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** By ROBERTO CHRISTO **
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quarta-feira, 19 de junho de 2013

La Gioia di Vivere


Escolhi, para este texto, um título em italiano como uma alusão às nossas origens e em comemoração ao ciclo da vida que se perpetua, como a emocionante união celebrada no último 15 de junho de 2013. Sendo assim, não poderia deixar de homenagear a parte italiana desta origem (parabéns à Itália, por ser, no nosso caso, o único país que reconhece seus descendentes sanguíneos como cidadãos e shame on Portugal).

Voltando ao ciclo de perpetuação, posso dizer que fiquei extremamente emocionado com a união somatória das famílias: Anesini + Türrer + Figueiredo + Campos + Christo + Teixeira + Carneiro, simbolicamente realizada, em grande estilo, no casamento dos meus filhos de coração, Sofia Christo e Felipe Carneiro.

Eu me emociono com lágrimas de felicidade, desde que presenciei este casal entrando de mãos dadas naquele templo do amor. Há muito tempo não sentia uma felicidade tão grande, acho que tudo conspirava para isso! A começar pelas belas palavras do filósofo que comandou a cerimônia. Foi marcante ouvir: "Não depositem sua felicidade nas mãos de ninguém! A felicidade é uma conquista de cada um, um merecimento particular e intransferível. Não permitam que o julgamento do outro modele a realidade sobre si mesmo."

Em meio à imagens de Buddha, com um ambiente decorativo fazendo jus ao nome Far East (Extremo Oriente), eu já sentia a mesma energia de quase iluminação, que, marcantemente, senti em uma viagem que fiz sozinho à Bali, durante um momento de meditação que me proporcionou toda a ausência do sofrimento e me encheu de paz e amor.

Já imaginava que somente a Sofia e o Felipe, com suas auras douradas, seriam capazes de reunir toda uma diversidade de maneira pacífica, todos estavam visíveis só energeticamente. Havia uma reunião harmônica de diferentes faixas etárias (idosos, maduros, jovens, crianças), origens (australianos, neozelandeses, paulistas, mineiros, nordestinos...), credos (cristãos, ignorantes, iluministas, ateus, loucos, budistas...) orientações sexuais, níveis sociais, raças...

Me chamou a atenção o casal australiano que veio de um continente longínquo para demonstrar o amor, carinho e apreço pelo casal. As jovens e lindas amigas Silvia, Natália e Maria, sempre prontas ao lado do casal e cheias de boas energias para dar. A belíssima Nádia, que atravessou um oceano para demonstrar seu carinho aos noivos. Os amigos e amigas de São Paulo e de outros lugares, lá presentes. Os familiares, sobretudo os meus familiares, que com todas as dificuldades, se produziram para ficarem lindos e a altura do evento. Desfilaram nos salões de festas as belas Claudia Christo, Sylvia Christo, Junia Andrade, Cícera Gontijo e as jovens modelos Sarah, Isabela e Marina. Eu tive a impressão de ver algumas estrelas de Hollywood. Vi a Michelle Pfeifer, mas depois me disseram que era a mãe da noiva (minha irmã querida). Vi um jovem senhor de bigode, pendei ser o Tom Ford, mas era o meu querido Cris. Vi a Penelope Cruz, mas me disseram que o nome real dela é Stefania Navarro e vi o clone da Kate Winslet que, na verdade, era a Silvia, amiga da noiva que ousou no belo estilo "melindrosa dos anos 20". Os homens da família também estavam belíssimos, meu pai, meus irmãos (Marcelo, Sérgio, Marco, Alexandre), cunhados (Humberto, Sérgio, Paulinho)! Os meus sobrinhos (Felipe, André, Rodrigo, Gabriel, Pedro, Bruno, Victor) então, sem palavras, todos naturalmente belos e simpáticos. A velha guarda estava elegantíssima. A eterna mulher de fibra e matriarca, Magda Christo, parecia uma rainha de tão bela. O Bruno Christo, além de lindo, merece o meu agradecimento em especial, pela atenção comigo e com todos. Ah!! Descobri um exímio dançarino, o Rodrigo Santiago

Os Noivos me fizeram chorar de emoção e amor que tenho por eles. Mesmo em 2013, quando se espera uma cultura contemporânea de vanguarda, ainda vemos um moderno adestrado a produzir os repetidos vícios culturais de pensar, vestir-se, comportar-se como a "maioria". Mas eu tinha certeza que minha querida Sofia iria transgredir o ciclo normativo, criar, construir uma nova realidade ao invés de viver a realidade do outro. E ela conseguiu fazer uma revolução pacífica e recheada de amor com todo seu talento, sua inteligência única (herdada pelos pais e avós), sua audácia e fibra (estas herdadas pela vovó Magda), sua rebeldia e ousadia (herdadas pelo tio que tem problemas de cachola e que vos escreve). Enfim, ela realmente fez um mundo novo, agora.

Aquela festa só poderia ter sido planejada pela Sofia e pelo Felipe, era a cara deles, algo que transbordava emoção e amor. Fui contagiado pela emoção que pairava no ar, o que me fez chorar de felicidade e distribuir beijos (símbolo máximo do amor para quem lida com artes cênicas) entre todos os presentes, nunca exercitei o amor em tão grande escala na minha vida.

Obrigado aos meus filhos Sofia (a noiva mais linda de todos os tempos) e Felipe.

ETERNAS FELICIDADES!

por ROBERTO CHRISTO

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Homenagem ao Padrinho, Autran Dourado.

Tio Autran, Eu (nos seus braços) e Tia Maria Lúcia
O Brasil perde essa semana o romancista mineiro Autran Dourado, que morreu aos 86 anos, no dia 30 de Setembro, em sua casa, em Botafogo, zona sul do Rio. Tio Autran, como eu o chamava, era meu padrinho de batismo, casado com minha Tia Maria Lúcia Christo e foi um dos grandes nomes da literatura brasileira. Waldomiro Autran Dourado nasceu em Patos (MG), em 1926, e tem um rica obra literária que inclui títulos como: "Ópera dos Mortos" (1967), "A Barca dos Homens" (1961), "O Risco do Bordado" (1970) e "Uma Vida em Segredo" que foi adaptado para o cinema em 2001, com direção de Suzana Amaral. Em "Gaiola Aberta" (2000), o autor publicou memórias dos tempos de JK quando ele atuava como jornalista e se mudou para o Rio, no ano de 1954, para lá trabalhar como secretário de imprensa de Juscelino Kubitschek. Autran Dourado venceu, em 2000, o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. Em 2008, recebeu da ABL (Academia Brasileira de Letras) o Machado de Assis, prêmio máximo concedido pela entidade pelo conjunto de sua obra. Assim como meus pais, amantes da arte e cultura, Tio Autran foi uma referência para eu me dedicar à criação artística.

por ROBERTO CHRISTO

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