O Partido Social Cristão obriga os funcionários vinculados ao partido a contribuírem com 5% dos seus salários para uma caixinha. Quem não paga é demitido. Foi assim com o assessor de imprensa Humberto Azevedo, não filiado ao PSC, que se negou a repassar os 5% ao partido e foi mandado embora.
Tal evento comprova muito bem a minha tese de que as instituições religiosas e seus braços na política estão mesmo interessados no dinheiro fácil de contribuintes voluntários e também os não voluntários que são pressionados a contribuir para não sofrerem retaliações, como o caso deste jornalista. Note que o mesmo, em 24 de março, era um dos funcionários que ainda não tinha pago sua parte na caixinha mandatória. Em vista ao acontecimento, o vice-líder do PSC, Zequinha Marinho, se irritou e, com letras em caixa alta, mandou um recado para a secretária com os seguintes dizeres: “PEÇA AO HUMBERTO PARA PROVIDENCIAR COM A MAIOR BREVIDADE POSSIVEL, O DEPOSITO CORRESPONDENTE A 5% DO BRUTO QUE ELE RECEBE. OK?” Marinho foi enfático: “NAO POSSO PAGAR POR ELE, POIS JA PAGO SOBRE O MEU SALARIO”.
Em 30 de março, Marinho envia a resolução: “Diante da impossibilidade de Vossa Senhoria autorizar o débito de 5% (…) do Partido Social Cristão, ficou determinada sua exoneração”.
Concorrer com um bloco cujo poder econômico é forte, sendo que as vezes a razão deste fortalecimento provém de fontes ilegais, é desleal. Eu repudio a manipulação social das instituições religiosas para benefício próprio.
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