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** By ROBERTO CHRISTO **

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SP: Protesto contra a doceria Ofner reúne cerca de 100 pessoas

Fonte: A Capa - Por Marcelo Hailer 12/12/2010 - 23:51



Aconteceu neste domingo (12), um beijaço promovido pelo grupo virtual "Ato Anti-Homofobia", em frente à doceria Ofner, que fica na região dos Jardins, em São Paulo. O motivo: um casal gay foi destratado pelo segurança da loja ao trocarem carícias.

A reportagem chegou ao local por volta das 17h30 e encontrou um discreto mas animado grupo de pessoas. Elas demonstravam ansiedade e temeridade com a possibilidade de o ato se tornar um fracasso. Conversamos com Mariana Motta, 22, estudante de arquitetura, que pediu para não ter o nome da universidade divulgado por medo de "represálias".

Animada, Mariana disse que em pouco tempo de existência o coletivo virtual, que tem a sua página no Facebook, já conta com mais de 900 participantes. Também disse que no sábado (11) ela e seus amigos foram fazer panfletagem sobre a manifestação na Praça Benedito Calixto e na rua Augusta.

Por volta das 18h15, começaram a chegar os manifestantes munidos de dezenas de guarda-chuvas com as cores do arco-íris e com inúmeros cartazes. Quem marcou presença no ato foi o jornalista Leão Lobo, que se declarou "muito assustado" com a onda de ataques homofóbicos.

Lobo contou que uma vez já foi ameaçado por skinheads. "Estava com uns amigos em um café no Copam, de repente escutei 'Leão Lobo', fui olhar imaginando que fossem fãs, mas não, um careca mostrou o dedo do meio e vi que em sua camiseta tinha uma suástica", disse o jornalista.

Em seguida, Lobo aproveitou para criticar também a censura da Rede Globo em relação aos beijos gays. "Hoje nós vivemos a era do não beijo. É muito engraçado, a Globo coloca gays em todas as suas novelas, mas sempre censura o beijo entre eles. E ainda vemos o Walcyr Carrasco dizer que a culpa é do Ministério Público. É muito fácil jogar a culpa nos outros", protestou.

O casal vítima de homofobia dentro da loja da Ofner, Marcelo, 33, e Lucio, 30 (foto), participaram do ato. Eles relataram exatamente o que aconteceu. Segundo Lucio, o casal começou uma brincadeira de cronometrar o tempo que a amiga iria levar no banheiro. Depois de trinta minutos de espera, Marcelo, que estava cansado, encostou a cabeça no ombro do namorado. Nesse instante, o segurança cutucou Lucio e chamou a atenção dos dois.

"De uma forma muito grosseira ele disse que aquele lugar (Ofner) era de família e que não eram permitidas atitudes 'bichas' no ambiente", denunciou Lucio. "Nós pedimos para chamar o gerente, que no início se negou a falar com a gente, depois, veio defender a loja. Quando disse que íamos processar, ele mudou o discurso e veio pedir desculpas", contou Lucio, que junto com o namorado abriu processo contra a Ofner baseado na lei 10.948, que pune estabelecimentos que discriminam homossexuais no Estado de São Paulo.

Quem causou frisson ao chegar ao local foi a Tchaka Drag, desta vez acompanhada da também drag Bill da Pizza. "Hey Ofner, pode preparar o meu café e baixar o preço do panetone!", avisou Tchaka Drag. Neste momento, quem também chegou foi a reportagem do programa "CQC". O repórter Rafael Cortez e as duas drags fizeram inúmeras cenas.

Inevitavelmente, muitos clientes da doceria quiseram saber o que estava acontecendo. A maioria desconhecia o ocorrido e passou a apoiar os manifestantes. Por volta das 19h, Tchaka Drag levou todo mundo para a entrada principal da doceria e protagonizou o beijo coletivo. Nem o repórter Rafael Cortez saiu ileso do ato.

Após o beijaço, o grupo, que já somava mais de 100 pessoas, seguiu para a avenida Paulista com destino ao número 700, local onde ocorreu a primeira agressão homofóbica, no último mês de novembro. Ao término do ato, Bill da Pizza leu o manifesto do grupo e pediu aos presentes que se "politizem", lembrando também que as candidatas Iara Bernardi e Fátima Cleide, ambas do PT, não se elegeram. "E gente, o Jean Wyllys não se elegeu com o voto da comunidade gay", disse Bill da Pizza.

Dimitri Sales, da Coordenação de Política Públicas LGBT de São Paulo, disse que estava feliz com a manifestação e que o ato "faz bem para o movimento". "Chegamos em um momento irreversível, é agora ou nunca para lutarmos pelos nossos direitos", discursou

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DRAUZIO VARELLA - Violência contra homossexuais

Negar direitos a casais do mesmo sexo é imposição que vai contra princípios elementares de justiça

A HOMOSSEXUALIDADE é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.
Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência a mulheres e a homens homossexuais. Apesar de tal constatação, esse comportamento ainda é chamado de antinatural.
Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (leia-se Deus) criou os órgãos sexuais para a procriação; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).
Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?
Se a homossexualidade fosse apenas uma perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.
Em alguma fase da vida de virtualmente todas as espécies de pássaros, ocorrem interações homossexuais que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.
Comportamento homossexual foi documentado em fêmeas e machos de ao menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.
A homossexualidade entre primatas não humanos está fartamente documentada na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no "Journal of Animal Behaviour" um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre os machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.
Masturbação mútua e penetração anal estão no repertório sexual de todos os primatas já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.
Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas.
Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por mero capricho. Quer dizer, num belo dia, pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas, como sou sem-vergonha, prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.
Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.
A sexualidade não admite opções, simplesmente se impõe. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.
Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países o fazem com o racismo.
Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais que procurem no âmago das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal aceitam a alheia com respeito e naturalidade.
Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.
Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser nazistas a ponto de pretender impor sua vontade aos mais esclarecidos.
Afinal, caro leitor, a menos que suas noites sejam atormentadas por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu por 30 anos?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

AMOR? Filme de João Jardim


Hoje eu tive o enorme prazer de assistir à pré-estréia do filme “AMOR?” com lançamento previsto para abril de 2011, do diretor João Jardim. O filme teve a produção executiva da Casa Redonda, que mais uma vez acerta na parceria de um projeto pautado no sensível e socialmente educativo.

O filme é uma mescla de documentário com ficção, para ser mais claro, trata-se de uma série de depoimentos verídicos contados por atores. Fiquei maravilhado com a delicadeza e destreza do diretor em retratar experiências provenientes dos dissabores de relações de casais que envolvem violência física, psicológica, uso de drogas, prazer ou dor ao extremo. Tudo isto colocado de forma sutil, poética e o mais importante, extremamente tocante. Tenho certeza que se minha avó (italiana, cristã, ultraconservadora) assistisse ao filme, assim como uma adolescente dos tempos atuais, em algum momento, ambas iriam sentir uma identificação com alguma experiência relatada. É um filme totalmente horizontal, ou seja, o espectador faz parte daquilo. Eu digo isto porque acho que a sociedade intelectual tem mania de verticalizar qualquer questão social, sempre olham um problema de cima para baixo, ou até de baixo para cima, como se seus mundos estivessem longe daquelas situações mais comuns.

Amor? é um filme que segue a risca aquilo que eu acredito ser o ciclo do bom cinema: o roteiro é a fantasia, que toma forma pelo olhar do diretor e se humaniza com atuação de talentosos atores.

Então segue aí a minha dica, não percam o filme quando ele entrar no circuito comercial. Meus parabéns à Avon (patrocinadora), à Casa Redonda, ao sensível diretor (João Jardim) e aos atores (com especial atenção à Silvia Lourenço, Fabiula Nascimento e Claudio Jaborandy que estão “hors concours”).

Beijos do
Roberto Christo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vamos Boicotar a Doceria Ofner?



O meu dinheiro, eu não gasto mais na Ofner!

Fonte: Coluna Mônica Bergamo - Folha de São Paulo

Um casal de homossexuais está processando a Ofner, uma das principais redes de docerias de São Paulo, por homofobia praticada por seus funcionários. O gerente de vendas Lucio Serrano conta que estava abraçando seu namorado na unidade da empresa que fica nos Jardins quando foi repreendido por um segurança que teria dito que "isso aqui é lugar de família" e que "dois homens se pegando é coisa de bicha". Ao chamar o gerente, ouviu que o casal estava "incomodando as pessoas".

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ignorância

Sem generalizar, mas o congresso brasileiro consegue reunir um time de políticos ignorantes, que não se esforçam para adquirir informações e conhecimento de avanços de pesquisas em geral. Um exemplo claro de cérebro de preguiçoso é do militar e deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) que sugeriu que os pais deveriam bater nos filhos com “tendências homossexuais " para mudarem de comportamento, durante um programa da TV Câmara que discutia a Lei da Palmada.
“O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem”.
Que troglodita!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Íntimo, Mais Uma Conquista

O Íntimo agora está disponível no Site do "Annual Program Without Frontiers" vamos torcer para entrar na seletiva do Festival de Granada 2011.





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A religião e os seus dogmas.

Acho este curta maravilhoso! Fotografia, arte e roteiro:

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cinema Sob Censura por Tratar de Tema Gay.


Bollywood (Índia).

Eu diria que Bollywood sofre com a sua pobreza de espírito. Desculpe se eu estiver errado, uma vez que assisti somente à algumas poucas produções. Vamos dizer que os 5 filmes que eu assisti todos tratavam de cretinas estórias de amor: o jovem casal virgem e seu amor proibido, o amor em diferentes castas, bla, bla bla e no meio sempre vinham música e dança, música e dança, no estilo mais brega possível.

Hoje me deparei com um artigo dizendo sobre Dunno Y, a primeira produção realmente gay realizada após a decisão do Tribunal Superior de desqualificar a homossexualidade como um crime na Índia, no ano passado.

O que realmente me assustou foi o impacto ruim que o filme causou na sociedade. Não é uma piada, mas as autoridades estão pensando em cortar algumas cenas e o ator, Yuvraaj Parasher, que interpretou um dos personagens homossexuais, foi expulso de casa pela família que se sentiu traída e envergonhada com o trabalho dele.

Se Bollywood quer produzir cinema de verdade, eles devem, em primeiro lugar, livrar-se dos velhos e ridículos tabus.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eleições 2010

Tenho assistido ao horário político eleitoral e ouço absurdos como candidatos fazendo propaganda da liberdade e igualdade do comunismo, ou sobre os avanços da sociedade brasileira. Como assim? Desde quando regimes absolutistas são sinônimos de liberdade? Desde quando aumento de consumo é sinônimo de avanço social ou intelectual?

Daí me lembro que o filme “Jesus do Brasil”, em um certo momento, traz fatos políticos acontecidos no lírico passado que buscava a liberdade como um todo.

Daí eu me transporto para o tempo atual e me pergunto se o nosso novo presidente eleito pretende manter a vergonhosa política internacional brasileira que apóia ditaduras como Cuba, Irã e Venezuela, explícitos em casos como a defesa do suspeito desenvolvimento nuclear iraniano, a deportação dos atletas cubanos durante os Jogos Panamericanos, o financiamento de obras em Cuba pelo BNDES, o livre acesso à representantes das FARC, organização terrorista colombiana, no Brasil. Só para clarear o que estou dizendo:

Sabemos que não há em Cuba:
- Pluralismo político
- Liberdade de expressão

Sabemos que há:
- Presos políticos que estão na cadeia por discordarem do regime. Perseguição a cidadãos pelo simples fato de serem homossexuais.

Sabemos que não há na Venezuela e no Irã:
- Liberdade de expressão, onde jornalistas, cineastas são covardemente presos, onde há restrição à internet. Onde há intolerância assumida à homossexuais, judeus e etc.

Sabemos que há no Irã:
- Desenvolvimento de um programa nuclear suspeito e que o governante do Irã não aceita investigações locais de órgãos internacionais em prol da paz mundial.

Por isso exercitem seus olhares artísticos na análise da propaganda política e votem conscientes no próximo mês.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fotografia e Arte Impecáveis!!

(Clique na foto para assistir ao trailer)











domingo, 15 de agosto de 2010

Para Assistir & Criticar

São Paulo: Um Mundo

Ao final da tarde de sexta feira, eu estava voltando para casa, depois de um dia cheio e encontro uma amiga bebendo em um bar da esquina da Consolação com a Santos. Estou citando esta coincidência pois é uma amiga da minha cidade que não a vejo há uns 08 anos. Assustado com este acontecimento típico de cidade do interior, parei para conversarmos, fiquei surpreso como ela, aos 53 anos parecia mais jovem e mais bonita do que sempre fora . Rapidamente tive que me despedir pois no dia seguinte ia filmar logo cedo, ou melhor, ia atuar em um filme que para compor o personagem tinha deixado a barba crescer e precisava apará-la.

Na própria Al. Santos, corri até a um barbeiro, coisa rara nos Jardins. Abri uma porta de vidro, entrei naquele recinto com paredes verde-água, belas e antigas cadeiras de barbeiro, um público 100% masculino composto por todos os tipos possíveis e imagináveis (jovens, senhores, executivos, michês, motoboys...). Como estava lotado, logo me sentei em um banco em meio a jornais e revistas e perguntei ao jovem que cortava o cabelo de um cliente à frente: - Vocês fazem barba aqui?
Com uma resposta positiva e sorridente resolvi ler algo para passar o tempo e esperar minha vez. Abri uma revista Playboy da bela Bárbara Borges e comecei a folheá-la na ansiedade de checar as fotos sensuais da atriz, mas logo fui interrompido por um senhor de uns 80 anos que me convidou a sentar a fim de ter minha barba feita. Eu segui as instruções do "meu tio" e durante os 20 minutos que esta operação, feita aos modos antigos, durou, eu tive um "brain storm" enquanto ator, roteirista, produtor de arte e fotografia.

O ambiente, a experiência, a figura do senhor e outros detalhes me trouxeram inspirações surpreendentes e com certeza me fizeram crescer tanto profissionalmente, quanto como um ser sensível. Enfim, é inacreditável como a moderna cidade de São Paulo é diversa o bastante para continuar a inspirar poetas, cineastas, atores ou simples sensíveis de plantão. Eu realmente amo esta cidade, eu amo São Paulo.

Por Roberto Christo

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sentimentos, Até Então, Somente Internos - PARTE 01

Eu hoje, enquanto analisava um sonho recorrente, cheguei à conclusão que a evolução da palavra trouxe também a evolução do autoconhecimento.
Voltando ao sonho. Eu costumo sonhar, em forma de um pesadelo, que fui reprovado na escola e preciso voltar às salas de aula; isto significa um momento de sufoco que me faz acordar com falta de ar e leva alguns segundos, para felizmente, eu me dar conta que a realidade é outra. Agora, por que algo tão simples pode me causar tanto mal estar? Talvez, há alguns anos atrás, eu não encontrasse uma resposta em forma de palavra que o justificasse; hoje em dia os estudiosos se dedicam a pesquisar assuntos que antigamente eram considerados “frescuras”, “bichisses” ou outros substantivos pejorativos facilmente usados para julgar o sofrimento alheio. Enfim, neste caso específico, eu posso afirmar que fui vítima da hostilidade decorrente do “bullying” algo muito antigo, porém recentemente nomeado. Tráta-se de um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz (es) de se defender. Eu me lembro quando criança, pelo simples fato de ser diferente nos meus gostos, desejos, comportamento, era hostilizado, marginalizado, ofendido e agredido. Ações que eram sustentadas e cegamente apoiadas pela sociedade, escola, colegas. Um pesadelo traumático. O lado positivo que tirei de tudo isto foi o fato de formar a minha personalidade livre de preconceitos e à margem, junto com”meus iguais” ou outros que naquela época também eram marginalizados como os negros, os hippies, os gays, os drogados. Outro ponto positivo foi a experiência de vida que me hoje me faz enxergar avanços sociais como a “descoberta” ou somente a criação de um termo para o bullying, triste ato que só vai ser combatido à medida que os pais se conscientizem da importância em educar os filhos em um ambiente livre de preconceitos e baseado no respeito mútuo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Talentoso Ator Fabio Cadôr em Cartaz - SP


O NOVELO

Texto inédito de Nanna de Castro, dirigido por Zé Henrique de Paula.
A peça aborda a visão do homem contemporâneo e seus conflitos através da história de cinco irmãos que se reencontram na sala de espera de um hospital público
após receberem a notícia de que um homem, que pode ser o pai que os abandonou há 20 anos, está internado na UTI.
Este reencontro traz a tona lembranças e sentimentos intensos, questionamentos e discussões, culminando no resgate das relações desta família.
Os diálogos são permeados por momentos de humor e poesia que mostram a essência humana através da visão masculina sobre a vida.
Figurinos do estilista Mário Queiroz e trilha original composta por Fernanda Maia. Locução em Off de Clara Carvalho

elenco:
Alexandre Freitas
Elvis Shelton
Fábio Cadôr
Flávio Baiocchi
Flávio Barollo

de 18 de Junho à 15 de Agosto de 2010
Sextas 21:30, Sábados 21:00 e Domingos às 19:00

Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 (Bela Vista)
Tel: (11) 3288-0136
Ingressos: R$ 20,00 (R$ 10,00 meia)
Recomendação: 12 anos
www.ingressorapido.com.br

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Como se esconder por detrás das palavras.

Diariamente ouvimos muitos dizerem com orgulho: "Este é um ex-guerrilheiro" "Viva a Guerrilha, a Revolução" a palavra "guerrilha" dá um tom heróico ao ato. That's bollshit! Tudo isso funciona como uma maquiagem da violência.

A violência, a guerra, o assassinato de civis não justificam e nem amortecem o teor pernóstico e de atrocidade na luta de qualquer ideologia. Quem, verdadeiramente, luta pela democracia, o faz de maneira pacífica, de maneira inteligente. Afinal, a humanidade busca os avanços sociais através do direito a vida e bem estar de todos, independente de credos e ideologias pessoais.

Deixem as máscaras de lado.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O Direito de Amar (A Single Man) by Tom Ford

Há duas semanas atrás eu tive a feliz oportunidade de assistir ao primeiro filme do estilista americano Tom Ford. Fiquei impressionado com a beleza do filme. O roteiro foi uma adaptação do livro de Christopher Isherwood, uma linda estória sobre a solidão de um homem que perde o namorado em um acidente de carro. A estória é contada de maneira sutil, cheia de "entrelinhas" que demonstram o preconceito velado à homossexualidade da época e que existe até hoje. Tudo isto muito bem colocado no tom exato pelo magnífico ator, Colin Firth. É impressionante a atuação dele na cena que o personagem recebe o telefonema comunicando a morte do companheiro.

A fotografia é algo estonteador, o filme é quase todo sépia e alguns detalhes que remetem à fantasia são mostrados em cores vivas. A produção de arte é perfeita e muitas vezes me lembrou as estéticas produções publicitárias de moda.

O filme é nota 10 e vale a pena ser visto.

sábado, 1 de maio de 2010

Wilhelm von Gloeden, O Fotógrafo. Bravo!


Gloeden nasceu em Mecklenburg (Norte da Alemanha), no ano de 1856. Filho de um oficial, que morreu quando Wilhelm ainda era uma criança, Gloeden foi criado por sua mãe que se casou novamente com um político conservador e jornalista chamado Wilhelm Joachim Baron von Hammerstein. Terminado o colégio Gloeden estudou história da arte na Universidade de Rostock mas logo depois abandonou o curso para estudar pintura em Weimar.
Devido a uma tuberculose, no ano de 1878 mudou-se para a Itália com a esperança de curar-se. Se estabeleceu em Taormina , uma pequena cidade litorânea da Sicília, local em que Gloeden curou-se da tuberculose e chamou de "Paraíso na Terra". O pintor Otto Geleng que viveu em Taormina lhe falara deste lugar paradisíaco.
Maravilhado pelas paisagens sicilianas, e sobretudo pela beleza selvagem e bruta dos jovens paisanos de Taormina, ele se inicia na arte da fotografia, ajudado tanto pelos fotógrafos locais quanto por seu primo Wilhelm von (ou Guglielmo) Plüschow que viveu em Nápoles e que era também fascinado pelos corpos dos jovens italianos do Sul da Itália. Aproximadamente em 1880, Von Gloeden se torna rapidamente famoso por seus cliques de efebos cujas poses foram bastante inspiradas na arte da Antiguidade. Ela focalizava em fotografias de garotos nus em cenas bucólicas que inspiravam-se na antiguidade grega tornando-se assim um pioneiro na fotografia ao ar livre.
Ao contrário do que se pode pensar, seu trabalho não era clandestino, considerando a pesada atmosfera homofóbica da época. Muitas imagens eram publicadas em grandes revistas da época e exposições com a arte de Gloeden eram feitas, tanto que em 1899 a Sociedade Fotográfica de Berlim convidou-o para ministrar uma palestra sobre fotografia ao ar livre.
Von Gloeden pagava seus modelos, isso explica em grande parte a tolerância dos habitantes daquela região pobre da Itália em relação à sua atividade. Além disso pode-se atribuir outras causas à popularidade das fotografias entre elas destacam-se:
- Gloeden era um excelente fotógrafo.
- Ele introduziu novas técnicas na produção fotográfica, o que tornou seu trabalho uma referência na perfeição artística.
- Para aquele tempo, a retratação do nu masculino era algo novo e fora do comum.
- O tema homossexual de suas imagens era algo revolucionário para os padrões da época.
- Gloeden se valeu de temas clássicos, que denotaram grande singularidade a seu trabalho.

O número de modelos fotografados por von Gloeden é superior a 7.000 e são de sua autoria mais de 3.000 fotografias, sendo que a maioria delas não chegaram aos dias atuais. Grande parte das imagens foram perdidas depois da I Guerra Mundial, quando no ano de 1936 a polícia de Mussolini destruiu mais de 2.500 fotografias sob a alegação de que elas constituíam pornografia.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Muito Interessante este Trabalho de Análise Mercadológica

FONTE: www.cibersociedad.net
CONFERÊNCIA POR: Denise Fernandes Britto
(Durante o IV Congresso de Ciber Sociedade 2009)


Grupo de Trabalho D-53: Cinema e produção audiviovisual
Aspectos mercadológicos do Cinema de Retomada no Brasil

Resumo
A produção fílmica no Brasil, no contexto da globalização, vivencia o chamado Cinema de Retomada, inaugurado a partir da década de 1990. Ainda que não se caracterize como um movimento, é possível identificar uma produção mais estável, amparada por investimentos financeiros. Tal cenário, todavia, não compromete as referências críticas e de identidade nacional, o que reforça ainda mais a falsa dicotomia arte x indústria. Tendo em vista esse panorama, este ensaio se propõe a estudar, de forma introdutória, as relações mercadológicas intrínsecas à produção do cinema nacional contemporâneo. Para isso, nos valemos de estudos teóricos das áreas do Cinema, da Comunicação e do Marketing.

Texto da comunicação
Introdução

Este ensaio busca identificar a dimensão mercadológica do cinema brasileiro na atualidade (a partir da década de 90), que alia características artísticas a um cenário corporativo. Portanto, nosso objeto de estudo é a produção fílmica contemporânea no Brasil, a partir da década de 1990, que marca a fase conhecida como Cinema de Retomada. Nosso olhar se dá a partir das relações de mercado intrínsecas a esta produção que mantêm preservadas importantes características estéticas e artísticas.

Adentrando em outros movimentos, percebemos que para compreender o cinema brasileiro em sua fase atual já não cabe adotar a postura da crítica ideológica, prevalecente na década de 1970, e que propunha uma falsa dicotomia de um cinema massivo alienante e uma arte de difícil compreensão.

Para nossa análise, utilizamos o método dialético de análise que nos permite, por meio de uma contraposição de informações, sintetizar novos parâmetros acerca do objeto estudado. Como este estudo se encontra em fase inicial – tendo em vista a amplitude de seu tema -, utilizamos, neste artigo, uma pesquisa bibliográfica nas áreas de Comunicação, Cinema e Marketing.

Buscamos perceber alguns aspectos das condições de produção do cinema brasileiro contemporâneo, no intuito de responder à seguinte problemática: como se dá a relação entre a indústria cinematográfica - que injeta recursos materiais – e o cinema de arte nacional, que mantém marcas autorais e forte influência artístico-literária?

Levando-se em conta a heterogeneidade típica da produção artística, iremos, no decorrer da pesquisa, nos remeter a um grupo de filmes que mantêm uma originalidade do movimento cinematográfico nacional e são sustentados por uma engrenagem corporativa. Ilustram esse cenário títulos como O auto da compadecida (2000), O coronel e o Lobisomen (2005), Lisbela e o prisioneiro (2003), Romance (2008), O Cheiro do Ralo (2007), O Primo Basílio (2007) e Meu nome não é Johnny (2008), entre outros.

Essa originalidade – referida anteriormente - pode ser traduzida em características como adaptações literárias de autores consagrados de movimentos literários; a inclusão de personagens que representem diversos grupos sociais no país; variação de temas e gêneros que vão desde a violência urbana até as comédias românticas; a utilização de novos recursos tecnológicos etc.

Portanto, torna-se indispensável a análise da atual fase do cinema brasileiro sob o ponto de vista econômico-político no intuito de entender um cinema amparado pela indústria e capaz de manter uma estética própria, que reproduza representações mais estreitas com as condições sociais e culturais do país. Nosso estudo se propõe a interpretações críticas, porém, menos maniqueístas, em que o cinema pode combinar, de forma diversificada, elementos como consciência política, inovação estética e prazer espectatorial, em um contexto de uma indústria cinematográfica que viabilize economicamente a produção de filmes. Ressalta-se, inclusive, o papel do Estado e a Lei do Audiovisual (1993) que por meio de incentivo fiscal tem atraído empresas – na sua maioria, estatais – para investir em filmes.

A arte e a economia

Essa relação entre a economia e a arte é muito antiga. O início da interferência de empresas, governos e outras instituições remonta, segundo Almeida apud Augusto (2006: 459) a um período bem anterior, datado “ao final da era antes de Cristo, na Roma dos Augustos, quando a expressão mecenato tomou corpo como referência às atividades desenvolvidas por Caius Cilnius Maecenas […] que foi um grande articulador de uma política de relacionamento entre o governo e os pensadores, filósofos e artistas, utilizando-se desses últimos o prestígio e a aceitação […]”.

Ainda segundo o autor, “Mecenas arquiteta um dos mais sutis e eficientes sistemas de legitimação do poder da história” (Almeida apud AUGUSTO, 2006: 459).

Outro momento marcante par o mecenato foi o Renascimento na Europa (entre os séculos XV e XVII), em que artistas eram patrocinados por particulares que o sustentavam em troca de sua produção artística. Não é à toa que o período ganhou força e é até hoje reconhecido na História da Arte, com a valorização de nomes e obras consagradas.

Teóricos de áreas como a Comunicação, a Cultura e a Sociologia têm debatido a produção cultural e artística no contexto da economia de mercado. No capitalismo comercial, surgiu a primeira expressão artística burguesa: o folhetim. Tratava-se de uma arte de consumo, cujos capítulos eram publicados nos jornais, comprados periodicamente por um público com poder de consumo, que se deleitava com a fórmula definida pelo autor Wilkie Collins: “Faça-os rir, faça-os chorar, faça-os esperar”.

Curiosamente, o folhetim, mesmo tendo um aspecto marcadamente comercial, consistia em uma importante manifestação literária, de nomes consagrados, cujos traços autorais bem como a liberdade de conteúdo eram preservados (uma vez que quase todos tratavam de amenidades líricas do Romantismo).

Atualmente, diversos produtos midiáticos dispõem de fórmulas semelhantes. As novelas, legítimas descendentes do folhetim, também seguem um ritmo gradual que prende a atenção e atende aos anseios de milhares de telespectadores. A própria literatura é influenciada pela visão burguesa e, hoje, livros de “fácil digestão”, como Sabrina, Harry Potter, Crepúsculo e até os títulos de auto-ajuda compõem o topo do ranking dos mais vendidos. Os filmes comerciais – vide a indústria do cinema norte-americana – também são produtos acessíveis à grande massa.

Nas Teorias da Comunicação, autores divergem ao longo do tempo a respeito da interferência econômica na arte. Em sua obra (1992), Eco sintetiza a discussão entre os apocalípticos e integrados.

Os apocalípticos são estudiosos que criticam duramente os grandes meios de comunicação e o interesse econômico das multinacionais na cultura. Nesse panorama, enquadra-se notoriamente a Escola de Frankfurt após a Segunda Guerra Mundial. Tal movimento cunhou, inclusive, o termo “indústria cultural” para evidenciar a produção em série da bens simbólicos, o que transformou a cultura em mercadoria. “Nas sociedades capitalistas avançadas […] a população é mobilizada a se engajar nas tarefas necessárias à manutenção do sistema econômico e social através do consumo estético massificados, articulado pela indústria cultural” (RÜDGER, 2001: 133).

Na outra ponta da discussão, encontram-se os integrados, cuja visão teórica alia de modo mais harmonioso a produção cultural voltada à massa, sustentada por grandes grupos empresariais. Nesse sentido, destacamos os autores da Escola Europeia, do qual o próprio Eco faz parte e que encontra autores como Edgar Morin e Roland Barthes. Sem deixar a crítica de lado, esses pesquisadores enxergam os produtos da cultura de massa como algo necessário à vida humana.

As divergências teóricas se estendem para outros aspectos – não menos importantes: “Os estudos culturais, o pós-modernismo e o culturalismo da Escola de Frankfurt rivalizam entre si com a teoria da posição-subjetiva, oferecendo explicações do conhecimento e da ção que são igualmente fundacionais” (BORDWELL, 2004: 36)

O Cinema de Retomada

Trazendo essa discussão teórica para o cinema no Brasil, percebemos desde a década de 1990 uma produção nacional cinematográfica diferente da experimentada em fases anteriores, que inaugura a retomada do público às salas de cinema para prestigiar a produção nacional sem, contudo, esbarrar necessariamente nas fórmulas hollywoodianas, do antigo studio system na qual toda a produção estava atrelada às empresas patrocinadoras que interferiam no roteiro dos filmes, na escolha do elenco e de cenários. Ao mesmo tempo a produção brasileira vem amparada por grandes empresas, nacionais e multinacionais, que se unem estrategicamente para lançar um filme. Os meios de comunicação, inclusive, têm denominado essa fase como uma “retomada do cinema brasileiro”, dando-se a partir de filmes como Carlota Joaquina, a princesa do Brasil (1995), Central do Brasil (1998) e O que é isso Companheiro (1997). O interesse crescente do público continuou com obras como O Bicho de Sete Cabeças (2001), Abril despedaçado (2001), Cidade de Deus (2002), Carandiru (2003) e Tropa de Elite (2007), além dos títulos já citados neste artigo.

As especificidades dessa nova época no cinema se dão ainda mais claramente quando estudamos fases anteriores da produção fílmica no Brasil. No Cinema Novo, por exemplo, Glauber Rocha fundamenta sua obra na “estética da fome”, tendo a fome como metáfora e metonímia, isto é, não só como tema, mas também como uma referência às condições materiais de produção de suas obras. Hoje, o cinema brasileiro no grande circuito está distante desse movimento, mas é capaz de manter raízes estéticas que o liguem a uma tendência única, diversificada e original, privilegiando representações próprias da cultura brasileira.

Valendo-se dessa justaposição os filmes brasileiros também passaram a ganhar mais espaço nas salas de cinema, bem como em outros pontos de distribuição (TV paga, locadoras e até eventos tais como mostras e festivais de cinema). Ganhando força junto ao público, o cinema no Brasil aproxima-se do panorama que temos na televisão (com novelas, programas de auditório, programas jornalísticos) e na música (em que existe uma forte presença de ritmos brasileiros). Com isso, o Brasil abandona a perspectiva, já equivocada, de um “Terceiro Mundo” incapaz de produzir filmes e receptor passivo frente a uma onda exclusivamente dominada pelo mercado produtor norte-americano. A produção do “Terceiro Mundo”, na qual se enquadra o Brasil, não pode ser considerado marginal em relação à indústria de cinema do “Primeiro Mundo”. Ao contrário, tem produção significativa no cenário global.

Foi a partir de observações preliminares que notamos uma interessante característica na produção fílmica contemporânea no Brasil. Grandes empresas como a Globo Filmes e até multinacionais passaram a investir na produção e distribuição de filmes que tivessem um rigor e padrão de produção mais próximas do cinema de Hollywood em termos de rotina produtiva e tecnologia. Mesmo com o suporte dessas empresas, parte importante e considerável do cinema nacional não está necessariamente atrelada à fórmula hollywoodiana, com efeitos, roteiros e temas americanizados. Ou seja, não existe uma pressão explícita do mercado sobre o autor/diretor/produtor a ponto de comprometer a essência de sua obra.

A atual referência do cinema como negócio é, sem dúvida nenhuma, Hollywood, que trabalha aspectos mercadológicos e psicanalíticos em suas obras a fim de obter resultados financeiros e de público. Nesse contexto, existem “duas ‘máquinas’ em operação no interior da instituição cinematográfica: a primeira, o cinema como indústria, produzindo commodities cuja venda na forma de ingressos oferecia o retorno do investimento; a segunda, a máquina mental, internalizada pelos espectadores e que as adota para o consumo de filmes como ‘bons objetos’ prazerosos. Uma das economias, que envolve a geração do lucro, está intimamente ligada à outra, que envolve a circulação do prazer […]” (METZ apud STAM 2003: 190).

Destaca-se que os países como o Brasil têm procurado alternativas para produzir filmes de maneira competitiva – ainda que isso se restrinja em boa parte ao seu mercado interno. Soma-se a isso o advento de novas tecnologias e meios de comunicação como a internet. “[…] Ao longo do seu primeiro século de luzes, o cinema nunca teve contestado o seu cerimonial. Muitos de nós são internautas, navegam neste mundo de computadores, perseguindo pixels, em busca das novas imagens do futuro. Mas ainda não nasceu a geração que vai prescindir do cerimonial do cinema” (MERTEN, 2003:10).

A seguir, veremos os caminhos trilhados atualmente pela produção cinematográfica nacional.

O cinema e o marketing cultural

Conforme Augusto (p. 457), no Brasil é crescente a atenção das empresas às manifestações culturais como forma de diferenciação competitiva, o que implica em um “posicionamento favorável da marca perante a sociedade e, consequentemente, perante o consumidor. Esse apoio dado à cultura pela iniciativa privada foi denominado de marketing cultural” (AUGUSTO, 2006: 457).

Nesse cenário em que as empresas se mobilizam para, de alguma forma, fomentar as expressões artísticas e culturais, dá-se a soma de importantes atores sociais nesse processo, a saber: o artista, o produtor, o ator, o agente e outras pessoas envolvidas na produção de uma peça teatral, de um filme, de um vídeo, de um evento cultural.

Para Manet apud Augusto (p.548), “cultura é informação, conhecimento e exercício de valores sociais, hábitos e normas consagradas por práticas que identificam o modo de vida de uma comunidade vinculada a valores dominantes ou desejáveis”.

“Como o público tem diminuído, e a pressão sobre os produtores para competirem por esse público reduzido aumentou, houve muitas mudanças nas práticas da indústria cinematográfica”(TURNER,1997: p.15). Nesse sentido, o autor nos explica que “[…] a indústria tem sido cautelosa ao escolher projetos para patrocinar” (p.15).

No Brasil, a alternativa mais recente e que já surtiu resultados substanciais foram as leis de incentivo cultural, as quais têm atraído o interesse de empresas públicas e privadas (Petrobrás, Vale, Odebrecht, do ramo de telefonia celular e telecomunicações etc).

Vale a ressalva de que o modelo das leis – em âmbito federal, estadual e municipal – tem recebido críticas dos estudiosos da área de cinema.

Outro aspecto é o forte movimento de marketing cultural que as leis provocaram na cultura organizacional das empresas patrocinadoras. “[…] Entende-se que a participação da iniciativa privada, no que tange às doações ou mesmo ao patrocínio, é vista como estratégia na busca de melhorar o contexto competitivo da organização […]. Ou seja, utilizar a filantropia estratégica significa alinhar as metas sociais e econômicas, melhorando as perspectivas comerciais de longo prazo da empresa” (AUGUSTO, 2006: 462)

Considerações finais

O cinema nacional tem se valido de recursos originais e também artísticos mantendo uma estética diferenciada. Em outras palavras, tem se apoiado em dois pilares: arte e indústria, obtendo resultados que quebram a falsa dicotomia entre arte de massa alienante e arte vanguardista de acesso restrito. O cinema brasileiro parece propor uma reconciliação entre o apelo popular (sucesso comercial) e a crítica social, como em filmes supracitados.

Entendemos uma justaposição, não-maniqueísta, desses dois eixos, com uma produção fílmica contemporânea no Brasil de caráter conciliador, que aglutina elementos culturais e econômicos, sem se isolar em uma arte vanguardista de difícil acesso ou uma arte de massa alienante. Como resultado, vemos inaugurada uma nova fase fílmica no Brasil, sem caráter coletivo ou uma estética definida, mas que garante um florescimento de obras significativas e de grande repercussão.

Atualmente, o cinema brasileiro não propõe uma ruptura com a estética hollywoodiana, mas, ao mesmo tempo, não deixa de absorver valores nacionais às suas narrativas. Trata-se de um cinema capaz de reconhecer e levar em consideração os desejos do espectador, evitando um hermetismo que, sob o pretexto do engajamento social, fecha-se em uma linguagem inacessível e um tratamento pouco atraente, que anulam o prazer do espectador. Em outras palavras, é possível estimular o questionamento sem anular o viés prazeroso de assistir a um filme.

Sendo assim, compreendemos o cinema como um meio globalizado tanto em termos estéticos, quanto de autoria e de distribuição, um cinema capaz de combinar criatividade autoral, popularidade de massa, literatura nacional e rotina produtiva cinematográfica.

Mais Sobre a Companhia da Querida Alejandra Sampaio


A Velha Companhia surgiu em 2003, de um trabalho paralelo às pesquisas sobre a obra do autor Nelson Rodrigues, que desenvolviam no grupo Círculo dos Comediantes (1994). Formada por Alejandra Sampaio, Kiko Marques e Virgínia Buckowski, a Companhia têm em seu repertório os espetáculos: Brinquedos Quebrados (2003/2004), Crepúsculo (2005/2006) e Ay, Carmela! (2007/2008). A Companhia trabalha com artistas convidados, utiliza textos de dramaturgia pronta e desenvolve trabalho de dramaturgia própria. Recebeu o Prêmio Myriam Muniz FUNARTE- 2006, com o projeto Reminiscências ou Resgate da Tradição Oral, onde promoveu debates com enfoque na terceira idade (com os convidados Gilberto Dimenstein e Stepan Nercessian), trabalho artístico-social em asilos públicos de São Paulo que resultou num grande sarau na Vila Maria Zélia, criação de um novo texto teatral intitulado “O Cais ou da Indiferença das Embarcações”, sobre a Ilha Grande-RJ e apresentações populares do espetáculo Crepúsculo (sobre o Retiro dos artistas).
Com Brinquedos Quebrados, espetáculo destinado ao público jovem foi eleito um dos cinco melhores espetáculos do ano de 2003 pelo Portal IG (Michel Fernandes).
Com Ay, Carmela! foi selecionada para a Mostra do Instituto Cultural Capobianco (onde estreou em agosto de 2007), pelo edital da Caixa Econômica Federal (para se apresentar em 2008 em suas dependências) e participou do projeto Circuito Cultural Paulista (2008) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, que levou o espetáculo para várias cidades do interior. Recebeu o Prêmio Qualidade Brasil na categoria melhor atriz e teve indicação na categoria melhor ator. No Festival Nacional de Teatro de Americana-SP recebeu o prêmio de melhor ator, iluminador e 3º melhor espetáculo, além das indicações de melhor atriz e diretor. É responsável pela vinda do autor espanhol José Sanchis Sinisterra (que estava no Rio de Janeiro á convite do Teatro Poeira) á São Paulo, promovendo um bate papo sobre a criação do texto Ay, Carmela!, e debate sobre dramaturgia contemporânea, mediado por Sebastião Milaré, com apoio do Centro Cultural Vergueiro e Instituto Cervantes de São Paulo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Eterna Busca do Falo Dourado


Por causa da produção do longa metragem, JESUS DO BRASIL, estou fazendo uma pesquisa do comportamento do espectador em função dos temas, formas e linguagens exibidas nos meios de comunicação. Nada melhor que utilizar o reality show, BBB, como ferramenta de trabalho, além das questões polêmicas que fervilham nos noticiários.

Por causa disso tenho acompanhado todos os fóruns, debates, postagens, enfim tudo que mostra a manifestação do público direto na internet. A minha primeira conclusão é que vivemos em uma sociedade cuja visão se limita à um espaço de valores éticos herdados de uma educação conservadora e fundamentada em preceitos religiosos. A maioria das pessoas não tem o interesse em diversificar as fontes de informação para criar um ponto de vista próprio, há simplesmente uma apropriação dos dogmas sustentada pela ignorância.

Vamos começar pelo fato do programa, BBB10, ter confinado em um mesmo espaço, homossexuais e homofóbicos ou adeptos do “orgulho hétero”. A primeira e mais visível reação da sociedade foi massacrar o programa, o público temia que as transformações da Drag Queen, Dimmy Kieer fossem um ultraje à formação do jovem brasileiro. Todos se sentiam ameaçados por uma possível cena homoafetiva, ou um beijo gay, que adentrassem seus lares. Eu vi coisas escritas na internet como: “morte aos veados”... “meus filhos estão proibidos de assistir à estas aberrações”...

Ora, a sociedade tem medo que um gesto de amor ou tesão homossexual sirva de mau exemplo para jovens brasileiros e ataca o reality show que mostra apenas um “selinho”! Em contrapartida a mesma sociedade apóia e acha normal as atitudes de um participante do programa, um ignorante com cara de delinqüente que comete erros grotescos de português (“seje” homem ou “pra mim acreditar”), uma pessoa que chama o companheiro de programa de “veado”, um cidadão que expressa seu desejo de agredir fisicamente uma mulher ou tatuar a suástica, um limitado que ao discutir com os companheiros apela para expressões como “tomar no cu” e “puta que te pariu” ... E o pior: alguém que afirma categoricamente que o HIV não é transmitido em relações heterossexuais!

Será que estas famílias querem educar seus filhos nestes moldes? Criar agentes geradores de violência? A Resposta é NÃO! Na verdade, esta grande parcela da sociedade está demonstrando a dificuldade de tolerar a auto repressão sexual, o pseudo correto, algo bem típico do machismo das mulheres e homens latinos. Há pouco tempo eu li sobre uma pesquisa feita no Reino Unido, as mulheres inglesas sentem maior atração sexual pelos italianos do que pelos próprios ingleses, e sabem por quê? Pelo simples fato do homem inglês ser mais recatado, mais politicamente correto ao abordar uma mulher (há muitos casos de homens na Inglaterra que são processados por assédio sexual por causa de uma cantada ou algo do gênero e foi isto que fez mudar o comportamento do homem em relação à mulher, neste país). Já os italianos continuam se achando no direito de cortejarem as mulheres da maneira que mandam seus hormônios.

Enfim, a sociedade não sabe dar nome aos sentimentos, às atitudes, não sabe por que luta. O tesão recolhido induz à busca do cultuado falo, o símbolo da virilidade, do prazer, do poder tanto para os homens quanto para as mulheres. Os espectadores do BBB, na verdade, desejam um falo de ouro, o falo do Dourado que fala mais alto.

Enquanto negarmos a existência do desejo sexual, do desejo homossexual, da diversidade de gêneros ou formas de expressão, latente dentro de todos, vamos continuar nesta dialética de criação de normas que desejamos burlar.

POR: ROBERTO CHRISTO

sábado, 20 de março de 2010

Vejam que legal o que o Zé Geraldo Couto postou no blog

19/03/2010

Como destruir um filme

Se eu aprendi alguma coisa nesses anos todos de crítica de cinema, foi que, para quem escreve, é muito mais fácil destruir um filme do que tentar desvendá-lo aos olhos do leitor/espectador ou, como queria André Bazin, "prolongar o máximo possível, na inteligência e na sensibilidade dos que o lêem, o impacto da obra de arte".

Ah, demolir é tão mais tentador. É ali que o soi disant crítico pode não apenas destilar o seu fel como exibir o seu talento para o sarcasmo e a tirada espirituosa. Geralmente em frases curtas, sentenciosas, definitivas. Em alguns casos, sou obrigado a admitir, o resultado é irresistível.

Como no exemplo máximo de concisão e crueldade atingido por Pierre Ajame, no L'Observateur: "Esperávamos o pior, e é pior". Ou na crítica imaginada por Jorge Luis Borges na Arte de injuriar: "Um encanto o último filme do engenhoso diretor René Clair. Quando nos despertaram..."

Nem sempre as críticas demolidoras têm essa finesse. No mais das vezes limitam-se a elencar adjetivos brutais e piadas um tanto óbvias. Outra coisa que aprendi: quanto menos argumentos se tem, mais virulenta é a linguagem.

Atribuir intenções

Uma das estratégias mais usadas para destruir um filme é atribuir a seu diretor intenções que ele teria deixado de realizar. Exemplo recente: pouco importa que Michael Hanecke tenha dito mil vezes que não pretendeu descrever a gênese do nazismo em A Fita Branca. Vira e mexe, um crítico o condena por ter explicado de maneira pouco consistente ou convincente... a gênese do nazismo.

Outro recurso infalível é a comparação desvantajosa com outro filme que trate de tema correlato ou que lance mão de algum procedimento estético parecido. Como se toda narrativa descontínua, por exemplo, quisesse emular o Cidadão Kane ou todo drama num espaço fechado tivesse que se igualar a um Bergman.

Disposição prévia

Há sempre como iluminar os aspectos da obra que, isolados do conjunto, corroboram a visão negativa.

Para ilustrar melhor o que quero dizer, não resisto à tentação de transcrever um trecho de um artigo que publiquei na Folha há 16 anos, no curso de uma polêmica um tanto acalorada com Marcelo Coelho, de quem sou admirador, a propósito de Manoel de Barros. Lá vai:

Vista ao microscópio e sem um mínimo de generosidade, toda grande literatura, toda grande obra, tem em seu interior passagens "amadorísticas", "filosofias triviais", "banalidades". Por que escapa de ser considerada uma platitude uma frase como "Viver é muito perigoso", reiterada inúmeras vezes ao longo de "Grande Sertão: Veredas"? Porque, dirá um estudioso, é como um mero tijolo numa catedral, um motivo recorrente numa sinfonia etc.

Mas o fato é que um crítico azedo, quando o livro foi lançado, poderia ter-se prendido a frases como essa para dizer que Rosa não passava de um tapeador –como, aliás, muita gente achava e alguns continuam achando. O mesmo vale para os famosos primeiros versos de "Os Lusíadas", de Camões, com a repetição insistente da rima "pobre" de verbos no particípio: "assinalados/ navegados/ esforçados" etc.


O que quero dizer é que a avaliação de uma obra depende muito da disposição prévia do crítico. Se ele quiser destruí-la, nada o impedirá de fazê-lo –nem mesmo a qualidade da obra em questão. Tomemos o "Hamlet" (de Shakespeare, não o do Zé Celso). O crítico poderia escrever:


"Um texto confuso, em que não se sabe se o protagonista é louco de verdade ou se finge sê-lo, e cujos buracos na trama são preenchidos por longos e tediosos monólogos em que despontam frases idiotas como 'Ser ou não ser, eis a questão' ou 'Há mais coisas entre o céu e a Terra do que sonha sua filosofia'. Em certos momentos, para fazer avançar a ação, o autor chega a apelar ao artifício fácil de fazer aparecer um fantasma. Aparentemente sem saber que desfecho dar a seu estapafúrdio enredo, o autor coroa tudo com um dos finais mais ridículos da história do teatro, em que morre literalmente todo mundo, uns envenenados, outros feridos à espada. Em suma, o tipo do espetáculo que deve agradar uma classe média ociosa que nunca ouviu falar em Corneille e Racine."

Fim da autocitação. Desculpem se me estendi, mas acho que o assunto merece.

FONTE: http://blogdozegeraldocouto.folha.blog.uol.com.br

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Andy Warhol, Mr. America" (São Paulo)


Após passagem pelo Malba (Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires), chega à capital paulista mostra com cerca de 170 obras do norte-americano Andy Warhol, um dos mais importantes e influentes nomes da arte pop. Com curadoria de Philip Larratt-Smith, a exposição apresenta trabalhos que exploram temas relativos à política e à cultura popular dos Estados Unidos, além de filmes produzidos pelo artista em seu próprio estúdio, "The Factory". A abertura acontece no sábado (20), a partir das 12h, e o evento segue em cartaz até o dia 23 de maio de 2010. Onde: Estação Pinacoteca (lgo. General Osório, 66, Centro, São Paulo-SP; de terça a domingo, das 10h às 18h). Quanto: R$ 3 a R$ 6 (sábado, grátis). Inf.: 0/xx/11/3335-4990.

Imperdível!! Este Comercial

Courtesy TerritorioScuola

Fotos de Helmut Newton


Helmut Newton, o Grande Fotógrafo

FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Helmut Newton (Berlim, 31 de outubro de 1920 — Los Angeles, 23 de janeiro de 2004), nascido Helmut Neustädter, foi um fotógrafo de moda alemão, naturalizado australiano, famoso por seus estudos de nus femininos.
Filho de um fabricante de botões judeu-alemão e de uma americana, desde muito jovem interessou-se por fotografia, tendo trabalhado para a fotógrafa alemã Yva (Else Neulander Simon).
Fugiu da Alemanha em 1938 para escapar à perseguição nazista aos judeus; trabalhou por algum tempo em Cingapura, como fotógrafo da Straits Times, antes de se estabelecer em Melbourne, Austrália.
Ao chegar à Austrália, ficou internado em um campo de concentração, assim como muitos outros "estrangeiros inimigos". Posteriormente serviu ao exército australiano como motorista de caminhão, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1946 instalou um estúdio fotográfico no qual trabalhou principalmente com moda, nos afluentes anos pós-guerra. Pouco tempo depois tornou-se cidadão australiano.
Nos anos seguintes viveu em Londres e Paris, e trabalhou para a Vogue francesa.
Criou um estilo muito particular de fotografia, marcado pelo erotismo, freqüentemente com alusões sado-masoquistas e fetichistas. Sua notoriedade aumentou nos anos 1980 com a série "Big Nudes".
Passou os últimos anos de sua vida em Monte Carlo e Los Angeles. Morreu em um acidente de automóvel na Califórnia. Suas cinzas foram enterradas em Berlim, Alemanha.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Uma "Democracia" Parcial Não É Real

Eu apoio o Senador Suplicy


Fonte Blog do Josias de Souza - http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br

Suplicy repudia posicionamento de Lula sobre Cuba

Em discurso feito na tribuna do Senado, Eduardo Suplicy (PT-SP) cobrou de Lula posições mais firmes e coerentes sobre a falta de demcocracia em Cuba.

Para Suplicy, o “respeito” que Lula devota aos irmãos Raúl e Fidel Castro não deveria impedi-lo de lembrar aos amigos cubanos alguns valores básicos.

Por exemplo: a necessidade de observar os direitos humanos e a conveniência de valorizar as liberdades democráticas, sobretudo a liberdade de expressão.

O senador petista lembrou que, em 1998, numa visita que fez a Cuba, o então papa João Paulo Segundo não se furtara a mencionar o essencial.

Segundo Suplicy, o papa defendera o fim do embargo dos EUA à ilha. Mas também mencionara que Cuba deveria render-se à liberdade e ao pluralismo político.

Em entrevista concedida à Associated Press, Lula comparou os presos políticos de Cuba aos criminosos comuns de São Paulo. E condenou a greve de fome.

Em seu discurso, Suplicy cuidou de recordar ao presidente que há enorme diferença entre os presos de consciência de Cuba e os bandidos paulistas. Acrescentou:

“Gostaria que Lula se recordasse de algumas das pessoas da história que fizeram greve de fome para alcançar um objetivo importante na história dos povos”.

Suplicy mencionou o líder indiano Mahatma Gandhi. Citou também o ícone sul-africano Nelson Mandela.

Também nesta quarta (10), o deputado Raul Jungmann protocolou no Planalto a carta que Lula negara ter recebido na visita que fizera a Cuba, em 23 de fevereiro.

No texto, os opositores do regime de Havana pedem a Lula que interceda junto aos irmãos castro em favor da liberação dos presos políticos de Cuba.

Lula queixara-se de que os autores da carta deram-na por entregue sem ao menos tê-la protocolado. Agora, já não pode alegar a ausência de protocolo.

A exemplo de Suplicy, Jungmann também refutou os últimos comentários do presidente: "Lula e a ministra Dilma [Rousseff] foram presos políticos...”

“...Por isso mesmo o presidente não poderia nivelar prisioneiros de consciência com sequestradores, assassinos e estupradores, que são pessoas que cometeram crimes...”

“...Isso não tem o menor cabimento. Os prisioneiros de Cuba estão na cadeia porque lutam pela democracia e pela liberdade".

Mais cedo, Jungmann tentará aprovar na comissão de Relações Exteriores da Câmara uma moção lamentando a morte de Orlando Zapata Tamayo.

Preso em Cuba, Tamayo fenecera horas antes da chegada de Lula a Cuba, depois de 85 dias de uma infrutífera greve de fome.

Representantes do consórcio governistas manobraram para impedir que a moção fosse aprovada.

"É lamentável que a base do governo se recuse a enxergar o flagrante desrespeito aos direitos humanos em Cuba”, disse Jungmann.

De resto, as derradeiras declarações de Lula ecoaram também em Cuba. Mereceram comentários do jornalista e sociólogo Guillermo Fariñas, em greve de fome há 15 dias.

Fariñas (na foto lá do alto) disse que Lula é "cúmplice da tirania dos Castro". Mais: afirmou que Lula esqueceu o próprio passado.

Escrito por Josias de Souza às 21h38.

terça-feira, 9 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Stand Up Comedy para Quem está no RIO.

O humorista, André Teixeira, estréia em 25 de Março o espetáculo Decolando. Acontece todas as quintas, às 20:00hrs, na Chopperia Downtwon: AV. DAS AMÉRICAS 500 Bl.6 Lj.120 BARRA DA TIJUCA/RJ.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Preciosa, Filme favorito ao Oscar 2010, Aborda Questão da Homossexualidade

Fonte: Revista Lado A - www.revistaladoa.com.br

Negra, obesa, analfabeta e vítima de violência doméstica, Clareece "Precious" Jones (Gabourey Sidibe) é mais uma menina do Harlem, Nova Iorque, que luta para sobreviver em um ambiente hostil. Um filme dramático que conta como Precious foi violentada duas vezes pelo pai e sua convivência cruel com sua mãe. A esperança vem quando ela começa a estudar e uma professora lésbica (Ms Rain) a faz aprender a escrever e se relacionar com um mundo novo, onde o amor (não sexual) é uma grande descoberta.Se não bastasse o engajamento contra o sistema americano que falha e exclui negros e latinos, o filme ainda fala sobre a questão homossexual quando a protagonista combate o preconceito contra gays. "Porque pessoas que mal conheço podem ser legais... sem conhecerem a mim, minha mãe e meu pai? ... Minha mãe diz que homossexuais são pessoas ruins. Mas mãe, não são eles que me estupram, então o que isso faz de você? Não são os homossexuais que me deixam na escola por 16 anos sem aprender nada. Não são homossexuais que vendem crack na nossa vizinhança. Foi a Ms Rain que colocou o giz na minha mão e me fez rainha do alfabeto."Concorrendo ao Oscar de Melhor Filme, além de mais cinco outras categorias, o filme está recebendo forte apoio da comunidade negra norte americana, incluido o apoio aberto da apresentadora Oprah. No longa, há ainda a participação da cantora Mariah Carey como uma de uma assistente social; Paula Patton como a professora de Precious, Mrs. Rain; E Lenny Kravitz como enfermeiro John.

Fonte: Revista Lado A

terça-feira, 2 de março de 2010

O Canal Futura Abre Inscrições Para Co-produções

FONTE: JORNAL O LIBERAL

O canal Futura abriu inscrições para co-produções, o chamado pitching, alternativas criativas em fontes externas com o interesse de estabelecer parcerias e co-produções.

O Canal Futura realiza esse processo há cinco anos. Neste ano, há uma inovação no processo e agora se chama 'pitching social'. O objetivo é dar mais um passo no estreitamento dos laços entre produtores e exibidores. Se relações do tipo são mantidas com produtoras independentes desde 2005, a nova edição é voltada para ONGs e TVs universitárias.

Os projetos, que podem ser enviados até 9 de abril, devem ser programas televisivos de 20 minutos, com temática livre e, de preferência, qualidade artística, conceitual e técnica. Dentre eles, dois serão premiados: um produzido por ONG, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) ou Instituto e Associação; e outro por uma TV universitária. O valor recebido para a execução do projeto é de R$ 30 mil.

O regulamento e a ficha de inscrição estão no site do Canal Futura (http://www.futura.org.br/). A divulgação do resultado acontece no dia 30 de abril.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Silio Moura grava "O Segredo de Alguino"


Silio Moura, em conjunto com a RC Produção/Exotique Filmes, grava espetáculo infantil: O Segredo de Alguino. A peça conta a estória de uma alga ingênua que se envolve, cegamente, com amiguinhos malvados, até ser, novamente, resgatada ao mundo do bem pelos verdadeiros amigos. O elenco é composto por um batalhão de atores e atrizes. Confira a ficha técnica:

Roteiro Original: Suely keppe e Cristina Vasquez
Dramaturgia e Concepção: Silio Moura
Apoio: Millennum Línguas, Projeto Crescer com Arte

Elenco:
Silio Moura, Fabiane Ribas, Marconi Benck, Iara Loursi, Ednilson Kenji, Luiz Lindozo, Denise Mascarenhas, Wagner Moraes, Sandra Salgueiro, Mariane Fernandes, Jussara Walder, Jose Luiz Sesso, Luciana Santos, Renata Silveira, Lauren Ikehara, Angela Stein, Antonio Rosa

Direção Geral: Richard Jones
Direção de Atores: Maristela Teodoro
Preparação Corporal: Mariane Fernandes
Preparação Vocal: Josef Gardmo
Trilha Sonora: Markku Lyyra, Fabrizio Billiotti, Marcos Pera e Josef Gardmo
Figurinos: Paivi Tiura, Gisela Alcaide e Lourdes Alcades
Maquiagem: Carol Morazzoni e Juliana Soares
Fotografia: Vilma Lauer
Designer Gráfico: Pedro Cardos e Andreia Santos
Adereços: Elisa Candolo

Plastic City - Cidade de Plástico


Assisti, neste final de semana, ao filme Plastic City. O motivo que me levou ao cinema, foi o roteiro, porém acabou sendo a minha maior decepção. O enredo se perde, é confuso, traz um certo tédio. A produção traz algumas incoerências como um tigre na floresta amazônica. Por mais que seja uma representação simbólica de uma lenda da estória, acaba ficando meio fora do contexto.

O lado positivo para mim, foi a fotografia, eu vi bonitas cenas com enquadramento e luz muito legais, na boite/bordel e no apartamento do Copan (cena do colchão de água), valeu por isso!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ator Magnon Bandarz brilha em montagem teatral de "O Pagador de Promessas"

Depois de atuar classicamente como o "Padre" na montagem teatral do "Pagador de Promessas", o ator gaucho Magnon Bandarz foi convidado a participar da filmagem do próximo curta metragem dos diretores Daniel Torres & Roberto Christo.

Magnon conquistou a plateia, diretores e promete alçar vôo em carreira de sucesso. A peça foi encenada no mês passado em curta temporada, teve a direção de Jair Aguiar.

Durante a uma hora de duração, Magnon Bandarz brilhou, criando um padre retrógrado cujo tom foi capaz de cativar o público ao invés de só despertar o antipático lado do extremismo religioso.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Não Percam no Telecine Cult


Eu assisti e recomendo. Vai passar no Telecine Cult o filme A Princesa de Nebraska. A fotografia é primorosa no enquadramento, luz, movimento de câmera. Produção artística nota 10, roteiro lindo. Parabéns ao Cult por selecionar os melhores filmes na sua programação. Vejam detalhes abaixo:

Princesa De Nebrasca, A (Princess Of Nebraska, The) USA 2007
72:38 Colorido - Drama

Sinopse: Sasha deixou a China e sua família para estudar e garantir um futuro melhor nos Estados Unidos. Porém, uma gravidez inesperada tranforma sua vida completamente, fazendo-a cogitar um aborto e que lhe fará passar por situações adversas. Ao encontrar um amigo, a jovem revê seus planos e conceitos.

Telecine Cult.
Sex, 22/01 às 00h25
Qua, 17/02 às 01h30
Sex, 19/02 às 18h40

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

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