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** By ROBERTO CHRISTO **

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Eterna Busca do Falo Dourado


Por causa da produção do longa metragem, JESUS DO BRASIL, estou fazendo uma pesquisa do comportamento do espectador em função dos temas, formas e linguagens exibidas nos meios de comunicação. Nada melhor que utilizar o reality show, BBB, como ferramenta de trabalho, além das questões polêmicas que fervilham nos noticiários.

Por causa disso tenho acompanhado todos os fóruns, debates, postagens, enfim tudo que mostra a manifestação do público direto na internet. A minha primeira conclusão é que vivemos em uma sociedade cuja visão se limita à um espaço de valores éticos herdados de uma educação conservadora e fundamentada em preceitos religiosos. A maioria das pessoas não tem o interesse em diversificar as fontes de informação para criar um ponto de vista próprio, há simplesmente uma apropriação dos dogmas sustentada pela ignorância.

Vamos começar pelo fato do programa, BBB10, ter confinado em um mesmo espaço, homossexuais e homofóbicos ou adeptos do “orgulho hétero”. A primeira e mais visível reação da sociedade foi massacrar o programa, o público temia que as transformações da Drag Queen, Dimmy Kieer fossem um ultraje à formação do jovem brasileiro. Todos se sentiam ameaçados por uma possível cena homoafetiva, ou um beijo gay, que adentrassem seus lares. Eu vi coisas escritas na internet como: “morte aos veados”... “meus filhos estão proibidos de assistir à estas aberrações”...

Ora, a sociedade tem medo que um gesto de amor ou tesão homossexual sirva de mau exemplo para jovens brasileiros e ataca o reality show que mostra apenas um “selinho”! Em contrapartida a mesma sociedade apóia e acha normal as atitudes de um participante do programa, um ignorante com cara de delinqüente que comete erros grotescos de português (“seje” homem ou “pra mim acreditar”), uma pessoa que chama o companheiro de programa de “veado”, um cidadão que expressa seu desejo de agredir fisicamente uma mulher ou tatuar a suástica, um limitado que ao discutir com os companheiros apela para expressões como “tomar no cu” e “puta que te pariu” ... E o pior: alguém que afirma categoricamente que o HIV não é transmitido em relações heterossexuais!

Será que estas famílias querem educar seus filhos nestes moldes? Criar agentes geradores de violência? A Resposta é NÃO! Na verdade, esta grande parcela da sociedade está demonstrando a dificuldade de tolerar a auto repressão sexual, o pseudo correto, algo bem típico do machismo das mulheres e homens latinos. Há pouco tempo eu li sobre uma pesquisa feita no Reino Unido, as mulheres inglesas sentem maior atração sexual pelos italianos do que pelos próprios ingleses, e sabem por quê? Pelo simples fato do homem inglês ser mais recatado, mais politicamente correto ao abordar uma mulher (há muitos casos de homens na Inglaterra que são processados por assédio sexual por causa de uma cantada ou algo do gênero e foi isto que fez mudar o comportamento do homem em relação à mulher, neste país). Já os italianos continuam se achando no direito de cortejarem as mulheres da maneira que mandam seus hormônios.

Enfim, a sociedade não sabe dar nome aos sentimentos, às atitudes, não sabe por que luta. O tesão recolhido induz à busca do cultuado falo, o símbolo da virilidade, do prazer, do poder tanto para os homens quanto para as mulheres. Os espectadores do BBB, na verdade, desejam um falo de ouro, o falo do Dourado que fala mais alto.

Enquanto negarmos a existência do desejo sexual, do desejo homossexual, da diversidade de gêneros ou formas de expressão, latente dentro de todos, vamos continuar nesta dialética de criação de normas que desejamos burlar.

POR: ROBERTO CHRISTO

sábado, 20 de março de 2010

Vejam que legal o que o Zé Geraldo Couto postou no blog

19/03/2010

Como destruir um filme

Se eu aprendi alguma coisa nesses anos todos de crítica de cinema, foi que, para quem escreve, é muito mais fácil destruir um filme do que tentar desvendá-lo aos olhos do leitor/espectador ou, como queria André Bazin, "prolongar o máximo possível, na inteligência e na sensibilidade dos que o lêem, o impacto da obra de arte".

Ah, demolir é tão mais tentador. É ali que o soi disant crítico pode não apenas destilar o seu fel como exibir o seu talento para o sarcasmo e a tirada espirituosa. Geralmente em frases curtas, sentenciosas, definitivas. Em alguns casos, sou obrigado a admitir, o resultado é irresistível.

Como no exemplo máximo de concisão e crueldade atingido por Pierre Ajame, no L'Observateur: "Esperávamos o pior, e é pior". Ou na crítica imaginada por Jorge Luis Borges na Arte de injuriar: "Um encanto o último filme do engenhoso diretor René Clair. Quando nos despertaram..."

Nem sempre as críticas demolidoras têm essa finesse. No mais das vezes limitam-se a elencar adjetivos brutais e piadas um tanto óbvias. Outra coisa que aprendi: quanto menos argumentos se tem, mais virulenta é a linguagem.

Atribuir intenções

Uma das estratégias mais usadas para destruir um filme é atribuir a seu diretor intenções que ele teria deixado de realizar. Exemplo recente: pouco importa que Michael Hanecke tenha dito mil vezes que não pretendeu descrever a gênese do nazismo em A Fita Branca. Vira e mexe, um crítico o condena por ter explicado de maneira pouco consistente ou convincente... a gênese do nazismo.

Outro recurso infalível é a comparação desvantajosa com outro filme que trate de tema correlato ou que lance mão de algum procedimento estético parecido. Como se toda narrativa descontínua, por exemplo, quisesse emular o Cidadão Kane ou todo drama num espaço fechado tivesse que se igualar a um Bergman.

Disposição prévia

Há sempre como iluminar os aspectos da obra que, isolados do conjunto, corroboram a visão negativa.

Para ilustrar melhor o que quero dizer, não resisto à tentação de transcrever um trecho de um artigo que publiquei na Folha há 16 anos, no curso de uma polêmica um tanto acalorada com Marcelo Coelho, de quem sou admirador, a propósito de Manoel de Barros. Lá vai:

Vista ao microscópio e sem um mínimo de generosidade, toda grande literatura, toda grande obra, tem em seu interior passagens "amadorísticas", "filosofias triviais", "banalidades". Por que escapa de ser considerada uma platitude uma frase como "Viver é muito perigoso", reiterada inúmeras vezes ao longo de "Grande Sertão: Veredas"? Porque, dirá um estudioso, é como um mero tijolo numa catedral, um motivo recorrente numa sinfonia etc.

Mas o fato é que um crítico azedo, quando o livro foi lançado, poderia ter-se prendido a frases como essa para dizer que Rosa não passava de um tapeador –como, aliás, muita gente achava e alguns continuam achando. O mesmo vale para os famosos primeiros versos de "Os Lusíadas", de Camões, com a repetição insistente da rima "pobre" de verbos no particípio: "assinalados/ navegados/ esforçados" etc.


O que quero dizer é que a avaliação de uma obra depende muito da disposição prévia do crítico. Se ele quiser destruí-la, nada o impedirá de fazê-lo –nem mesmo a qualidade da obra em questão. Tomemos o "Hamlet" (de Shakespeare, não o do Zé Celso). O crítico poderia escrever:


"Um texto confuso, em que não se sabe se o protagonista é louco de verdade ou se finge sê-lo, e cujos buracos na trama são preenchidos por longos e tediosos monólogos em que despontam frases idiotas como 'Ser ou não ser, eis a questão' ou 'Há mais coisas entre o céu e a Terra do que sonha sua filosofia'. Em certos momentos, para fazer avançar a ação, o autor chega a apelar ao artifício fácil de fazer aparecer um fantasma. Aparentemente sem saber que desfecho dar a seu estapafúrdio enredo, o autor coroa tudo com um dos finais mais ridículos da história do teatro, em que morre literalmente todo mundo, uns envenenados, outros feridos à espada. Em suma, o tipo do espetáculo que deve agradar uma classe média ociosa que nunca ouviu falar em Corneille e Racine."

Fim da autocitação. Desculpem se me estendi, mas acho que o assunto merece.

FONTE: http://blogdozegeraldocouto.folha.blog.uol.com.br

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Andy Warhol, Mr. America" (São Paulo)


Após passagem pelo Malba (Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires), chega à capital paulista mostra com cerca de 170 obras do norte-americano Andy Warhol, um dos mais importantes e influentes nomes da arte pop. Com curadoria de Philip Larratt-Smith, a exposição apresenta trabalhos que exploram temas relativos à política e à cultura popular dos Estados Unidos, além de filmes produzidos pelo artista em seu próprio estúdio, "The Factory". A abertura acontece no sábado (20), a partir das 12h, e o evento segue em cartaz até o dia 23 de maio de 2010. Onde: Estação Pinacoteca (lgo. General Osório, 66, Centro, São Paulo-SP; de terça a domingo, das 10h às 18h). Quanto: R$ 3 a R$ 6 (sábado, grátis). Inf.: 0/xx/11/3335-4990.

Imperdível!! Este Comercial

Courtesy TerritorioScuola

Fotos de Helmut Newton


Helmut Newton, o Grande Fotógrafo

FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Helmut Newton (Berlim, 31 de outubro de 1920 — Los Angeles, 23 de janeiro de 2004), nascido Helmut Neustädter, foi um fotógrafo de moda alemão, naturalizado australiano, famoso por seus estudos de nus femininos.
Filho de um fabricante de botões judeu-alemão e de uma americana, desde muito jovem interessou-se por fotografia, tendo trabalhado para a fotógrafa alemã Yva (Else Neulander Simon).
Fugiu da Alemanha em 1938 para escapar à perseguição nazista aos judeus; trabalhou por algum tempo em Cingapura, como fotógrafo da Straits Times, antes de se estabelecer em Melbourne, Austrália.
Ao chegar à Austrália, ficou internado em um campo de concentração, assim como muitos outros "estrangeiros inimigos". Posteriormente serviu ao exército australiano como motorista de caminhão, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1946 instalou um estúdio fotográfico no qual trabalhou principalmente com moda, nos afluentes anos pós-guerra. Pouco tempo depois tornou-se cidadão australiano.
Nos anos seguintes viveu em Londres e Paris, e trabalhou para a Vogue francesa.
Criou um estilo muito particular de fotografia, marcado pelo erotismo, freqüentemente com alusões sado-masoquistas e fetichistas. Sua notoriedade aumentou nos anos 1980 com a série "Big Nudes".
Passou os últimos anos de sua vida em Monte Carlo e Los Angeles. Morreu em um acidente de automóvel na Califórnia. Suas cinzas foram enterradas em Berlim, Alemanha.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Uma "Democracia" Parcial Não É Real

Eu apoio o Senador Suplicy


Fonte Blog do Josias de Souza - http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br

Suplicy repudia posicionamento de Lula sobre Cuba

Em discurso feito na tribuna do Senado, Eduardo Suplicy (PT-SP) cobrou de Lula posições mais firmes e coerentes sobre a falta de demcocracia em Cuba.

Para Suplicy, o “respeito” que Lula devota aos irmãos Raúl e Fidel Castro não deveria impedi-lo de lembrar aos amigos cubanos alguns valores básicos.

Por exemplo: a necessidade de observar os direitos humanos e a conveniência de valorizar as liberdades democráticas, sobretudo a liberdade de expressão.

O senador petista lembrou que, em 1998, numa visita que fez a Cuba, o então papa João Paulo Segundo não se furtara a mencionar o essencial.

Segundo Suplicy, o papa defendera o fim do embargo dos EUA à ilha. Mas também mencionara que Cuba deveria render-se à liberdade e ao pluralismo político.

Em entrevista concedida à Associated Press, Lula comparou os presos políticos de Cuba aos criminosos comuns de São Paulo. E condenou a greve de fome.

Em seu discurso, Suplicy cuidou de recordar ao presidente que há enorme diferença entre os presos de consciência de Cuba e os bandidos paulistas. Acrescentou:

“Gostaria que Lula se recordasse de algumas das pessoas da história que fizeram greve de fome para alcançar um objetivo importante na história dos povos”.

Suplicy mencionou o líder indiano Mahatma Gandhi. Citou também o ícone sul-africano Nelson Mandela.

Também nesta quarta (10), o deputado Raul Jungmann protocolou no Planalto a carta que Lula negara ter recebido na visita que fizera a Cuba, em 23 de fevereiro.

No texto, os opositores do regime de Havana pedem a Lula que interceda junto aos irmãos castro em favor da liberação dos presos políticos de Cuba.

Lula queixara-se de que os autores da carta deram-na por entregue sem ao menos tê-la protocolado. Agora, já não pode alegar a ausência de protocolo.

A exemplo de Suplicy, Jungmann também refutou os últimos comentários do presidente: "Lula e a ministra Dilma [Rousseff] foram presos políticos...”

“...Por isso mesmo o presidente não poderia nivelar prisioneiros de consciência com sequestradores, assassinos e estupradores, que são pessoas que cometeram crimes...”

“...Isso não tem o menor cabimento. Os prisioneiros de Cuba estão na cadeia porque lutam pela democracia e pela liberdade".

Mais cedo, Jungmann tentará aprovar na comissão de Relações Exteriores da Câmara uma moção lamentando a morte de Orlando Zapata Tamayo.

Preso em Cuba, Tamayo fenecera horas antes da chegada de Lula a Cuba, depois de 85 dias de uma infrutífera greve de fome.

Representantes do consórcio governistas manobraram para impedir que a moção fosse aprovada.

"É lamentável que a base do governo se recuse a enxergar o flagrante desrespeito aos direitos humanos em Cuba”, disse Jungmann.

De resto, as derradeiras declarações de Lula ecoaram também em Cuba. Mereceram comentários do jornalista e sociólogo Guillermo Fariñas, em greve de fome há 15 dias.

Fariñas (na foto lá do alto) disse que Lula é "cúmplice da tirania dos Castro". Mais: afirmou que Lula esqueceu o próprio passado.

Escrito por Josias de Souza às 21h38.

terça-feira, 9 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Stand Up Comedy para Quem está no RIO.

O humorista, André Teixeira, estréia em 25 de Março o espetáculo Decolando. Acontece todas as quintas, às 20:00hrs, na Chopperia Downtwon: AV. DAS AMÉRICAS 500 Bl.6 Lj.120 BARRA DA TIJUCA/RJ.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Preciosa, Filme favorito ao Oscar 2010, Aborda Questão da Homossexualidade

Fonte: Revista Lado A - www.revistaladoa.com.br

Negra, obesa, analfabeta e vítima de violência doméstica, Clareece "Precious" Jones (Gabourey Sidibe) é mais uma menina do Harlem, Nova Iorque, que luta para sobreviver em um ambiente hostil. Um filme dramático que conta como Precious foi violentada duas vezes pelo pai e sua convivência cruel com sua mãe. A esperança vem quando ela começa a estudar e uma professora lésbica (Ms Rain) a faz aprender a escrever e se relacionar com um mundo novo, onde o amor (não sexual) é uma grande descoberta.Se não bastasse o engajamento contra o sistema americano que falha e exclui negros e latinos, o filme ainda fala sobre a questão homossexual quando a protagonista combate o preconceito contra gays. "Porque pessoas que mal conheço podem ser legais... sem conhecerem a mim, minha mãe e meu pai? ... Minha mãe diz que homossexuais são pessoas ruins. Mas mãe, não são eles que me estupram, então o que isso faz de você? Não são os homossexuais que me deixam na escola por 16 anos sem aprender nada. Não são homossexuais que vendem crack na nossa vizinhança. Foi a Ms Rain que colocou o giz na minha mão e me fez rainha do alfabeto."Concorrendo ao Oscar de Melhor Filme, além de mais cinco outras categorias, o filme está recebendo forte apoio da comunidade negra norte americana, incluido o apoio aberto da apresentadora Oprah. No longa, há ainda a participação da cantora Mariah Carey como uma de uma assistente social; Paula Patton como a professora de Precious, Mrs. Rain; E Lenny Kravitz como enfermeiro John.

Fonte: Revista Lado A

terça-feira, 2 de março de 2010

O Canal Futura Abre Inscrições Para Co-produções

FONTE: JORNAL O LIBERAL

O canal Futura abriu inscrições para co-produções, o chamado pitching, alternativas criativas em fontes externas com o interesse de estabelecer parcerias e co-produções.

O Canal Futura realiza esse processo há cinco anos. Neste ano, há uma inovação no processo e agora se chama 'pitching social'. O objetivo é dar mais um passo no estreitamento dos laços entre produtores e exibidores. Se relações do tipo são mantidas com produtoras independentes desde 2005, a nova edição é voltada para ONGs e TVs universitárias.

Os projetos, que podem ser enviados até 9 de abril, devem ser programas televisivos de 20 minutos, com temática livre e, de preferência, qualidade artística, conceitual e técnica. Dentre eles, dois serão premiados: um produzido por ONG, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) ou Instituto e Associação; e outro por uma TV universitária. O valor recebido para a execução do projeto é de R$ 30 mil.

O regulamento e a ficha de inscrição estão no site do Canal Futura (http://www.futura.org.br/). A divulgação do resultado acontece no dia 30 de abril.
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