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** By ROBERTO CHRISTO **

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Magno Bandarz Brilha na TV

Magno Bandarz por Roberto Christo
Constantemente, me sinto instigado em criar variantes nos formatos de beleza. É como se eu tentasse fazer dos meus olhos uma câmera que experimentasse produzir a beleza em diferentes ângulos.

Talvez esteja aí o meu fascínio pelo audiovisual e o motivo de tantos debates quanto as críticas feitas ao trabalho do ator. Para mim, a imagem sempre foi o ponto principal das artes!

Mesmo que utilizemos outros faculdades do sentido, como o olfato ou a audição, para apreciar as artes, acabamos sendo impelidos a criar uma imagem na mente, seja ouvindo música ou vivenciando um aroma.

Desde o primeiro contato que tive com o ator Magno Bandarz, eu acreditei que suas características físicas eram infinitas e podiam ser exploradas sob um olhar de fotógrafo! Não é à toa que desenvolvemos um ensaio fotográfico com um resultado muito bacana.

Eu acredito que um perfil físico é quase 70% responsável pelo bom desempenho de uma criação ativa do personagem, para cinema e TV. A caracterização, com certeza, complementa o trabalho, mas precisa ser perfeita para surtir um efeito ótimo nestas linguagens (caso o perfil do ator seja muito diferente ao do personagem).

Porém, há poucos perfis e atores que conseguem transitar pelos vários mundos da interpretação sem deixar causar uma distorção entre a imagem e realismo. Estes poucos atores são aqueles que carregam uma estrela e estão fadados ao sucesso. É o caso do Magno, ele sempre teve um personagem nos meus filmes por conta de seu perfil físico, sustentado pelo desempenho de um trabalho com tamanho talento e entrega. Sempre mostrou ser um ator versátil e capaz de desenvolver qualquer trabalho com excelência.

Seu brilho se repete agora, quando ele estreia na TV Globo, no programa "Pé na Cova".  Seu personagem faz a união da beleza física escancarada com o mistério da sua origem e com a adaptação ao meio que lhe acolheu. Temos aí a necessidade de um perfil multifacetado aliado a destreza em atuar.

Vale mencionar que seu carisma foi comprovado no episódio desta semana, quando a série bateu o recorde de audiência. O capítulo teve como mote a tão esperada consumação do envolvimento amoroso de seu personagem.

Parabéns pelo bom trabalho.

por ROBERTO CHRISTO

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Quer ser um ator ou modelo agenciado?

 cadastro online

A Exotique Filmes está expandindo seu cast de atores, além de abrir novo cast para modelos. Se você deseja fazer parte do nosso elenco, preencha o formulário online http://www.exotiquefilmes.com.br/cadastro_cast_65.html e nos envie fotos digitais de corpo inteiro, close do rosto e close do rosto com sorriso, para o email exotiquecast@gmail.com. Após a análise do seu perfil e caso o mesmo seja adequado às necessidades da agência, será incluído no nosso site. Obrigado!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

FORCA (Gallows Game) no "7 Continents Film Festival"

É com muito prazer que informo que o Filme FORCA, dirigido por Roberto Christo e Kelly Lima, está no 7 Continents Film Festival, da Índia.

O "7 Continents" é um festival de cinema online que disponibiliza os filmes para que a audiência possa assistir e votar.

O critério de premiação se dá pelas seguintes porcentagens:

35%: para o desempenho on-line do filme ou seja, número de pessoas que o assistem no site www.miniboxoffice.com
35%: para comentários postados pela audiência no site on-line www.miniboxoffice.com
30%: Avaliação dos especialistas do site www.miniboxoffice.com

Por isso precisamos da sua ajuda para assistir, votar e comentar sobre nossa tão batalhada produção. Lembrem-se que os votos só são computados se o filme for visto e comentados através do site www.miniboxoffice.com.

Para facilitar, basta clicar na foto abaixo e você será direcionado, imediatamente, ao site e poderá assistir ao filme e dar os seus pitacos.

 Forca (Gallows Game)


FORCA  (Gallows Game)
Diretor (Director) - Roberto Christo e Kelly Lima
Sinopse (Synopsis) - Inspirado nas ideias do iluminismo e flertando com a linguagem de vídeo-arte, a obra se desenrola através de uma poesia recitada na forma de um jogo permeado de símbolos e alegorias, intitulado "Forca". Nas entrelinhas, o jogo confronta a moral ultrapassada, que sufoca os excluídos na sociedade contemporânea, e a valorização de uma visão de mundo racional, onde a sabedoria aparece como agente transformador para a justiça e igualdade entre os homens. Entrar no desafio e jogar é descobrir a palavra final. Palavra, esta, capaz de mudar pensamentos.

Inspired by the ideas of the “Philosophy of Enlightenment” and flirting with the video art language, the film unfolds itself through a game of symbols and allegories, titled " Gallows Game ". The “bets” confront the moral outdated, still cultivated by contemporary society, and the appreciation of a rational view of the world, where wisdom appears as a transforming agent for justice and equality among people. Find and play the final word that it’s able to save lives.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Família Que Vende Doces na Feira da Rua Realengo, Vila Madalena (SP)

Em recente trabalho de análise de locação efetuado na feira livre da Rua Riachuelo, Vila Madalena, São Paulo, fomos muito bem recebidos por quase todos os feirantes que estavam ali desempenhando o seu ofício, exceto pela família que vende doces e biscoitos na primeira barraca da rua. Uma atitude rude nas palavras, na ironia barata e nas caras feias, pairava no ar. Mesmo sabendo que toda a aspereza daquela família se destinava à nossa equipe, não nos preocupamos, mas a mulher da família resolveu atacar de uma forma mais direta, a fim de criar celeuma.

Após um longo período os ignoramos, até o momento em que resolvi tirar a dúvida se aquela infeliz pessoa falava comigo. A partir daí toda a família conseguiu um alvo que julgaram fraco, um integrante da equipe com jeito menos masculinizado, nesse momento aqueles aparentes humildes trabalhadores braçais mostraram as garras, os dentes e proferiram grunhidos ofensivos. "Bicha", "Veado" foram os termos que o tal nível intelectual coletivo foi capaz de gritar, após a tentativa de provocarem toda a nossa equipe dizendo que quem trabalha com cultura, não desempenha um trabalho, pois trabalho de verdade era o que eles faziam, vender doces.

A resposta para os desaforos homofóbicos foi um "Vai tomar no cu", quando os bibelôs machos da família se sentiram ofendidos e partiram para quase agressão física.

A família que vende doces e biscoitos na feira da Rua Realengo, Vila Madalena, SP, às quintas é a típica família brasileira da autopiedade: semianalfabetos, manipulados pela cultura de massa dedicada a arrancar tudo o que querem deles. Fazem parte da camada que se esconde por detrás do escudo de vítimas sociais que só querem conhecer seus costumes locais, só participam daquilo que é o reflexo do desejo coletivo da classe D, são acomodados, cheios de regras absurdas e ultrapassadas e sonham em consumir em shoppings. São as "pobres vítimas sociais", bem alimentadas, quase obesas, caucasianas, brancas que se sentem ameaçadas quando precisam dividir o espaço de trabalho com demais trabalhadores e lamuriam por não pertencerem ao topo da pirâmide do "status quo", por serem "ignorantes". Choram como animais fracos e indefesos diante de seu predador, até o momento em que vêem passar uma espécie que, na sua rasa cultura, ocupa um patamar inferior. A partir daí enchem seus peitos de coragem e se tornam os predadores, atirando contra aquilo que julgam ser a escória da sociedade. Isso é a prova que a autopiedade cansa quem a carrega, por isso há a eterna necessidade de encontrar na outra pessoa, um sujeito adequado para desempenhar o papel de ativo.

Assim é cultura brasileira, muito atrasada! Nossas famílias não se conscientizaram da importância em educar os filhos em um ambiente livre de preconceitos e baseado no respeito mútuo. Os arquétipos de profissionais de sucesso, trabalhador árduo, do bem sucedido social e economicamente fazem parte do inconsciente coletivo do brasileiro. Nossa sociedade é imatura e cheia de complexos. Trabalho ainda significa, literalmente, suar a camisa. A ignorância impera no Brasil e o vitimismo se torna a justificativa para o atraso intelectual.

Estamos no século XXI, informação é algo abundante, fácil e barato; a internet é um mundo de possibilidades para aprender, para crescer, porém nossos jovens não se interessam pelo aprendizado. Em 1960, a Coréia do Sul tinha uma taxa de analfabetismo de 35%, uma renda per capita de 900 dólares por ano e ainda o trauma de uma guerra civil que deixou 1 milhão de mortos e a economia em ruínas. Após um maciço investimento para conscientização da importância da educação e da cultura para formação de um cidadão, aliado à disciplina do povo oriental, hoje, o país exibe uma renda per capita dezenove vezes maior, erradicou o analfabetismo e Seoul foi capital mundial do design, por exemplo. São Paulo é uma cidade que oferece inúmeras opções de participar da cultura sem nenhum gasto, ou com preços acessíveis, o que falta é vontade do povo em crescer intelectualmente.

A minha experiência de vida hoje me faz enxergar que o avanço social está atrelado à mudança no conceito de moral. Nossos jovens só pensam em consumir, nossa classe D só pensa em adquirir a cultura popular, ou do capricho pessoal e individualizante, ou a cultura religiosa e moralista que pende para o lado econômico.

A família de feirantes de doces e biscoitos da Rua Realengo, na Vila Madalena, que até então parecia um família harmônica, empreendedora, batalhadora deixou sua imagem desmoronar quando exalou toda a sua ira pelo simples fato de expressarem a revolta do próprio desejo sucumbido, não atingido ou refletido na vida alheia. Esta classe tem um complexo social que a faz odiar, censurar e julgar como arrogante tudo aquilo que consideram erudito, ou aquilo que não conhecem, mas que socialmente é considerado algo de um nível de cultura e poder aquisitivo superior. Ora, não podemos ser alvo de ódio por nossos gostos ou nossos conhecimentos intelectuais. As informações estão aí para quem deseja assimilá-las. Ou só a cultura popular tem valor?

Isso é fruto do complexo de vítima e inferioridade dessa sociedade que se enxerga sob a ótica de um fantasioso estado de total abandono, aquela família, que comodamente, culpa a sociedade como a responsável por suas próprias mazelas.

Viver é difícil para todos, sem exceção! Nós somos os responsáveis pelos nossas vidas. Não podemos distorcer a realidade e achar que os outros são sempre os errados, não podemos criar couraças de autodefesa por que tivemos receio daquilo que pensamos ser trabalhoso em conquistar.

As diferenças existem, são responsáveis pela criação de um mundo onde podemos formular nossos gostos pessoais e precisam ser respeitadas.

A ignorância cultural impede qualquer ser de se deleitar com as belas cores da diversidade.

por ROBERTO CHRISTO



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Espetáculo Genet: O Poeta Ladrão

Agradeço a oportunidade de ter assistido, ontem, à um espetáculo comovente.

Elder Fraga e equipe (sendo alguns deles deliciosos ex-colegas de set) tiveram o poder de Midas em transformar um tema, que para muitos soaria como "submundano", em ouro.

Imagine você expor homossexualidade, violência, fome, prostituição, abandono... com a missão de transformar tudo isto em poesia! Tarefa árdua, mas cumprida por um time de extrema competência.

Começamos pelo impecável figurino com toques dos anos vinte, mas trazendo sempre uma atemporalidade, pois afinal o mundo não mudou tanto assim, muito menos deu grandes passos evolutivos nas questões abordadas pela obra. Vimos sempre uma dualidade homem x mulher, coberto x desnudo, camada de sujeira quase impermeável x transparência que absorvia um espectro de cores. Parabéns Iraci de Jesus!

A sonoplastia inteligente me remeteu tanto aos sacros cantos gregorianos, enfatizando a questão religião moral x submundo, muito presentes no espetáculo, bem como à música árabe, enfatizando uma Paris, cena da obra, repleta de problemas sociais fruto de desentendimentos e preconceitos entre franceses e imigrantes (sobretudo árabes).

O time de atores é afiado e bem dirigido, alguns com participações mais ativas na fala e outros com coragem suficiente para se desnudarem de corpo e alma! Contudo, todos entregaram seus corpos para materializar uma poesia metafórica. Isto se torna fato quando percebemos que a nudez foi quase sempre imperceptível, ou se tornou exceção com a bela cena protagonizada pela grande atriz, Gabriele Lopez. O personagem, encarnado pela atriz, é forçado a expor a sua genitália, se confirmando como uma prova dolorosa de sua transexualidade, mal interpretada pela sociedade. Víamos ali um corpo feminino afirmando ser uma alma e uma mente masculina! Há muito tempo uma cena teatral não me fazia chorar, mas esta passagem me encheu os olhos de lágrimas.

"Genet, O Poeta Ladrão" é uma experiência de cultura ousada capaz de encher os olhos e alma. O espetáculo foi renovador para mim, diria que foi uma peça teatral com a cara do universo de David Lynch (...A beleza do cinema é poder contar abstrações, tanto quanto coisas específicas, é uma linguagem onde a intuição pode atuar...). Tive a mesma impressão daquela sensação vivida por mim, quando morei em New York e frequentava as produções "off broadway". Eram teatros intimistas do Village que apresentavam espetáculos experimentais com muito a dizer, ou sessões de poesias recitadas em leituras abertas, organizadas em bares alternativos. Tudo isto sempre acrescentando experiências de vida (não só, mas também como espectador) e as transformando em ideias, assim como Genet se utilizava do cotidiano de um mundo sórdido para escrever.

Este espetáculo, com certeza, deveria continuar com novas temporadas, deveria rodar o mundo e mostrar toda a beleza que ele tem, uma beleza que precisa ser apreciada.

Parabéns e Boa sorte à Equipe!

por ROBERTO CHRISTO



FICHA TÉCNICA
Autor: Jean Genet
Texto: Zen Salles
Direção: Sergio Ferrara

ELENCO
Ricardo Gelli – Genet
Fransérgio Araújo – Stilitano / Madame Irma
Nicolas Trevijano  – Divina
Rogério Britto -  Mimosa / Simone
Felipe Palhares – Mignon
Ralph Maizza – Pilorge / policial / preso
Gabriele Lopez  – Guy / Madame Claire / Beata / Mendiga
Jhe Oliveira -  Sartre / carcereiro / Carolina
Magno Argolo – Padre / Policial / Preso / Carolina
Bruno Bianchi – Anjo / Salvador / Carolina

EQUIPE TÉCNICA
Assistente de Direção: Maria da Glória Stevam
Figurino: Iraci de Jesus
Cenário: Sergio Ferrara
Iluminação: Rodrigo Alves
Operação de Som: Maria da Glória Stevam
Sonoplasta:   Sergio Ferrara
Fotos: Vivian Fernandez
Direção de Produção: Elder Fraga
Realização: Fraga e Ferrara Produções

SERVIÇO
Estreia: Dia 17 de outubro de 2013. Quinta, às 20h. Duração: 80 minutos.
Temporada: até dia 6 de dezembro. Quintas e sextas, às 20h.
Exceto dia 15/11.
Recomendação etária: 18 anos
Preços: R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

Local: Espaço Beta – 3º andar. Lotação: 50 lugares

Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245
Tel: 11 3234-3000

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Lua de LED em Hong Kong

Rising Moon, ou Lua Crescente, é um pavilhão temporário construído para servir como uma atração âncora durante o 2013 Mid-Autumn Festival, em Hong Kong.

A obra é uma reinterpretação das tradicionais lanternas chinesas, porém feitas a partir de garrafas plásticas recicladas. A intenção é passar uma mensagem da importância em se proteger o meio ambiente.

A lua criada é impactante quando aliada aos efeitos de iluminação. Cada garrafa de água foi ligado a um dispositivo emissor de luz (LED), controlado por um computador, para gerar diferentes efeitos na superfície desta lua artificial.

O projeto recebeu o Prêmio de Ouro no "Lantern Wonderland Design Competition", em maio de 2013.

Lindo!




por ROBERTO CHRISTO

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