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** By ROBERTO CHRISTO **

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Qual a Importância?

Eu, enquanto escrevo um roteiro ou produzo algo meu, sou chamado de radical, cabeça dura, irredutível. Tudo isto por que acho importante sustentar o meu ponto de vista, a minha linha de raciocínio, a minha vontade de expor assuntos que talvez possam parecer clichês ou justamente o contrário, situações totalmente imprevisíveis. O maior obstáculo é que nenhum projeto segue adiante se não houver um trabalho em equipe, um autor não consegue deixar sua obra intocada diante de várias outras opiniões, desejos e vaidades pessoais. Será então que preciso aprimorar minha relação com equipes? Talvez sim! Eu, uma pessoa que luta contra o radicalismo e as ditaduras, preciso praticar, preciso me envolver na maravilhosa e tão por mim citada: liberdade de expressão. Mesmo assim, posso me permitir a não ligar para estética, ou me preocupar em fazer algo comercial, ao mesmo tempo posso permitir que meus colegas dêem opiniões, sugestões e digam verdades sobre meu trabalho.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Direção de Arte: Olha Que Artigo (por Inez Oliveira) Super Interessante!!!

No mercado de produção cinematográfica, agência de publicidade, TV e editorial de revista e livros, existe a função de diretor de arte. Apesar do título ser o mesmo, essas funções tem algumas diferenças. Todas coexistem com a missão de criar mensagens visuais, uma conexão com o público que vê. As construções visuais estáticas ou em movimento criam um canal de comunicação e quem vê, lê, sente, se emociona, se reconhece, associa fatos da memória, imagina, sonha e crê.

Os elementos são criados e compostos para transcender a razão, ela entra no inconsciente de cada indivíduo e encontra um repertório único com repostas únicas. Os arquétipos agem diferentemente na memória privada, numa hierarquia de valores em vários níveis de associações subjetivas e cognitivas. Criar imagens que despertem esses sentimentos e significados é a função do diretor de arte. Uma composição visual projetual que será transformada em linguagem metafórica e arquetípica, criando uma relação de substituição dos significados reais. A meu ver todas as linhas profissionais acima citadas podem ser exercidas por um designer mas, irei me aprofundar na direção de arte na comunicação visual em movimento, o cinema e suas variáveis.
No Brasil a direção de arte começou a ser exercida “comme il faut“ a partir dos anos 80. Até então as cenas de um filme eram concebidas quase totalmente pelo diretor. Era nele que convergiam os olhares dos profissionais das várias funções, ele era o grande maestro. O fotógrafo, ainda em alguns casos, fazia parte da direção e era o profissional mais próximo na concepção das cenas.
O cenógrafo fazia o cenário, o figurinista o figurino, o maquiador, o decorador de set, o continuista, faziam cada um a sua parte independentemente. A figura do diretor de arte não existia como ela é hoje. O cinema no Brasil tinha uma estética bem cuidada e os documentos da história do cinema confirmam esse fato em imagens belíssimas.
Mas ainda era uma forma de trabalho intuitiva, na tentativa de representação teatral do real. Boas concepções de roteiro em tentativas e erros, muita paixão, experimentação e pouquíssimos recursos numa atividade chegada em atraso em relação ao resto do mundo. Uma trajetória sofrida dos persistentes realizadores e que tinham o público fiel nas cidades longe dos centros urbanos. Nas grandes capitais a indústria internacional já chegara e a comparação era inevitável e cruel. No Brasil o cinema era apenas um comércio.
Muitos anos se passaram na tentativa de tornar o cinema brasileiro uma indústria e hoje nossa produção vem rompendo as barreiras das fronteiras internacionais. Hoje se aprende a fazer cinema. Temos quase todas as possiblidades técnicas disponíveis, e realizadores talentosos que mostram seu aprendizado. A direção de arte naturalmente se desenvolveu neste contexto e o papel exercido por ele, em nível de importância numa equipe, é fundamental para a direção do filme. Ele é o olhar central do diretor, ele concebe o espaço cênico, comandando uma equipe enorme de profissionais ligados à comunicação visual. Esse profissional é o braço direito do diretor na construção imagética e conceitual do filme como um todo. Em alguns casos com maior importância até que o diretor de cena. Ele concebe o espaço, o tempo, a história, a linguagem estética e a composição dos elementos visuais e metafóricos. Ele cria e concebe um estilo harmônico, crível, emocional.
Embala as personagens em suas personalidades e particularidades humanas. Ele exerce o papel de reconstrutor de uma antropologia comportamental que dá suporte aos atores na construção das personagens. Um filme com uma direção de arte primorosa, envolve quem vê numa atmosfera de confiabilidade, numa realidade vivida no tempo de duração do filme. Tudo deve estar em harmonia, a história, o roteiro, a direção, as personagens, a direção de arte, a luz, a fotografia, os atores, a montagem e o som. Quando essa harmonia é quebrada gera o desconforto. Comumente ouvimos os críticos dizerem : A história é ótima mas o ator na personagem X não estava convincente, ou mesmo, a fotografia é lindíssima mas, a direção é isso ou aquilo. Isso acontece exatamente pelo desequilíbrio harmônico. Muitas vezes acerta-se e outra pode-se errar. Mas a arte em qualquer manifestação passa a existir quando é vista, contemplada, lida, ouvida, sentida. A arte precisa dos olhares. Muitas cabeças, muitas histórias, lembranças. Conexões e curto circuitos da energia de emoções interiores de cada ser humano.O cinema é hoje o segundo maior divertimento ( a primeira ainda é a TV) e a segunda mais barata.No cinema a sensação de estar vivendo e fazendo parte da vida daquela história contada, é real. É sentida assim. É concebida para ser desta forma.
A arte é uma manifestação mental, uma reinterpretação das coisas sob o ponto de vista do artista e como ele se manifestou naquele segundo da criação. Dados os estímulos visuais externos, a mente e todas as combinações internas processadas resultarão em formas próprias de composição desses estímulos. O artista ao devolver sua concepção numa criação, apropria-se de técnicas e recria formas para transformá-las em linguagens novas. É um avançar contínuo, algo em movimento.
O diretor de arte antes de tudo deve ser um grande investigador do mundo, das culturas, das histórias, da tecnologia e mesmo do imaginário humano.Ele terá a missão de compor nas entrelinhas uma comunicação visual imprescindível na composição de significados, atingindo com exatidão a informação desejada pela história que está sendo contada.Todo esse conhecimento será importantíssimo para se transmitir e atingir o receptor . O conhecimento da antropologia, sociologia, comportamento de um grupo social atual ou histórico devem concluir, tornar-se real. É claro que o público entenderá a mensagem conforme sua cultura mas, ela pode estar sendo direcionada á ser apreendida.
O cinema é um meio de comunicação que leva ao espectador universos diversos de culturas, é a grande fascinação dessa arte. Uma linguagem de imagens universais que mesmo sendo um pouco mais limitada que a linguagem falada, consegue contar histórias numa língua universal, a visual. Não são só as imagens que fazem a comunicação, o comportamento das personagens , a forma de se vestir, a ordem ou a desordem do ambiente, a maneira como uma personagem se utiliza e atua com os objetos num conjunto de vários elementos materiais, suas cores , suportes, luz e ambientações que conduzirão aos significados à compreensão desejada. Esses signos existem já estabelecidos no contexto de significações mas, precisam ser bem considerados e bem adequados para que sejam captados e compreendidos. As formas de percepção visual vem sendo estudada em psicologia, em filosofia, antropologia, sociologia e essa percepção é flexível diante da evolução dos meios de comunicação e a ampliação dos signos e seu valor intrínseco. O receptor da mensagem exercita constantemente a descoberta, o que está embutido na estrutura da composição visual. O construtor desse conjunto visual é o diretor de arte, um manipulador das interpretações ambíguas e um provocador de um despertar da mente à leituras próprias de quem vê.O diretor de arte de um filme portanto é um articulador de componentes visuais coerentes à história, criando o surpreendente, além do esperado. Encantar , envolver , deixar o espectador livre para participar daquele momento de realidade que de tão crível entra na mente como memória apropriada.
Por isso a profissão de diretor de arte de cinema pode ser exercida por um designer. A meu ver, há um limite tênue entre construção do real imaginário e a construção de imagens ou formas a serem desejadas. Esse recriar realidades ou mesmo criar as ficções do futuro, passam pela construção de mitos, necessários para o equilíbrio das idéias. Tecnicamente o profissional em questão (diretor de arte de cinema), deve ser alguém sensível, culto, um estudioso constante de todos os aspectos visuais, históricos, político-sociais, econômicos-sociais e seus valores particulares na composição de um conceito pretendido pela obra. Um artista que cria, compõe, rege, sente, intui e transforma. Comanda junto ao diretor, fotógrafo, roteirista o real construído que inicia pela a escolha do casting, e vai tecendo um fio condutor através dos operários visuais: desenhista de story board, maquiador, cabeleireiro, figurinista, costureiro, alfaiate, artesão, joalheiro, cenógrafo, paisagista, cenotécnico, aderecista, location man, técnico em efeitos especiais físicos, técnico em efeitos especiais em computação gráfica, caracterizadores, continuistas, decoradores de set, produtores de objetos, pesquisador de época, pintor de arte, escultore, designer gráfico.
Copyright (C) 2004,2005 Inez Oliveira
A cópia fiel e distribuição deste artigo em sua totalidade é permitida em todo o mundo, sem royalties, em qualquer meio, desde que esta nota seja preservada.

domingo, 27 de setembro de 2009

Meu Conselho de Cidadão: Vamos Manter Um Estado Laico

Tudo que incita violencia, desentendimento e guerra é contra os direitos humanos. Religião não pode fazer parte de política. Aqueles que não respeitam esta regra devem aprender a guardar os seus credos para si próprios, não usarem a política para manipular interesses pessoais. Aprendam a respeitar o próximo e párem de enganar as pessoas.

Farrah's Story - Um Belo Documentário

Quem ainda não assistiu deve assistir ao documentário da falecida Farrah Fawcett, atriz que ficou famosa por participar do seriado de TV "As Panteras". O filme mostra a luta da atriz contra o câncer que a matou. É tocante e serve como lição de vida.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Karim Aïnouz no Festival de Veneza

O longa inédito, "Viajo Por Que Preciso, Volto Porque te Amo", do premiado diretor Karim Aïnouz e também de Marcelo Gomes, foi selecionado para a mostra paralela, Horizontes, do Festival de Veneza. Parabéns aos diretores e esperamos, ansiosos, o lançamento do filme por aqui.

A Peça “O Encontro das Águas” Reestreia em 1º de Agosto


“O Encontro das Águas”, de Sérgio Roveri, é uma peça sobre o acaso e seu inegável poder de provocar mudanças na vida das pessoas, sejam elas efêmeras ou aparentemente mais duradouras. O acaso, um esbarrão, uma fração de tempo que, embora possa ser medida em minutos, é suficientemente marcante para alterar a rota das pessoas.

No espetáculo, dois jovens se cruzam sobre uma grande ponte. Marcelo, sensibilizado com uma tragédia pela qual se julga culpado, pensa em dar cabo da própria vida. Apolônio, um artesão misterioso, dá início a um perigoso jogo fazendo uso do sarcasmo e da poesia.

Enquanto observam as águas do rio subirem, vão aos poucos invadindo um o mundo do outro, até que não se saiba mais com necessária precisão em qual mundo eles realmente estão habitando.

O diálogo conduzido entre a rispidez e o lirismo vai definir a trajetória de cada personagem, mas somente quando a maré estiver suficientemente alta.

Serviço: “O Encontro das Águas”
Gênero – Drama
Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt 158
Fone (11) 3258–4449
www.espacoparlapatoes.com.br
Sábados às 23h59
Reestreia dia 01 de agosto
Temporada até 26 de setembro de 2009
Duração - 55 minutos / Lotação - 100 lugares
Faixa etária – a partir de 16 anos
Ingressos: R$ 20,00 / R$ 10,00 meia-entrada
Não aceita cheque / aceita cartões Mastercard, Visa, Amex e RedeShop
Acesso para portadores de necessidades especiais.
Bilheteria – terça a domingo a partir das 16hs
Estacionamento conveniado: Rua Nestor Pestana, 94

sábado, 25 de julho de 2009

O Rio Será Cenário de Filme do Woody Allen

Assim como fez em Barcelona, o grande diretor americano, Woody Allen, deve filmar no Rio de Janeiro mais uma de suas produções. Com certeza, a produção do filme vai demandar mão de obra nacional, o que será uma ótima oportunidade para as produtoras nacionais. Vou atrás de mais informações a respeito.
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