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** By ROBERTO CHRISTO **

quinta-feira, 27 de março de 2014

Nos sentimos amordaçados, impotentes e sufocados

Alfredo Romero por Daniel Bracci

O fotógrafo venezuelano, Daniel Bracci, produziu um série de ensaios fotográficos com celebridades locais, para protestar contra a censura e a repressão do Governo de Nicolás Maduro. (https://www.facebook.com/DanielBracci83?ref=profile)

"A intenção é destacar a paz entre todos os venezuelanos, não importa de que quadrante político, já que a deterioração da liberdade de expressão afeta a todos", disse o fotógrafo.

Ao lermos tal afirmação nos damos conta que não só os venezuelanos, mas todos nós vivemos prisioneiros de um sistema criado pela má interpretação das filosofias do desenvolvimento humano e social. Vivemos um momento que  nos sentimos amordaçados, impotentes e sufocados, de maneira velada.

Ser um defensor das ideias de liberdade, igualdade e justiça é salutar, quando o homem não desvirtua tais filosofias para usufruto próprio e acaba por botar em prática o exercício oposto destes pensamentos, e é claro, em detrimento da dignidade humana. É totalmente injusto quando as figuras passam ocupar lados opostos!

Como aconteceu com a humilde costureira venezuelana, Marvinia Jiménez, que decidiu protestar, pacificamente, batendo panelas em frente a Guardia del Pueblo, contra o governo de Nicolás Maduro e foi (covardemente) espancada e presa por praticar "atos golpistas".

Veja as imagens:


Ou como acontece ao sermos traídos e pagarmos pela nossa atitude de deixar qualquer preconceito pessoal de lado! Afinal fomos educados a não julgar pelas aparências.

Ou quando a estampa do indivíduo, culturalmente o absolve de qualquer crime por tratá-lo como o coitadinho da sociedade injusta e o mesmo segue dando golpes e rasteiras naqueles, cujo rótulo de "bem nascido" acaba por lhe outorgar um título de "vilão".

Ou quando alguém nos rouba, deliberadamente, e mesmo com a condenação de justiça, sai ileso do pagamento, pois não tem condições financeiras para pagar. Enquanto isso, precisamos dar um jeito de arcar com nossos impostos, pois ainda que não tenhamos condições, em um dado momento, é uma obrigação do cidadão de bem.

Em meio ao desconforto gerado pelo roubo de nossos direitos, muitos se apegam às filosofias religiosas, assim se mantêm ingênuos e complacentes quando imaginam que todo mundo é benevolente, ou que é necessário agirmos com compaixão. Mas todos se enganam, pois estamos contribuindo para o eterno estado de vitimismo que legitima os atos hediondos dos déspotas, vândalos, estelionatários ou qualquer um que se julgue no direito de ter mais direito que os outros. E quem paga o pato são aqueles que ficaram vulneráveis devido a suas virtudes positivas de boas intenções e confiança no próximo. "Pagar o pato", mais uma expressão repugnante dos homens (A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a um poste e o jogador, a cavalo, deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia pagava pelo animal sacrificado, sendo assim passou-se a empregar a expressão para representar situações onde se paga por algo sem obter um benefício em troca).

Temos insistido, após dissabores da vida, em darmos novas chances na esperança de encontrar um ser humano melhor, porém nos deparamos com a decepção.

Estamos sempre nos perguntando: "Quem será o próximo a nos dar um golpe?", ainda que sob o eufemismo (sign. Eufemismo é uma figura de linguagem que emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão) das expressões populares: "Gato escaldado tem medo de água fria"... Eufemismo ou crueldade humana? Imaginem o ato de escaldar um gato! Prefiro nem pensar numa atrocidade assim, já basta a dureza do nosso dia a dia dentro de uma realidade que urge mudar para melhor.

por ROBERTO CHRISTO


quarta-feira, 19 de março de 2014

Magno Bandarz chega com seu novo espetáculo à São Paulo


O amigo e ator, Magno Bandarz, chega a São Paulo nesta semana. O ator está em turnê pelo Brasil, ao lado de Miguel Falabella e Marisa Orth, com um hilariante  espetáculo teatral "O Que o Mordomo Viu" .

A comédia é uma versão de Miguel Falabella, que também assina a direção. "What the Butler Saw" foi escrita pelo inglês Joe Orton em 1967, cuja obra polemizava e fazia rir o público da década de 60. A peça foi encenada, pela primeira vez, no ano que seu autor morreu assassinado a marteladas pelo amante, que logo depois cometeu suicídio.

Após passar por cidades como Fortaleza, Aracaju e Belo Horizonte, sempre com o teatro lotado, "O Que o Mordomo Viu" chega ao Teatro Procópio Ferreira no dia 21 de março. Na trama, um psiquiatra é flagrado por sua mulher durante uma suspeita conversa com a secretária, que é convencida a se despir, pelo próprio doutor.

A montagem fica em cartaz sextas, às 21h, sábados, às 19h e 21h30, e domingos, às 19h.

Teatro Procópio Ferreira
R. Augusta, 2823 - Jardim América
São Paulo - (11) 3083-4475

por ROBERTO CHRISTO


quinta-feira, 13 de março de 2014

Senhorita Júlia e a Despedida de si Mesma



Utilizando-se da metalinguagem, estreou ontem no Teatro Augusta, o espetáculo "Senhorita Júlia e a Despedida de si Mesma". Com direção de Heitor Saraiva, a peça reúne um elenco de peso: a grande Amanda Pereira (Júlia), Eduardo Pelizzari, Paloma Souza, Rebeca Zadra, Danilo Amaral, Dico Paz, Rafael Dib, Patrícia Palhares, além de Beto Bellini, o também responsável pela autoria do texto.

Com uma produção de altíssimo nível, incluindo um figurino perfeito, uma iluminação e som de babar, o espetáculo deve emplacar como sucesso total.

Rafael Dib e Amanda Pereira
Júlia é filha de um grande empresário da comunicação, uma apresentadora de televisão que se envolve com um captador de recursos cuja esposa se diz uma religiosa, porém só age por interesse. Assim se desenrola a peça que discute questões como a vaidade, a adoração pela fama, o facilidade de se corromper na busca de egos inflamados, algo muito comum no mundo do audiovisual. Pensando bem... Eu diria que a realidade do texto transcende o "mundinho", trata-se de uma verdade geral da atualidade! O espetáculo é um espelho que reflete a imagem de nossos anseios. Claro, não quero generalizar, mas com certeza, muitos enxergarão a própria imagem, nestes tempos em que o homem parece estar retrocedendo.

O cinema, a música, a literatura... Enfim, a arte precisa seguir uma regra de uniformidade para garantir uma notoriedade. A estética precisa seguir o ritmo da globalização. O sistema econômico oprime o espírito, acaba com a harmonia casual das estruturas e fragiliza o artista. O produto torna-se algo fugaz e descartável, escondido sob o escudo do progresso.

Onde ficou a fantasia, o lúdico? Acabaram se tornando um espírito zombeteiro que, em alguns momentos, aparece para brincar com os artistas, ou lembrar que a essência da arte não é a grandiosa produção que a envolve, mas sim sua simplicidade ou a simples capacidade de nos fazer sentir. 

Esquecemos do literal teatro de ilusões. O que vale agora é o prazer de celebridade. O público fechou a "gavetinha" da reflexão, não quer mais exercitar a imaginação, está com preguiça de procurar o fio da meada

Onde ficou o homem? Passou a ser um objeto manipulável que dança de acordo com a orquestra do poder do dinheiro, ou vai na onda da massa. Perdeu seus atributos humanos, a capacidade de observação, só quer se engajar na corrida incessante do glamour. Deixou seus pensamentos no "automático" para curtir o indulgente. Passou a se preocupar, somente, com o próprio nariz, mesmo que precise contradizer suas crenças, seus ideias, sua educação, seus sonhos.

Mas o resultado de tudo isto pode ser um desastre para o maior bem do ser, o bem que esquecemos de dar o devido valor: A VIDA!

EM CARTAZ ATÉ 10 DE ABRIL DE 2014

Eu super recomendo! Melhor, é um espetáculo imperdível.

por ROBERTO CHRISTO


Ficha Técnica:

Direção: Heitor Saraiva.
Coordenação de Produção: Erika Barbosa.
Assessoria de Imprensa: Miriam Bemelmans.
Diretora de Produção: Patrícia Palhares.
Assistente de Direção: Lívia Simardi.
Ingressos: R$ 30,00. (Inteira) R$ 15,00 (Meia-Entrada) Mediante apresentação de comprovante.

TEATRO AUGUSTA
Rua: Augusta, 943 - Cerqueira César
Horários: quartas e quintas às 21h.
Sala Nobre: 302 Lugares.
Gênero: Drama.
Duração: 70 Minutos.
Classificação: 16 anos.
Compras On-Line: Ingresso Rápido.



quarta-feira, 12 de março de 2014

O Ator, Thiago Salles


Há alguns anos, tive a sorte de ver o espetáculo teatral "Garotos da Noite" de Thiago Salles e me encantei com a obra, seus atores e tudo mais que envolvia o espetáculo. É sempre bom tirar um proveito, não só profissional, mas pessoal das boas obras encenadas por terceiros. Acho que funciona como uma escola para mim! Além do mais, é sempre bom saber que nosso teatro, cinema e TV contam com talentos para abrilhantar nossas produções.

Embora minha formação artística tenha vindo quase que por acaso, confesso que meu primeiro interesse por me relacionar de corpo e alma com as artes, veio com a busca de um curso de teatro para superar a minha timidez, acabei encontrando uma cultura que ensina muito mais! Encontrei o amor pelo ofício das artes! Me deparei com uma forma de olhar o meu próprio "eu" que resultou, em termos pessoais, no conhecimento da valorosa prática da meditação!

Posteriormente, estudando cinema, abri as portas da sensibilidade como aquele espectador capaz de analisar a arte, como se estivesse fora da atmosfera criada por ela. Após me apropriar desta sensibilidade especial, eu sempre a aproveito para me envolver com os espetáculos que assisto!

Para minha boa surpresa, há poucos dias atrás, eu vi que o grande Thiago resolveu juntar os seus talentos para compartilha-lhos com todos os interessados, através de um trabalho que teve grande valor para mim, enquanto profissional e pessoa, os estudos. Thiago Salles abriu a "Casa de Cenas" (www.casadecenas.com.br), inovadora escola de teatro que promove cursos para formação de atores, para quem deseja melhorar a comunicação, ou para quem trabalha com apresentações e oratória.

Boas aulas de teatro, como as oferecidas pela "Casa de Cenas", podem lhe ensinar como utilizar e expressar sua voz.  A parte técnica contribui com ensinamentos sobre respiração correta, uso do diafragma, moderação de volume e do ritmo, articulação e postura. A parte artística, além de mostrar estratégias de enfrentamento da timidez e medo, ensina o ato de improvisar, criando o movimento de ação e reação momentânea, fundamental para melhorar sua capacidade de conversação e criatividade imediata.

Tais habilidades são essenciais para os atores, apresentadores, jornalistas e profissionais da área!

Enfim, um curso que tem como cartão de visitas o talentoso Thiago Salles, dispensa outras recomendações.


Parabéns Thiago e muito sucesso!

por ROBERTO CHRISTO

sexta-feira, 7 de março de 2014

Produção Artística




A produção artística, a montagem de um set ou de um cenário,  são os protagonistas deste vídeo produzido por Alexander Sinclair. 

Aqui é possível ver todo a criatividade do artista alemão, Michael Riedel, contratado para desenvolver a concepção artística de uma sessão de fotos de moda masculina, da revista inglesa, Wallpaper.

Também, é possível ter uma ideia de quanto trabalhosa é uma produção de qualquer realização que eleja a imagem como ponto principal de uma obra.


por ROBERTO CHRISTO

Assistam ao vídeo:
 
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