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** By ROBERTO CHRISTO **
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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A Preciosa Contribuição dos Diretores, Boris e Túlio Ramalho.

Os irmãos, Túlio e Boris Ramalho
Um filme é feito por uma equipe, no caso das minhas direções, confesso que sempre acabo dirigindo a obra de maneira coletiva. Este é também o caso do meu último curta: FORCA. Para uma produção bancada pelo meu bolso, sem ajuda de leis de incentivos ou patrocínios, já obtivemos a façanha de estar em quatro festivais mundo afora, além de uma indicação de "Melhor Filme", na Índia.

Nesse caso específico, sei que a abertura de espaço se deu, sobretudo, por causa da genial fotografia proposta e executada pela equipe da Teorema Filmes, trocando em miúdos, os seus representantes: Boris e Túlio Ramalho.

Os irmãos Ramalho trabalharam em quase todas as cinematografias dos meus filmes. O trabalho é sempre recheado pelas brilhantes ideias que partem desses dois profissionais de extrema competência. Formados em Cinema pela FAAP, Boris e Túlio conseguem criar a mais bela aparência das concepções. Mesmo trabalhando sob condições restritas, muitas vezes impostas pelos orçamentos apertados e correria nas gravações, os dois diretores são adoráveis e sensíveis a ponto de colaborarem no encontro da verdadeira identidade da obra, aquela que busco no mais escondido ponto da mente, enquanto diretor.

Por isso afirmo que neste caminho já percorrido, com ainda muito a aprender,  a grande habilidade e o bom humor da dupla formam pilares que contribuem para uma produção agradável, uma fantástica atmosfera no set e um resultado de alto padrão.

Que venham mais filmes! Obrigado pela colaboração generosidade da dupla.

Por ROBERTO CHRISTO


P.S. - Após polêmicos cancelamentos sem notificações e boatos sobre falhas na organização das edições anteriores, acabo de receber a notícia que o "Munich Underground Film Festival" vai acontecer em janeiro de 2015, quando exibirá o nosso querido "FORCA". Espero que, realmente, aconteça esse esperado evento. Danke München!!




segunda-feira, 23 de junho de 2014

"Games People Play" by Dawn Westlake


 English
Recentemente anunciei que a incrível diretora, atriz e produtora, Dawn Westlake (Ron de Cana Produtora) dedicava parte de sua agenda lotada, realizando a produção e direção de seu novo filme “Games People Play”. Trabalho que conta com a cinematografia e montagem do talentoso artista, Jon Carr.

Muito já foi feito e a obra filmada com uma C500 da Canon já está em fase de finalização. O sonho de Dawn em transformar um drama real, da relação afetiva que a diretora presenciou entre amigos, em uma comédia de humor negro se fez valer!

No filme, a multimídia Dawn Westlake atua ao lado de David Razowsky e Mark Jacobson. 

Agora é esperar pelo lançamento de “Games People Play”!

por ROBERTO CHRISTO

 

Assista ao trailer:


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Eu sou Kelly Lima!


A expressão do artista não pode se restringir a uma linguagem somente, é preciso interagir com a humanidade e não com um público! A atriz, diretora e produtora, Kelly Lima, consegue sintetizar sua multi experiência quando desenvolve um trabalho que tem como finalidade o íntimo humano. Este é o momento de reunir, em um foco, aquilo que vivenciou como palhaça, atriz de teatro, atriz de cinema! Aquilo que aprendeu nas aulas de violino, nas aulas de francês! 


Como se não bastasse, faz das artes o caminho para administrar a vida, os negócios e a família. Assim conseguiu criar uma base estrutural para manter o prumo, mesmo depois de pender para os dois lados ou passar por tempestades causadas pela natureza da má fé alheia! Mas sempre, retorna ao seu ponto de equilíbrio.

Responsável pela primeira assistência de direção do curta metragem de Elder Fraga, que representa o Brasil no "Cannes Short Film Corner 2014"; pela co-direção do filme "Forca", indicado a melhor curta no "7 Continents Film Festival", na Índia, em 2013; agora ela se prepara para mergulhar de cabeça nos projetos de teatro infantil, além de poupar as energias para a co-direção de um filme baseado em um texto do Frei Betto, programada para o segundo semestre. 

Mais uma fase da vida, mais um novo visual!

Interessado nesta garra e fonte de boa sorte, escolhi esta artista para ser a minha entrevistada da semana. Confira abaixo suas respostas que ilustram bem seus planos, desejos e ações! Um texto que faz jus aos, também, títulos de jornalista e roteirista de Kelly Lima.


Há pouco mais de um ano nessa nova parceria com o autor e diretor,       Francisco Alves, já colhemos bons frutos: a montagem e circulação do espetáculo infantil "Ouvindo Estrelas" , vencedor de 2 prêmios no Festival de Teatro da Amazônia; o processo de criação e montagem de "Da Vinci, o Inventor", também para crianças, com previsão de estreia ainda este ano; e a produção de mais dois espetáculos adultos no Rio de Janeiro: "Casarão ao Vento", texto vencedor do 6º Concurso de Dramaturgia Brasil em Cena, promovido pelo Ministério da Cultura e Banco do Brasil e também "Riso Invisível" com estreia em Maio no Sesc Tijuca. 

Seus textos infantis são delicados e poéticos e acima de tudo, tem a preocupação de respeitar a inteligência e o senso crítico da criança, com o propósito de desmistificar o maniqueísmo tão abundante na literatura para esse público.
Já para o público adulto a poesia prevalece em meio aos apontamentos das injustiças sociais (sobre o machismo desnudado em "Casarão ao Vento" texto de época - séc XIX, mas atualíssimo) e nas relações humanas, especialmente naquelas que ocorrem nos bastidores, longe do olhar do público (no caso de "Riso Invisível") e que dizem respeito ao desejo e as necessidades de se sentir amado e aceito pelo outro.   

Ainda em 2014, esses espetáculos devem circular pelo país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste e o trabalho de produção é intenso, mas extremamente gratificante.

É a mesma sensação que tenho das minhas primeiras experiências com o teatro. Essa relação que iniciou quando menina, numa escola da periferia de São Paulo. Eu tinha uns 13 anos, era "coordenadora da classe" e precisávamos de dinheiro para a festa de conclusão do ensino fundamental. Tive a ideia de fazer uma peça de teatro sem nunca ter ido a um espetáculo até então. Escrevi o texto sobre a vida das princesas depois da célebre frase "e viveram felizes para sempre", era uma comédia dramática. Minha professora de língua portuguesa, com quem até hoje mantenho contato, me incentivou e me orientou. Convidei outros alunos para compor o elenco, decidimos o figurino e a trilha sonora. Dirigi de acordo com a imagem que se formou na minha cabeça e todos contribuíram com suas próprias ideias. O resultado foi o pátio lotado em todas as apresentações. Cobramos ingressos a algo em torno de R$2,00. Foi uma delícia e conseguimos o dinheiro! Essa relação acabou estacionando por aqui por alguns bons anos.

Apesar da formação em roteiro e jornalismo, acabei indo parar na publicidade, o que foi extremamente importante para meu amadurecimento pessoal e profissional. Dolorido, é claro! Foram nessas experiências profissionais que percebi a riqueza das relações humanas, mesmo aquelas que entendemos como "desumanas", visto que no mundo corporativo uma pessoa é facilmente substituída por outra quando sua capacidade de produção não atende mais aos interesses da empresa. Ou melhor, das pessoas que administram essa empresa. E isso acontece geralmente no momento de maior fragilidade do empregado. Como se este fosse uma engrenagem que apresenta defeito e precisa ser substituída por uma peça nova. Pode parecer absurdo, mas passei a fazer analogias com as relações fora do trabalho e perceber que a fragilidade das relações humanas é minha fonte de inspiração. Passei a revisitar minhas histórias de infância com meus cinco irmãos e dezenas de primos, minha relação com meus dois filhos, com amores, com amigos, com meus pais. E é onde me encontro. Encontro minhas fragilidades, defeitos, anseios, neuroses... meus desejos: os realizados e aqueles que ficam por esperar ou que mudam de rumo. A vida é de uma riqueza infinita!! Todas elas, mesmo as (aparentemente) mais cotidianas e ditas "normais" ou "simples". 

Obviamente que para transformar essa avalanche de emoções, sensações e histórias em textos para teatro, cinema ou alguma  forma de arte (ou intenção de fazer arte), é preciso muito estudo, treino, pesquisas, trocas com outros seres inquietos que estão nessa jornada. São noites em claro, finais de semanas, feriados e pouco tempo para o ócio, para o "devir", para o devaneio. O que me faz falta. O que deve fazer falta a todos.

Porém, enquanto mulher emancipada, tenho uma intuição que grita pra dentro e ecoa: é no caminhar que está a realização!! E mesmo que nesse caminho encontremos pessoas muito mal intencionadas, situações pouco ou nada favoráveis, que tenhamos que dar dois passos para trás pra ganhar impulso, ou que tenhamos que parar por momentos e esperar a tempestade acalmar (o que eu diria ser as grandes oportunidades para o devir**), enfim, é esse o caminho!! Sigamos, pois!

**Devir (do latim devenire, chegar) é um conceito filosófico que significa as mudanças pelas quais passam as coisas. (fonte Wikipedia)

Parabéns pela capacidade de redigir este belo texto baseado nas minhas perguntas.

por ROBERTO CHRISTO

 

Na direção cinematográfica

Na direção

Na direção

Como palhaça

No palco

No palco

Como Mestre de Cerimônia

Como Mestre de Cerimônia



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Os novos caminhos de Dawn Westlake

Cathy Yonek, Michael Galante, Hayley McLaughlin, Dawn Westlake, Marissa Meizel
durante a primeira leitura do texto

Dawn Westlake, da Produtora Ron de Cana, é uma verdadeira "workaholic", no melhor sentido da palavra. Dawn é versátil, acessível e generosa. Bom para o mercado audiovisual que demanda este combustível compulsivo! Ou melhor ainda ... Bom para a audiência que conta com produções de encher seus olhos!

A atriz, produtora e diretora, que recentemente dirigiu um episódio da série “Look Who's Stalking”, do canal A&E, foi convidada para atuar em uma empreitada do diretor Brandon Freer, intitulada “Capsized”, cuja produção será parcialmente bancada pelo sistema de "crowdfunding". 

Ao mesmo tempo, esta profissional, que nunca para,  investe mais energias na produção e direção de seu novo filme “Games People Play”, uma comédia de humor negro que contará com o trabalho de cinematografia e montagem de Jon Carr. 

Também um talentoso artista multifacetado, para quem não o conhece, Jon é o responsável por uma bela videoinstalação permanente no aeroporto de Los Angeles, além de outros estupendos trabalhos de audiovisual (confira clicando aqui).

Dawn, nos avise quando tudo estiver finalizado e disponível para assistirmos, pois esperamos ansiosos para ver o resultado de tudo!

Boa sorte!

por ROBERTO CHRISTO

 

domingo, 27 de abril de 2014

Geison Ferreira, a Luz que conforta nossos olhos e mentes!

Geison Ferreira, diretor.

Existe uma teoria que quanto mais se vive o Karma, maior é o desenvolvimento espiritual do ser. O karma não é necessariamente um fardo que estamos predestinados a carregar, esta ideia ocidental é totalmente fantasiosa. É importante saber que não estamos com nossos destinos traçados!

Para desvincular um pouco de crenças ou religiões, vamos chamar o ser de energia, pense nos estudos que tentaram nos ensinar algo difícil de entender: energia constitui o substrato básico do universo e de todos os processos de transformação, propagação e interação que nele ocorrem (fonte www.biomania.com.br)

É bem difícil de compreender as teorias! Talvez exemplificar seja uma maneira mais fácil. Vamos acreditar que a vida é uma cadeia de acontecimentos e que nós somos os próprios diretores da vida, ou seja: para todo evento que ocorre, haverá uma reação na forma de outro evento, cuja existência foi causada pelo primeiro e que nós fomos os responsáveis por ele, mesmo que de maneira inconsciente. O karma é a experiência de vida, aquilo vinculado à suas ações, intenções, aos seus pensamentos e aos resultados gerados. Portanto, quanto mais experiência de vida você tem, se você estiver sensível a elas, mais maduro você se tornará! Ficará claro que a lei mais factível do universo é a lei da ação e reação! Que a maturidade nos dá o dom de enxergar a energia dos homens.

Há muito tempo eu queria finalizar a "duologia" (palavra que criei para designar conjunto de duas obras ligadas entre si por um tema em comum, é a prima da trilogia) "PENSAMENTOS FILMADOS"...

Trocando em miúdos, eu entrevistei, no meu programa Cliquish, a diretora, musa, produtora e atriz, Ana Maria Saad, também sócia proprietária da ONG "Pensamentos Filmados" e já há alguns meses que queria entrevistar o sócio dela, a grande pessoa, o excelente ator e o sensível diretor, Geison Ferreira! Porém, minha falta de tempo circunstancial, decorrente de excesso de trabalho (para superar crises), me impediu de produzir mais um programa audiovisual. A boa solução foi publicar este post.

Todas as vezes que tive contato com a obra de Geison Ferreira, percebi uma característica marcante que me instigou a desvendar o segredo do harmonioso entrosamento dos vários departamentos envolvidos naquela produção. Percebi que a ferramenta básica dele é a lei da ação e reação, faça com o outro aquilo que quer para você, é a transparência da alma do diretor que comunica com sua equipe, é a sua energia pessoal que faz seu lado profissional cheirar "gambás" semelhantes. É o amor por aquilo que faz! É a inteligência nata.

Fiz algumas perguntas, além de pedir ao Geison que me enviasse uma biografia, o material seria para me ajudar na criação do post. Recebi um texto belíssimo que decidi reproduzi-lo aqui.


Por Geison Ferreira Luz, Cineasta.


Nasci em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, numa família extremamente religiosa. Minha mãe ficou grávida aos 16 anos e, completamente rejeitada pela família, foi tentar se estruturar financeiramente em São Paulo, me deixando sob os cuidados da minha bisavó.



Na infância, sempre fui tratado como "alguém que não deveria estar ali". Para os adultos, eu era fruto do pecado da minha mãe. Em 12 anos, tive apenas uma festa de aniversário. Ao menos gosto de pensar que foi minha.



Constantemente ouvia "Você mora aqui de favor", "Se sua mãe gostasse de você não teria te abandonado"... Eu não entendia o que essas palavras queriam dizer, mas doíam!



Entre abusos físicos e psicológicos, medo e rejeição, criei meu próprio universo. Minha rotina era chegar da escola ao meio-dia, correr para brincar com as plantas e árvores do quintal, até anoitecer. Sozinho, mas, ali, extremamente feliz! 



Aos 10 anos de idade, brincava de diretor, passava horas conversando com as árvores, explicando como elas deveriam atuar e sentir. Até então, o meu acesso à cultura ou filmes era zero! Um aparelho televisor era algo mágico para mim, mas como não era de “Deus", também fui privado de assistir televisão! Até quando abriu uma pequena vídeo-locadora do lado da minha casa e comecei a passar as tardes lendo e relendo as sinopses das capinhas dos filmes. Este foi o meu primeiro contato com o cinema!



Quando a Ana Maria Saad, minha parceira de vida e na “Pensamentos Filmados”, e eu escrevemos o roteiro do curta-metragem "V.I.D.A", jamais me ocorreu dirigir o filme. Mas, a proposta de abordagem era tão especifica, que até o então diretor me sugeriu dirigir o filme, me orientando quando necessário. Fiquei em pânico! Até que me lembrei da sensação que era brincar com as árvores, aquela paz e prazer.



Eu amo atores! Estudei atuação no teatro-escola Macunaíma, e em seguida fiquei três anos no Studio da Fátima Toledo, onde conheci a Ana Maria. Apesar de ter minhas ressalvas com o método de preparação que ela usa, foi lá que tive meu primeiro contato com a verdade cênica, de você estar numa determinada situação e acreditar naquilo, se permitir viver aquele contexto. Só que diferente do que vivenciei lá, acredito que isso só é possível com o embasamento de um bom roteiro, uma direção objetiva e uma estrutura para que o ator possa se entregar, acreditando que está sendo cuidado e preservado, dentro de uma produção.


Já tive péssimas experiências como ator em produções de terceiros e elas foram importantes para que eu aprendesse a lidar corretamente com meus atores e equipe, em um set de filmagem. Acredito que a arte não tem a ver com loucura, mas sim liberdade de ser, de se expressar sem relação com certo ou errado, mas com seu contexto e com o universo que nos permeia.

Todo argumento de roteiro que nasce na minha cabeça precisa ter uma razão para existir! Precisa agregar algo para minha formação como ser humano, para quem irá trabalhar comigo e para o espectador.  Acredito que um filme pode ser o melhor amigo de alguém, pois traz, em suas histórias e personagens, possibilidades de vida.

Muitas vezes, alguém só precisa saber que não está sozinho para ter forças e se transformar.


Falar do Geison não é só falar do jovem diretor de V.I.D.A, Solo, Jogatina (filmes que tocam a alma de qualquer espectador, independente de nível cultural); é falar do dom da empatia, do altruísmo, da capacidade de retratar na tela a "energia" que desperta aquele sentimento: "Poxa, eu já vivi esta emoção".

Não é a toa que o Geison é sócio da Musa e as coincidências não são por acaso! Aí estamos, de novo, de frente com a lei da ação e reação. Aliás, Musa é o apelido carinhosos que criei para a Ana Maria Saad, que é uma verdadeira fonte de inspiração para muitos encontrarem coragem de lutar pelo maior patrimônio do ser: a vida (ou V.I.D.A, assim como o título do 1º filme desses queridos).

Para se ter uma ideia do que estou falando, vale fazer uma visita ao site da ONG e Produtora de Audiovisual: www.pensamentosfilmados.com.br

Vale lembrar aos empresários interessados em investir em responsabilidade social, que a Pensamentos Filmados oferece uma série de projetos de inclusão e bem estar social, todos aprovados por leis de incentivo de renúncia fiscal. Uma excelente oportunidade de fazer o marketing de seus negócios e ajudar na construção de um mundo mais justo e melhor. Aproveitem!

Como dizia Mahatma Gandhi: "Seja a mudança que você quer ver no mundo"

por ROBERTO CHRISTO

 

Fotos de Geison Ferreira Luz

O diretor e a musa
No set de filmagem

A ONG e Produtora Audiovisual

Dois ícones das artes trabalhando juntos, Geison e Gabrielle Lopez

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

E Viva Dawn Westlake!

A arte e a cultura se tornam uma indústria para poucos, mesmo com todas as leis de incentivo e editais governamentais, no Brasil, tal tarefa, as vezes, parece impossível. Mas, este revés é mundial, principalmente para quem está começando no mercado. Viver de patrocínios já é uma tarefa difícil nos tempos de superavit econômico, agora imagem durante as crises!

Nosso trabalho se torna um ofício do amor, uma cooperação mútua, lidamos com todo o tipo de gente. Esta troca é muito delicada, muitas vezes nos deparamos com pessoas que nos derrubam, são os verdadeiros egos ambulantes que só se preocupam com o próprio "umbigo", deixando de lado sua dignidade e o seu caráter, em função da ganância em conseguir algo para o usufruto próprio. Mas, felizmente, há aqueles que realmente estão ali para trocas justas, para crescer junto neste ambiente, muitas vezes hostil.

Como experiência positiva, destaco a cineasta e atriz Dawn Westlake. Esta americana que vive na meca do cinema mundial, Los Angeles, também é uma guerreira da produção cinematográfica independente. Nos conhecemos, pois a Dawn é habitué dos festivais internacionais, isto porque seus filmes apresentam uma altíssima qualidade e participam dos mais renomados festivais de cinema, mundo afora. Além de ser uma excelente atriz, ela também dirige e produz suas obras através de sua empresa, a Ron de Cana Productions, Inc - com 15 curtas produzidos e mais de quarenta prêmios no portfolio.

Recentemente, Dawn foi, honrosamente, citada na publicação do BERLINALE "World of Shorts Magazine", que pode ser conferida abaixo.

Desejo muito sucesso a este exemplo de grande profissional que tanto nos estimula a querer trabalhar mais e mais.


por ROBERTO CHRISTO

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ifa Isfansyah, da Indonésia para o mundo!

Estamos acostumados a reclamar das dificuldades em se produzir cinema no Brasil. Mesmo com todas as leis de incentivo e editais governamentais, tal tarefa, as vezes, parece impossível. Mas este revés é mundial.

Em recente visita a Indonésia, tive o prazer de conhecer, ao assistir uma entrevista, o diretor Ifa Isfansyah.

Nascido e vivendo naquele país, o diretor é dono da Fourcolours Films, uma produtora independente com sede em Yogakarta, que abriu as portas em 2001, produzindo curta-metragens. Hoje o diretor já tem um portfolio de dezenas de filmes produzidos e premiados em festivais, mundo afora, como o Bali International Film Festival, Film Indonesia Film Festival, Festival de Rotterdam e Hong Kong Independent Film Festival.

Isfansyah disse que fazer cinema na Indonésia é quase um ato de loucura. "Só os loucos são movidos pela paixão em trabalhar com a sétima arte, sem esperanças de conseguir qualquer tipo de apoio. Graças a uma equipe, nós conseguimos fazer filmes"

As palavras deste diretor me deram ânimo para nunca desistir dos nossos sonhos, assim eles serão sempre possíveis de se realizar. por ROBERTO CHRISTO

domingo, 3 de maio de 2009

Diretor: Wong Kar-Wai

Não deixem de assistir às magníficas obras deste diretor. Fotografia primorosa, roteiros ousados, música retrô-moderna.
Biografia:
Também conhecido por Kar-Wai Wong, nasce em Shangai e aos cinco anos emigra para Hong-Kong, deixando para trás o seu irmão e irmã, que não voltaria a ver na década seguinte. Só aos 13 anos começa a falar cantonês, a língua local do Hong-Kong. Em 1980, com 22 anos, abandona a escola para integrar um programa de escrita de argumento, nunca tendo chegado a ingressar numa escola de cinema.

Filmografia:
2007 - My Blueberry Nights - br: Um Beijo Roubado; pt: My Blueberry Nights - O Sabor do Amor
2004 - Eros (segmento "The Hand") - br: Eros
2004 - 2046 (filme) - pt: 2046 - Os Segredos do Amor
2002 - Six Days (videoclipe)
2001 - The Follow (Curta-metragem)
2000 - Fa Yeung Nin wa/ In the Mood for Love - br: Amor à Flor da Pele; pt: Disponível para Amar
2000 - Hua Yang De Nian Hua (curta-metragem)
1997 - Chun Gwong Cha Sit/ Happy Together - br, pt: Felizes Juntos
1995 - Duo Luo Tian Shi/ Fallen Angels - pt: Anjos Caídos
1994 - Dung Che Sai Duk/ Ashes of Time
1994 - Chung Hing Sam Lam/ Chungking Express - pt: Chungking Express
1991 - A Fei Zheng Chuan/ Days of Being Wild - br: Dias Selvagens
1988 - Wong Gok Ka Moon/ As Tears Go By

domingo, 15 de março de 2009

Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922 — Ostia, 2 de novembro de 1975)

Foi um escritor, poeta e cineasta italiano. Era filho de Carlo Alberto Pasolini, militar de carreira e Susanna, professora do primeiro grau na do Friuli, Casarsa della Delizia, ao norte da Itália.
Pier Paolo Pasolini era um artista solitário. Antes de ficar famoso como cineasta tinha sido poeta e novelista. Entre seus livros mais conhecidos estão Meninos da Vida, Uma Vida Violenta e Petróleo (livro).
De porte atlético e estatura média, Pasolini usava óculos com lentes muito grossas, realizou estudos para filmes sobre a Índia, a Palestina e a África (Apontamento para uma Oréstia Africana). Era homossexual assumido.
Seus filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano (na época fortemente ligado a igreja catolica), que promovia a alienação e hábitos conservadores na sociedade.
Prova disso é a obra Teorema (Filme), em que um índividuo entra na vida de uma família e a desustrutura por inteiro (cada membro da familia representa uma instituição da sociedade).
Foi assassinado em 1975, seu corpo tinha o rosto desfigurado e foi encontrado em uma praia tranquila em Ostia. Os motivos de seu assassinato continuam gerando polêmica até hoje, sendo associados a crime político ou um mero latrocínio. O cineasta foi assassinado por um garoto de programa, que segundo as autoridades italianas, tinha o intuito de lhe assaltar. Porém existe um estudo bem minucioso de âmbito acadêmico, que ostenta a questão do crime político.
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