Rua Fernandes Tourinho, 274 - Savassi, Belo Horizonte - MG
(31) 3227-3077

Por ROBERTO CHRISTO

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Mais um ato solidário por Ana Maria Saad


Com o objetivo de oferecer um projeto em prol da bem estar da mente, Ana Maria Saad, atriz, diretora e empresária, trabalha na realização do "I Congresso de Medicina Integrativa na Saúde da Mente". O evento visa promover técnicas para aquietar a mente e resgatar a qualidade de vida daqueles que sofrem com distúrbios como: depressão, ansiedade, pânico, bipolaridade e outros.

Gostaria de ressaltar a coragem, a garra e o espírito solidário nesse ato de cidadania, da grande Ana Maria.

Leia o depoimento da mesma e seja um apoiador:

"Você sabe o que é sofrer abuso de uma das pessoas que mais deveríamos confiar? Infelizmente eu sei. Fui abusada pelo meu pai durante toda a minha infância. Sofri abusos psicológicos diários, e até mesmo sexuais. O resultado? Transtornos mentais, depressão e vontade de morrer. Dentro de mim, eu já sentia que a vida era um luto. Um dia conheci a Medicina Humanizada, e aprendi a domar minha mente.

No meu caso, minha mente foi domada contra a depressão. Para outras pessoas que conheci no meio do caminho, suas mentes foram focadas em outros assuntos, como liderança, timidez ou crescimento pessoal. Hoje dedico minha vida para ajudar os outros, mas preciso da sua colaboração para salvar mais pessoas que estão na mesma situação que eu passei.

Por isso criei esta campanha de financiamento coletivo para viabilizar o I Congresso de Medicina Integrativa na Saúde da Mente, evento online que farei, na primeira semana de dezembro, com a ONG Pensamentos Filmados para compartilhar os benefícios da Medicina Humanizada com muito mais pessoas."

Colabore clicando AQUI

Abraços,
ROBERTO CHRISTO



sexta-feira, 15 de agosto de 2014

The Wayward Cloud de Tsai Ming-liang


Há alguns anos eu, por acaso, assisti na TV a um filme que me marcou muito. Sabe quando estamos em viagem, assistindo um dos vários canais a cabo do hotel e pegamos o filme após iniciado? Na época não memorizei o nome do filme, nem do diretor. Tempos depois, de volta ao Brasil, tentei procurar algo sobre o filme e nunca encontrei.  

Recentemente ganhei um livro sobre cinema e ao folheá-lo me deparo com o foto de uma cena do desconhecido filme! Sim, era aquela obra cujos maiores atrativos eram a arte e fotografia, justamente os elementos que despertaram a minha atenção e fascínio! Corri para ler os créditos e lá estava: The Wayward Cloud (por Tsai Ming-liang). Bingo! Após anos, encontrei o que tanto queria e agora com a possibilidade de estudar sobre o diretor.

Então, o filme teve o título traduzido para "O Sabor da Melancia" e narra o encontro de Hsiao-Kang com Shiang-Chyi, ele um ator pornográfico e ela uma funcionária de uma video-locadora que reencontra um antigo "crush" para novas experiências. A versão para o português vem do uso constante da melancia como o símbolo de volúpia e do elemento água que aparecem como protagonistas no contexto do filme. 

O diretor, de maneira complexa, retrata a influência da urbanização na vida de seus personagens! Aqui temos novos formatos dos espaços físicos habitados pela população de Tawain e vivemos uma escassez de água que assola a cidade. O resultado é uma valorização exacerbada da importância de seguir os instintos que nos levam às relações interpessoais! Os impulsos humanos se manifestam mais arduamente, no desejo sexual, dificilmente consumado, decorrente das coincidências da proximidade física causada pela falta de espaço; ou na busca ensandecida da preciosa água, que com fartura estaria presente em uma suculenta melancia. 

O roteiro, um pouco confuso, permitiu a inserção de números musicais, todos muito bem produzidos e dentro da proposta verde-vermelha. A arte e fotografia enriquecem os demais elementos do filme e o torna mais interessante. 

O diretor, conhecido como um representante da Nouvelle Vague oriental, é famoso por explorar o ritmo lento, com planos longos e poucos diálogos. A crítica destaca bastante seu outro filme, Vive L’amour, com o qual o diretor ganhou o Leão de Ouro, em Veneza (este ainda inédita para mim, mas vou buscar uma maneira de assisti-lo, o mais breve possível!).

Portanto, fica aqui a dica para quem tem adoração pelo cinema oriental, como eu!


Abraços,
ROBERTO CHRISTO



The Wayward Cloud

The Wayward Cloud

The Wayward Cloud


segunda-feira, 26 de maio de 2014

A arte de Joana Vieira

Joana Vieira e Bigode

A artista plástica, Joana Vieira, apresenta sua arte com influências do barroco brasileiro, cujo tema chama a atenção para o nosso sincretismo religioso e sua miscelânea de ritos afros e cristãos. Paulistana com alma enraizada do nosso país, Joana expressa a visão de nossas tradições de maneira inclusiva. Suas obras nascem da junção da madeira, tintas, lantejoulas, tecidos e fotografias.

A percepção da arte é algo muito pessoal e vai de encontro com a características mais intrínsecas do espectador. No último 24 de maio, estivemos no evento de arte de Joana Vieira, que abriu a sua casa-atelier, para convidados. Foi uma grande oportunidade de ver de perto, a magnífica obra desta artista que celebra o heterogêneo, buscando elementos seculares, cujo conceito inicial se camufla por detrás do conservador!

Para ser contemporâneo, enaltecer a diversidade e se utilizar de bases tradicionais ou de raízes, é preciso ser inteligente e tocar os diversos inconscientes. Em tempos em que movimentos sociais lutam pela abolição do tradicional véu das mulheres iranianas e que no Brasil pedem pela retirada dos crucifixos das salas de instituições públicas para manutenção da laicidade do país, ou insistem no reconhecimento das crenças afro-brasileiras como religião, Joana Vieira usa de sua criatividade para mostrar que o inteligente é se comunicar de forma inversa, ou seja, valorizando as óbvias raízes que a atualidade taxou de conservadora, mas que, definitivamente, não são!

Ser inteligente e criativo é ir pela via contrária e mostrar o sagrado já introduzido do sincretismo! Arte é isto, arte é não banir as raízes, mas sim recria-las!
Promover a harmonia do diverso é criar um evento de arte com samba, música eletrônica, cachaça e espumante. É mostrar uma obra, nitidamente, com grande influência do Barroco católico, cristão! Porém, mesclada de referências "mundanas" (no melhor sentido da palavra)! 

Quando falo de diversidade aqui, digo respeito às diversas crenças, culturas e origens. O trabalho de Joana Vieira consegue fazer isto de forma impressa!

Seu mundo se divide em fatias de brasilidade, com seus elementos da cultura baiana embasada nas raízes africanas; com sua matéria prima que nos remete às fantasias do nosso carnaval. Uma outra fatia inclui um pouco do barroco andino, senti bastante influência da escola cuzquenha na obra da artista! Indo bem mais longe, há a fatia com influência da arte sacra filipina, cujo detalhe marcante fica com o vermelho (e demais cores) da tapeçaria intitulada "Sagrado Coração de Maria" que me trouxe a sensação de estar presente na famosa festa da "Sexta Feira da Paixão", em Manila, com seus ensanguentados corpos flagelados.

É claro, tudo que cito aqui provém da mesma influência cristã-ibérica, mas enfatizo que houve a haverá mutações desta realidade, assim como a interpretação da arte. Falar de espiritualidade através de símbolos é materializar um energia! Agora, é preciso espiritualizar a matéria resultante das nossas mutações físicas e culturais, mutações que geram diferenças. Diferenças que o homem resiste em aceitar. Negações que são motivos de guerras e disputas. 

Fazer da arte uma busca das raízes, pode ser uma maneira inclusiva de celebrar as variantes finais da sensibilidade, de se mostrar as diferenças de formas que migram aos extremos do mundo. É ter conhecimento que qualquer diferença se torna igual ou se torna invisível, quando enxergamos que a sua essência é a mesma, não importando se a artista clamou por São Jorge, talvez Ogum! Ou se ela homenageia o Espírito Santo, incluindo em sua obra as tradicionais lanternas de papel, presentes na festa budista de Vesak, e que pode representar o mesmo símbolo da libertação​​, em qualquer crença.

por ROBERTO CHRISTO

 

terça-feira, 8 de abril de 2014

"O que o Mordomo Viu"

Foto do site Ingresso Rápido


"O que o Mordomo Viu" é o tipo de espetáculo que você não sente o tempo passar! É tão hilariante que quando chega ao fim, o verdadeiro desejo de todos os espectadores, se possível, seria como em um vídeo ou DVD: voltar a fita e assistir tudo de novo. Vale enfatizar que minha analogia não se completa, quando se compara a energia do teatro com a do vídeo, o "ao vivo" é infinitamente mais emocionante!

A versão de Miguel Falabella, que também assina a direção, foi baseada na peça escrita pelo polêmico, Joe Orton, cujo título original "What the Butler Saw" também pode ser traduzido para "O que o Camareiro Viu".

A minha grande ansiedade em prestigiar o espetáculo muito se deveu ao fato de poder assistir ao meu amigo e parceiro de trabalhos, o ator Magno Bandarz, brilhar, mais uma vez no palco. Parabéns Amigo! Você está maravilhoso, como sempre! Muito orgulho.

Justiça seja feita que o mérito de boa atuação vai para todos os atores que integram o elenco, sem nenhuma exceção! Uma turma de peso, afiada e que movimenta a peça, levando aquele especial "comichão" da comédia, que provoca as várias risadas, à plateia. Quero destacar dois atores: Marcelo Picchi e Marisa Orth, que só de pisarem no palco com suas expressões ímpares, já me arrancaram as melhores gargalhadas de 2014.

A inteligência de Miguel Falabella para adaptar o texto, construiu uma comédia capaz de burlar a barreira do politicamente correto e conseguiu brincar com questões de sexualidade e gênero sem jamais ofender qualquer diferença, classe profissional, filosofia ou aquelas rachaduras do nosso psiquê. E é claro! A sutileza dos atores foi fundamental para brindar a boa ideia do autor, foi unânime, a interpretação de tom perfeito e sem o uso dos trejeitos "clichês" da comédia. 

Um conjunto nota mil e melhor... com a vantagem da possibilidade de pagar somente R$ 50,00 + taxas pelo ingresso (o mais em conta, depende do assento e sujeito a alteração), desde que se compre com antecedência, pois o espetáculo está concorridíssimo. 

Aproveitem!

Em cartaz sextas, às 21h, sábados, às 19h e 21h30, e domingos, às 19h.

Teatro Procópio Ferreira
R. Augusta, 2823 - Jardim América
São Paulo - (11) 3083-4475
Ingresso Rápido

por ROBERTO CHRISTO


quarta-feira, 19 de março de 2014

Magno Bandarz chega com seu novo espetáculo à São Paulo


O amigo e ator, Magno Bandarz, chega a São Paulo nesta semana. O ator está em turnê pelo Brasil, ao lado de Miguel Falabella e Marisa Orth, com um hilariante  espetáculo teatral "O Que o Mordomo Viu" .

A comédia é uma versão de Miguel Falabella, que também assina a direção. "What the Butler Saw" foi escrita pelo inglês Joe Orton em 1967, cuja obra polemizava e fazia rir o público da década de 60. A peça foi encenada, pela primeira vez, no ano que seu autor morreu assassinado a marteladas pelo amante, que logo depois cometeu suicídio.

Após passar por cidades como Fortaleza, Aracaju e Belo Horizonte, sempre com o teatro lotado, "O Que o Mordomo Viu" chega ao Teatro Procópio Ferreira no dia 21 de março. Na trama, um psiquiatra é flagrado por sua mulher durante uma suspeita conversa com a secretária, que é convencida a se despir, pelo próprio doutor.

A montagem fica em cartaz sextas, às 21h, sábados, às 19h e 21h30, e domingos, às 19h.

Teatro Procópio Ferreira
R. Augusta, 2823 - Jardim América
São Paulo - (11) 3083-4475

por ROBERTO CHRISTO


quinta-feira, 13 de março de 2014

Senhorita Júlia e a Despedida de si Mesma



Utilizando-se da metalinguagem, estreou ontem no Teatro Augusta, o espetáculo "Senhorita Júlia e a Despedida de si Mesma". Com direção de Heitor Saraiva, a peça reúne um elenco de peso: a grande Amanda Pereira (Júlia), Eduardo Pelizzari, Paloma Souza, Rebeca Zadra, Danilo Amaral, Dico Paz, Rafael Dib, Patrícia Palhares, além de Beto Bellini, o também responsável pela autoria do texto.

Com uma produção de altíssimo nível, incluindo um figurino perfeito, uma iluminação e som de babar, o espetáculo deve emplacar como sucesso total.

Rafael Dib e Amanda Pereira
Júlia é filha de um grande empresário da comunicação, uma apresentadora de televisão que se envolve com um captador de recursos cuja esposa se diz uma religiosa, porém só age por interesse. Assim se desenrola a peça que discute questões como a vaidade, a adoração pela fama, o facilidade de se corromper na busca de egos inflamados, algo muito comum no mundo do audiovisual. Pensando bem... Eu diria que a realidade do texto transcende o "mundinho", trata-se de uma verdade geral da atualidade! O espetáculo é um espelho que reflete a imagem de nossos anseios. Claro, não quero generalizar, mas com certeza, muitos enxergarão a própria imagem, nestes tempos em que o homem parece estar retrocedendo.

O cinema, a música, a literatura... Enfim, a arte precisa seguir uma regra de uniformidade para garantir uma notoriedade. A estética precisa seguir o ritmo da globalização. O sistema econômico oprime o espírito, acaba com a harmonia casual das estruturas e fragiliza o artista. O produto torna-se algo fugaz e descartável, escondido sob o escudo do progresso.

Onde ficou a fantasia, o lúdico? Acabaram se tornando um espírito zombeteiro que, em alguns momentos, aparece para brincar com os artistas, ou lembrar que a essência da arte não é a grandiosa produção que a envolve, mas sim sua simplicidade ou a simples capacidade de nos fazer sentir. 

Esquecemos do literal teatro de ilusões. O que vale agora é o prazer de celebridade. O público fechou a "gavetinha" da reflexão, não quer mais exercitar a imaginação, está com preguiça de procurar o fio da meada

Onde ficou o homem? Passou a ser um objeto manipulável que dança de acordo com a orquestra do poder do dinheiro, ou vai na onda da massa. Perdeu seus atributos humanos, a capacidade de observação, só quer se engajar na corrida incessante do glamour. Deixou seus pensamentos no "automático" para curtir o indulgente. Passou a se preocupar, somente, com o próprio nariz, mesmo que precise contradizer suas crenças, seus ideias, sua educação, seus sonhos.

Mas o resultado de tudo isto pode ser um desastre para o maior bem do ser, o bem que esquecemos de dar o devido valor: A VIDA!

EM CARTAZ ATÉ 10 DE ABRIL DE 2014

Eu super recomendo! Melhor, é um espetáculo imperdível.

por ROBERTO CHRISTO


Ficha Técnica:

Direção: Heitor Saraiva.
Coordenação de Produção: Erika Barbosa.
Assessoria de Imprensa: Miriam Bemelmans.
Diretora de Produção: Patrícia Palhares.
Assistente de Direção: Lívia Simardi.
Ingressos: R$ 30,00. (Inteira) R$ 15,00 (Meia-Entrada) Mediante apresentação de comprovante.

TEATRO AUGUSTA
Rua: Augusta, 943 - Cerqueira César
Horários: quartas e quintas às 21h.
Sala Nobre: 302 Lugares.
Gênero: Drama.
Duração: 70 Minutos.
Classificação: 16 anos.
Compras On-Line: Ingresso Rápido.



quarta-feira, 12 de março de 2014

O Ator, Thiago Salles


Há alguns anos, tive a sorte de ver o espetáculo teatral "Garotos da Noite" de Thiago Salles e me encantei com a obra, seus atores e tudo mais que envolvia o espetáculo. É sempre bom tirar um proveito, não só profissional, mas pessoal das boas obras encenadas por terceiros. Acho que funciona como uma escola para mim! Além do mais, é sempre bom saber que nosso teatro, cinema e TV contam com talentos para abrilhantar nossas produções.

Embora minha formação artística tenha vindo quase que por acaso, confesso que meu primeiro interesse por me relacionar de corpo e alma com as artes, veio com a busca de um curso de teatro para superar a minha timidez, acabei encontrando uma cultura que ensina muito mais! Encontrei o amor pelo ofício das artes! Me deparei com uma forma de olhar o meu próprio "eu" que resultou, em termos pessoais, no conhecimento da valorosa prática da meditação!

Posteriormente, estudando cinema, abri as portas da sensibilidade como aquele espectador capaz de analisar a arte, como se estivesse fora da atmosfera criada por ela. Após me apropriar desta sensibilidade especial, eu sempre a aproveito para me envolver com os espetáculos que assisto!

Para minha boa surpresa, há poucos dias atrás, eu vi que o grande Thiago resolveu juntar os seus talentos para compartilha-lhos com todos os interessados, através de um trabalho que teve grande valor para mim, enquanto profissional e pessoa, os estudos. Thiago Salles abriu a "Casa de Cenas" (www.casadecenas.com.br), inovadora escola de teatro que promove cursos para formação de atores, para quem deseja melhorar a comunicação, ou para quem trabalha com apresentações e oratória.

Boas aulas de teatro, como as oferecidas pela "Casa de Cenas", podem lhe ensinar como utilizar e expressar sua voz.  A parte técnica contribui com ensinamentos sobre respiração correta, uso do diafragma, moderação de volume e do ritmo, articulação e postura. A parte artística, além de mostrar estratégias de enfrentamento da timidez e medo, ensina o ato de improvisar, criando o movimento de ação e reação momentânea, fundamental para melhorar sua capacidade de conversação e criatividade imediata.

Tais habilidades são essenciais para os atores, apresentadores, jornalistas e profissionais da área!

Enfim, um curso que tem como cartão de visitas o talentoso Thiago Salles, dispensa outras recomendações.


Parabéns Thiago e muito sucesso!

por ROBERTO CHRISTO

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Thiago Oliveira


Fotografia de alta qualidade, este é o resultado do trabalho do multifacetado fotógrafo, Thiago Oliveira. 


O profissional possui o próprio estúdio, mas adora explorar a poesia das locações, para dar seu toque de arte naquilo que faz. 

Versado na variedade dos estilos fotográficos, Thiago tem se destacado no mercado "Fashion" e na fotografia profissional de modelos, sendo um "Expert" em capturar a beleza e o glamour das beldades que clica.

Alguns trabalhos de Thiago Oliveira:







  


por ROBERTO CHRISTO

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Espetáculo Genet: O Poeta Ladrão

Agradeço a oportunidade de ter assistido, ontem, à um espetáculo comovente.

Elder Fraga e equipe (sendo alguns deles deliciosos ex-colegas de set) tiveram o poder de Midas em transformar um tema, que para muitos soaria como "submundano", em ouro.

Imagine você expor homossexualidade, violência, fome, prostituição, abandono... com a missão de transformar tudo isto em poesia! Tarefa árdua, mas cumprida por um time de extrema competência.

Começamos pelo impecável figurino com toques dos anos vinte, mas trazendo sempre uma atemporalidade, pois afinal o mundo não mudou tanto assim, muito menos deu grandes passos evolutivos nas questões abordadas pela obra. Vimos sempre uma dualidade homem x mulher, coberto x desnudo, camada de sujeira quase impermeável x transparência que absorvia um espectro de cores. Parabéns Iraci de Jesus!

A sonoplastia inteligente me remeteu tanto aos sacros cantos gregorianos, enfatizando a questão religião moral x submundo, muito presentes no espetáculo, bem como à música árabe, enfatizando uma Paris, cena da obra, repleta de problemas sociais fruto de desentendimentos e preconceitos entre franceses e imigrantes (sobretudo árabes).

O time de atores é afiado e bem dirigido, alguns com participações mais ativas na fala e outros com coragem suficiente para se desnudarem de corpo e alma! Contudo, todos entregaram seus corpos para materializar uma poesia metafórica. Isto se torna fato quando percebemos que a nudez foi quase sempre imperceptível, ou se tornou exceção com a bela cena protagonizada pela grande atriz, Gabriele Lopez. O personagem, encarnado pela atriz, é forçado a expor a sua genitália, se confirmando como uma prova dolorosa de sua transexualidade, mal interpretada pela sociedade. Víamos ali um corpo feminino afirmando ser uma alma e uma mente masculina! Há muito tempo uma cena teatral não me fazia chorar, mas esta passagem me encheu os olhos de lágrimas.

"Genet, O Poeta Ladrão" é uma experiência de cultura ousada capaz de encher os olhos e alma. O espetáculo foi renovador para mim, diria que foi uma peça teatral com a cara do universo de David Lynch (...A beleza do cinema é poder contar abstrações, tanto quanto coisas específicas, é uma linguagem onde a intuição pode atuar...). Tive a mesma impressão daquela sensação vivida por mim, quando morei em New York e frequentava as produções "off broadway". Eram teatros intimistas do Village que apresentavam espetáculos experimentais com muito a dizer, ou sessões de poesias recitadas em leituras abertas, organizadas em bares alternativos. Tudo isto sempre acrescentando experiências de vida (não só, mas também como espectador) e as transformando em ideias, assim como Genet se utilizava do cotidiano de um mundo sórdido para escrever.

Este espetáculo, com certeza, deveria continuar com novas temporadas, deveria rodar o mundo e mostrar toda a beleza que ele tem, uma beleza que precisa ser apreciada.

Parabéns e Boa sorte à Equipe!

por ROBERTO CHRISTO



FICHA TÉCNICA
Autor: Jean Genet
Texto: Zen Salles
Direção: Sergio Ferrara

ELENCO
Ricardo Gelli – Genet
Fransérgio Araújo – Stilitano / Madame Irma
Nicolas Trevijano  – Divina
Rogério Britto -  Mimosa / Simone
Felipe Palhares – Mignon
Ralph Maizza – Pilorge / policial / preso
Gabriele Lopez  – Guy / Madame Claire / Beata / Mendiga
Jhe Oliveira -  Sartre / carcereiro / Carolina
Magno Argolo – Padre / Policial / Preso / Carolina
Bruno Bianchi – Anjo / Salvador / Carolina

EQUIPE TÉCNICA
Assistente de Direção: Maria da Glória Stevam
Figurino: Iraci de Jesus
Cenário: Sergio Ferrara
Iluminação: Rodrigo Alves
Operação de Som: Maria da Glória Stevam
Sonoplasta:   Sergio Ferrara
Fotos: Vivian Fernandez
Direção de Produção: Elder Fraga
Realização: Fraga e Ferrara Produções

SERVIÇO
Estreia: Dia 17 de outubro de 2013. Quinta, às 20h. Duração: 80 minutos.
Temporada: até dia 6 de dezembro. Quintas e sextas, às 20h.
Exceto dia 15/11.
Recomendação etária: 18 anos
Preços: R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

Local: Espaço Beta – 3º andar. Lotação: 50 lugares

Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245
Tel: 11 3234-3000

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Magno Bandarz na 2ª Temporada de "Pé na Cova"

Foi com grande prazer que recebi a notícia que o ator e amigo, Magno Bandarz se mudou para o Rio para integrar o elenco de Pé na Cova, da Rede Globo.

Magno já atuou em diversos filmes produzidos pela Exotique Filmes, sempre esbanjando talento e profissionalismo. Sua estreia na TV promete a continuação do seu sucesso

As gravações da segunda temporada de “Pé na Cova” já estão quase finalizadas.

A produção, que tem o roteiro assinado por Miguel Fallabela, terá episódios imperdíveis de tão hilariantes. A data de estréia é 1º de outubro. 

por ROBERTO CHRISTO

sexta-feira, 1 de março de 2013

Depois de Ontem

Esse mundo caótico nos cega da análise dos nossos sentimentos, acabamos por ficar somente no aspecto racional do homem. O julgamento de terceiros passa ser uma ameaça contra nossa integridade humana, vai contra a vontade. Filosoficamente, definiríamos como vontade, o que há de mais essencial no mundo; ela se manifesta em toda a natureza e nos corpos animais, independentemente de serem eles possuidores ou não da faculdade de razão.

Uma criança com vontade de ter uma infância tranquila x Uma mãe com vontade de que seu filho fosse a cópia fiel do seu ideal. A partir daí entramos no turbilhão do embate da "razão x emoção" e fazemos de seus participantes, eternos encarcerados dessa situação. O texto do espetáculo é capaz de criar uma comunicação muda com as espectadores, a partir do momento que faz aflorar a nossa real dualidade de sentimentos.

Assim eu defino o espetáculo teatral "DEPOIS DE ONTEM". Após assistir ao ensaio geral, só tenho elogios a fazer. Um texto maravilhoso, extremamente tocante e uma dupla de atores tão sensíveis quanto o texto. O ponto alto da criatividade cênica é o preenchimento do palco com movimentos milimetricamente calculados e na proporção exata da integração dos corpos dos atores ao espaço do palco.

Tenho certeza que quando o espetáculo estiver totalmente pronto: cenário, figurino, maquiagem, luz e etc, será ainda mais contundente e de beleza única.

Com previsão de estreia em breve, na Sala Piscina do Viga Espaço Cênico. Rua Capote Valente, 1323 (São Paulo), a peça procura apoiadores para finalizar a produção. A arrecadação está sendo feita através de contribuições no site "Catarse" e já conseguiu passar da metade do orçamento proposto. Se você quer assistir à uma produção que te fará repensar a vida, seja um contribuinte. (Clique na palavra Catarse, acima)

Maiores informações: 

http://espetaculodepoisdeontem.wordpress.com/faca-parte/

SINOPSE
A peça “Depois de Ontem” apresenta a relação difícil entre um menino de oito anos e sua mãe. De um lado, uma criança que só queria ter uma infância tranquila. De outro, uma mulher que projeta no filho as frustrações pela vida que queria, mas não viveu. Ao final, o amor incondicional e o forte vínculo que nunca se rompem.

Em suas diferenças, defeitos e expectativas, os personagens nos fazem concluir que a culpa perde sentido quando entendemos que todos nós, humanos, somos conduzidos por nossa própria trajetória e que agimos motivados por nossas próprias razões. Levam-nos, ainda, a refletir sobre como lidar com sentimentos contraditórios numa relação de amor.


FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Renata Bortoleto
Assistência de direção: Juliana Matos
Elenco: Thiago Spektror e Kelly Lima
Produção: Luísa Fischer
Iluminação: Lúcia Ramos
Sonoplastia: José Sérgio Pinchiaro
Cenografia: Luiz Gustavo Landi
Figurino: Renata Bortoleto
Preparação de atores: Juliana Matos
Projeções audiovisuais: Pedro Ferrarini

Ensaio geral com Thiago Spektror e Kelly Lima

por ROBERTO CHRISTO

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

68 Pizzaria

A 68 Pizzaria é uma experiência de deleite gastronômico para os amantes de pizza!

Em recente jantar comemorativo naquele estabelecimento não encontrei uma simples pizzaria, mas uma boutique especialista na composição e manufatura de sabores, tudo com ingredientes leves e na medida certa.

Além das maravilhosas pizzas, o ambiente é super aconchegante sem perder o refinamento da decoração digna dos restaurantes do Jardins, São Paulo.

O cardápio de pizza é extenso e atende à todos os perfis: vegetarianos, intolerantes a queijos, comilões de carteirinha e etc.

Escolher a melhor pizza é como pedir a um pai para escolher de qual filho gosta mais, impossível! De qualquer maneira, listo abaixo as que mais nos agradaram: 

La premiata - 1º lugar na copa de pizzas fispal 2007
Molho de tomate, mozzarella especial, parmesão, champignon trifolati, queijo brie, presunto de parma e orégano

68
Molho de tomate, mozzarella de búfala, copa, presunto de parma, coração de alcachofra e orégano

Al tonno
Molho de tomate, atum, cebola, azeitona azapa e basílico

Pizza Siciliana
Molho de tomate, queijo cottage, berinjela assada e parmesão

Em São Paulo, a Pizzaria 68 fica na Alameda Tietê 54, Jardins
Tel. (11) 3081-4057

Consulte nas demais cidades clicando nos links abaixo:

https://www.facebook.com/pages/68-La-Pizzeria-SP/237810626315922 

http://www.meiaoito.com.br/

por ROBERTO CHRISTO

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vivian Fernandez, Fotógrafa.

Em tempos de tecnologia avançada podemos dizer que fotografar tornou-se um ofício fácil e simples, mas na verdade, essa concepção é um grande erro, pois a fotografia faz parte do mundo das artes e a arte está diretamente ligada à sensibilidade.

Como um magnífico exemplo de uma fotógrafa que trabalha com a criatividade artística, eu cito a Vivian Fernandez. Parceira, trabalhando como "Still", nas duas últimas produções da Exotique Filmes, Vivian captou toda a essência dos nossos sets de filmagem e a retratou no mundo da fotografia.

Suas fotos nos transportam através do tempo, trazendo de volta sentimentos, cheiros, música ou outras lembranças sensoriais.

Seu trabalho tem referências de diferentes campos da arte visual: desenhos, gravuras e etc, só que nesse caso a criação está sempre moldada sob o olhar da fotógrafa profissional.

Ela foi capaz de congelar um trabalho que está em constante movimento, cujo resultado foi a coesão de uma sinfonia de acontecimentos relativos à "sensibilidade", durante uma filmagem. É como se ela, ao ver uma realidade, pintasse um quadro em sua mente e o transformasse em um fato através do seu click.

A capacidade de Vivian Fernandez comprova a tese que as imagens são poderosas entidades do mundo superior.

por ROBERTO CHRISTO

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Viva a Música Italiana!!!! Che Ritmo!!!

VERSÃO COM A FANTÁSTICA MINA:


 VERSÃO LOUNGE:

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Luciana Smith

Luciana Smith
Fonte: Jornal "O Tempo"

“A primeira impressão é a que fica” não é só mais um clichê ou um simples ditado para Luciana Smith. Esta é a premissa que orienta seu trabalho. Consultora de imagem, personal stylist e personal shopper, sua missão diária é trabalhar a imagem de seus clientes, valorizando o que há de melhor neles. “Hoje, a mensagem visual que transmitimos é cinco vezes mais forte do que a verbal. Somos vistos e avaliados em dez segundos e se esta mensagem estiver errada será difícil mudá-la”, argumenta.

Formada em Consultoria de Imagem, na Austrália, Luciana atua na área há sete anos. Mas, inconscientemente, já fazia as vezes de personal stylist das amigas antes da profissionalização. “Sempre estive envolvida no mundo corporativo e sempre gostei de me vestir, mas principalmente adorava ajudar minhas amigas a se vestirem para festas ou eventos”

Luciana Smith, além de colunista do Jornal Pampulha, dá consultoria de imagem aos agenciados da Exotique Cast, departamento de agenciamento da produtora Exotique Filmes.

Informações: http://lucianasmith.com

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CAIS ou da Indiferença das embarcações

CAIS ou da Indiferença das embarcações é o novo espetáculo de "A Velha Companhia" de Alejandra Sampaio, Kiko Marques e Virginia Buckowski. A obra será encenado na sala subterrânea do Instituto Capobianco, um casarão do século XIX, situada na Rua Álvaro de Carvalho, 97. Esse lugar portador de sua história, habitado por seu passado, emprestará sua força natural ao universo e personagens da Ilha Grande que inspiraram a obra.

 O CAIS ou DA INDIFERENÇA DAS EMBARCAÇÕES conta a história de três gerações de uma mesma família moradora de uma Ilha, através da sua relação com o cais do lugar e com as vinte e quatro horas que antecedem a festa de reveillon. Dividida em cinco quadros, cada um deles aborda as relações que envolvem direta ou indiretamente um membro dessa família e narra os acontecimentos ocorridos nas vinte e quatro horas que antecedem esse rito de passagem. No entanto, há no espetáculo uma suspensão da cronologia histórica dos acontecimentos. O reveillon passa a ser uma data mítica, não concreta, que concentra os acontecimentos capitais de vários momentos da vida dos nossos personagens. A escolha dessa data se deve ao fato dela ser uma data de reflexão, onde ritualmente damos adeus ao ano que se vai, junto com todas as ações que não queríamos ter cometido, mas que cometemos e damos as boas vindas a um novo ano, no qual projetamos todas as nossas esperanças de mudança. A partir desse entendimento do rito, organizamos os acontecimentos dentro de cada quadro por uma ordem subjetiva dos personagens principais. Todos vivem dentro dessas vinte e quatro horas, acontecimentos de toda a sua vida, sempre começando por aquelas que não gostariam de ter cometido e terminando com o momento de profunda esperança quando a contagem regressiva anuncia o nascimento de um ano ainda virgem das suas imperfeições.
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