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** By ROBERTO CHRISTO **

sexta-feira, 1 de março de 2013

Depois de Ontem

Esse mundo caótico nos cega da análise dos nossos sentimentos, acabamos por ficar somente no aspecto racional do homem. O julgamento de terceiros passa ser uma ameaça contra nossa integridade humana, vai contra a vontade. Filosoficamente, definiríamos como vontade, o que há de mais essencial no mundo; ela se manifesta em toda a natureza e nos corpos animais, independentemente de serem eles possuidores ou não da faculdade de razão.

Uma criança com vontade de ter uma infância tranquila x Uma mãe com vontade de que seu filho fosse a cópia fiel do seu ideal. A partir daí entramos no turbilhão do embate da "razão x emoção" e fazemos de seus participantes, eternos encarcerados dessa situação. O texto do espetáculo é capaz de criar uma comunicação muda com as espectadores, a partir do momento que faz aflorar a nossa real dualidade de sentimentos.

Assim eu defino o espetáculo teatral "DEPOIS DE ONTEM". Após assistir ao ensaio geral, só tenho elogios a fazer. Um texto maravilhoso, extremamente tocante e uma dupla de atores tão sensíveis quanto o texto. O ponto alto da criatividade cênica é o preenchimento do palco com movimentos milimetricamente calculados e na proporção exata da integração dos corpos dos atores ao espaço do palco.

Tenho certeza que quando o espetáculo estiver totalmente pronto: cenário, figurino, maquiagem, luz e etc, será ainda mais contundente e de beleza única.

Com previsão de estreia em breve, na Sala Piscina do Viga Espaço Cênico. Rua Capote Valente, 1323 (São Paulo), a peça procura apoiadores para finalizar a produção. A arrecadação está sendo feita através de contribuições no site "Catarse" e já conseguiu passar da metade do orçamento proposto. Se você quer assistir à uma produção que te fará repensar a vida, seja um contribuinte. (Clique na palavra Catarse, acima)

Maiores informações: 

http://espetaculodepoisdeontem.wordpress.com/faca-parte/

SINOPSE
A peça “Depois de Ontem” apresenta a relação difícil entre um menino de oito anos e sua mãe. De um lado, uma criança que só queria ter uma infância tranquila. De outro, uma mulher que projeta no filho as frustrações pela vida que queria, mas não viveu. Ao final, o amor incondicional e o forte vínculo que nunca se rompem.

Em suas diferenças, defeitos e expectativas, os personagens nos fazem concluir que a culpa perde sentido quando entendemos que todos nós, humanos, somos conduzidos por nossa própria trajetória e que agimos motivados por nossas próprias razões. Levam-nos, ainda, a refletir sobre como lidar com sentimentos contraditórios numa relação de amor.


FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Renata Bortoleto
Assistência de direção: Juliana Matos
Elenco: Thiago Spektror e Kelly Lima
Produção: Luísa Fischer
Iluminação: Lúcia Ramos
Sonoplastia: José Sérgio Pinchiaro
Cenografia: Luiz Gustavo Landi
Figurino: Renata Bortoleto
Preparação de atores: Juliana Matos
Projeções audiovisuais: Pedro Ferrarini

Ensaio geral com Thiago Spektror e Kelly Lima

por ROBERTO CHRISTO

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