"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para se fazer e se viver." by Dalai Lama
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011
O Supermercado Dia é Excludente e Age Contra a Sustentabilidade.
O Supermercado Dia é Excludente e Age Contra a Sustentabilidade.
Hoje fui fazer compras no Supermercado Dia da Rua da Consolação, 3106 e fui barrado na porta, o segurança disse que eu não poderia entrar pois carregava uma bolsa tiracolo de 35 x 35 cm. Questionei com o segurança que havia dentro do supermercado, visivelmente, cinco clientes carregando bolsas iguais e maiores que a minha. O segurança disse que tratavam-se de mulheres, e elas poderiam adentrar o supermercado carregando-as, porém homens não! Pedi para chamar o gerente, que de maneira grosseira me respondeu que eram ordens. Então perguntei onde carregaria minha carteira de dinheiro, minhas sacolas "ecológicas", que sempre levo ao supermercado a fim de evitar o uso de sacolas plásticas, e o meu guarda-chuva, uma vez que utilizo o transporte público (com a intenção de desafogar o número de carros nas ruas de São Paulo, diminuir a emissão de gases tóxicos e poluentes na atmosfera), preciso sempre levar tal acessório para me resguardar de possíveis alterações metereológicas que acometem a cidade, inesperadamente. Sem argumentos de resposta, o gerente me respondeu que as mulheres poderiam entrar com bolsas porém os homens não! Ora, uma regra dessas tem que tratar o cidadão de maneira igual! Ou todos estão proibidos de ir e vir, independente do gênero, ou ninguém terá tal proibição. E seu eu fosse um transexual? Só depois desse argumento o gerente fez vista grossa e disse que eu fizesse o que achasse melhor. Daí entrei me sentindo mal-vindo, não abri a minha bolsa para tirar minhas sacolas a fim de evitar qualquer motivo de represália (somente o fecho do compartimento externo para tirar a minha carteira) e esperei uma reação da atendente do caixa quanto a encontrar uma maneira de levar minhas mercadorias, que muito mal-humorada colocou minhas compras em divresas sacolas plásticas que deveriam ser banidas do planeta.
Vale ressalatar que o supermercado Dia é imundo, tem os funcionários com humor condizente a quem é explorado economicamente, tem uma frequente política de tratar mal todos os clientes, não ajudam os clientes a botarem as mercadorias nas sacolas. Só é uma opção de compra devido à proximidade de onde moro.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
O envolvimento do Partido Social Cristão com atitudes ilícitas
Tal evento comprova muito bem a minha tese de que as instituições religiosas e seus braços na política estão mesmo interessados no dinheiro fácil de contribuintes voluntários e também os não voluntários que são pressionados a contribuir para não sofrerem retaliações, como o caso deste jornalista. Note que o mesmo, em 24 de março, era um dos funcionários que ainda não tinha pago sua parte na caixinha mandatória. Em vista ao acontecimento, o vice-líder do PSC, Zequinha Marinho, se irritou e, com letras em caixa alta, mandou um recado para a secretária com os seguintes dizeres: “PEÇA AO HUMBERTO PARA PROVIDENCIAR COM A MAIOR BREVIDADE POSSIVEL, O DEPOSITO CORRESPONDENTE A 5% DO BRUTO QUE ELE RECEBE. OK?” Marinho foi enfático: “NAO POSSO PAGAR POR ELE, POIS JA PAGO SOBRE O MEU SALARIO”.
Em 30 de março, Marinho envia a resolução: “Diante da impossibilidade de Vossa Senhoria autorizar o débito de 5% (…) do Partido Social Cristão, ficou determinada sua exoneração”.
Concorrer com um bloco cujo poder econômico é forte, sendo que as vezes a razão deste fortalecimento provém de fontes ilegais, é desleal. Eu repudio a manipulação social das instituições religiosas para benefício próprio.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
A religião continua ser uma indústria em ascensão.
domingo, 6 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Homophobic attacks taking place in Sao Paulo, Brazil
This shows that Brazilian society is extremely sucks! Usually, the Brazilian man dresses in a conservative way and any difference in the look makes crowds do their homophobic assumptions and act violently attacks against any citizen who walks the streets. Besides that, conservative Christian turns a blind eye to these behaviors and fears any law for the protection of LGBT people. How can a country like this host events like World Cup and Olympic Games? What security will the foreigners have when coming to Brazil to attend these events? I do not recommend any tourist visiting Brazil until there is specific punishment for homophobia crimes.
See video in Portuguese with several homophobic attacks in São Paulo, by clicking in the link:
http://terratv.terra.com.br/Noticias/Brasil/4194-388589/Turista-frances-e-agredido-perto-da-Avenida-Paulista.htm
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Silas Malafaia tem medo de perder a "Boquinha"!!!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Piada, Tragédia, Piada
sábado, 15 de outubro de 2011
Say "No" to Violence!
Ranking
1º - Ciudad Juárez (México)
2º - Caracas (Venezuela)
3º - New Orleans (EUA)
4º - Tijuana (México)
5º - Cidade do Cabo (África do Sul)
6º - Port Moresby (Nova Guiné)
7º - San Salvador (El Salvador)
8º - Medelim (Colômbia)
9º - Baltimore (EUA)
10º - Bagdad (Iraque)
terça-feira, 4 de outubro de 2011
O Ator Magnon Bandarz em Cartaz!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Assine a Petição e Ajude Manter a Lei de Proteção aos Animais (CONTRA O FIM DA LIBERAÇÃO DOS MAUS-TRATOS AOS ANIMAIS NO BRASIL - PL 4548/98)
Precisamos de 100 MIL CONTRA OS MAUS-TRATOS À ANIMAIS, NO BRASIL!
DIVULGUE esta causa entre seus contatos!
Ajude a buscar o apoio de 100 mil internautas CONTRA A LIBERAÇÃO DOS MAUS-TRATOS AOS ANIMAIS NO BRASIL - PL 4548/98!
Pelo arquivamento do projeto de lei federal 4548/98, que pretende retirar a proteção jurídica dos animais domésticos prevista no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais.
Sua participação é fundamental!
Acesse http://bit.ly/jZzVbY
Em seguida clique em JOIN CAUSE.
Os animais agradecem!!
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
A MTV, realmente, sabe fazer humor!
O que a censura de um filme tem em comum com os gays hoje no Brasil?
Nas comunidades gays esse é o assunto dos últimos dias, a aprovação, na Câmara dos Vereadores de São Paulo, do Dia do Orgulho Heterossexual ou Dia do Homofóbico Enrustido – como preferem alguns. O dia foi criado por um vereador do DEM e pretende exaltar os valores da família. Logo se formou uma forte mobilização de gays e também héteros para que o prefeito Gilberto Kasssab vete essa aprovação com petição pública, artigos de inúmeros jornalistas questionando a data e no sábado, 06, organizado pelas redes sociais, tem a Marcha Pela Responsabilidade Política em frente da Prefeitura de São Paulo para questionar a tal lei.
Podemos perceber que as redes sociais têm cumprido um papel importante na efetivação e no aprendizado do que é ser cidadão no Brasil. Podemos perceber também a participação de um partido político, o DEM, no centro desses debates. É interessante notar que não por acaso, na árvore genealógica dos Democratas se encontra a Arena, o partido que reinou durante a ditadura militar, período de grande repressão e censura.
Mas são um pouco óbvias essas semelhanças. O ponto de comunhão entre esses dois assuntos está no que parecem ser suas diferenças. Enquanto um luta contra a censura, o outro deseja o veto.
Sobre o filme, em vídeo durante protesto contra a ação no Cine Odeon, o cineasta Eduardo Valente disse: “não assisti nem assistirei, mas sou a favor que seja exibido”. Um artigo interessante de Luciano Trigo, no portal G1, coloca a seguinte observação: “ se um programa de televisão contém cenas que incentivam o racismo ou a homofobia, ele pode ser retirado do ar. Isso não é censura, é cumprimento da lei, é a garantia democrática de minorias que se sentem atingidas lutarem pela não-circulação desses conteúdos”. Mas diferente da televisão, o cinema assim como outras manifestações artísticas partem de um espectador extremamente ativo, ele deseja assistir aquilo, muito diferente de uma certa passividade que a televisão impõe. Mesmo pensando na questão do controle remoto como um adicional para a atividade do telespectador, o ato de ir ao cinema, de escolha do que quer assistir, a grande maioria das vezes pagando ingresso, torna o espectador de cinema muito mais pleno de individualidade – em um certo sentido – do que o de TV.
Um dos argumentos contra o filme é que ele é a favor da pedofilia ou a enaltece – quem teve a chance de assistir o filme nega essa tese. Mas se a regra é válida, tanto o clássico “Lolita” de Vladimir Nabokov ou sua a versão cinematográfica feita por Stanley Kubrick (1962) como a dirigida por Adrian Lyne (1997) deveriam ser banidos para sempre, e assim também seria o caminho do seriado “Presença de Anita” que a TV Globo exibiu tempos atrás.
Outro argumento consegue ser pior que o moral que é de teor estético. Diz-se que o filme é ruim e por isso deve ser censurado, oras então o que “Assalto ao Banco Central” está fazendo nas telas? Brincadeiras à parte, além de perigoso, esse critério denuncia a ideia de autoritarismo, porque alguém com um gosto superior vai decidir se isso é bom ou ruim para os outros.
Sobre o Dia do Orgulho Heterossexual, já explanei em outro post as razões que servem aqui. Existe ali, um movimento de distorção de quem luta pelos seus direitos ainda não adquiridos na sociedade com o perverso discurso que se eles têm um dia, nós também vamos ter porque eles (os homossexuais) querem ser superior a nós. Mas se dia de hétero é todo dia, porque um dia específico para enaltecer algo que já é garantido. E o pior é a desculpa que serve para valorizar a família. Ora, isso representa que os gays não têm valores familiares e nem merecem, isto é, já na data está implícita a luta contra adoção de crianças por casais gays e mesmo a união homoafetiva. Enfim, é uma dissimulação que abre espaço para o autoritarismo, pois é mais uma data - se aprovada - de exaltação da superioridade do que de luta por direitos.
As conclusões são que tanto o veto como o ato contra a censura são iguais pois demarcam posições contra um certo autoritarismo crescente no país: o autoritário que quer dizer que filme devemos assistir ou que deseja – em desprezo às minorias ainda sem leis e direitos no Brasil – se orgulhar de sua soberania.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Foto Artística Inspirada na Vereador Carlos Apolinário
quinta-feira, 21 de julho de 2011
James Franco filma a biografia de Sal Mineo
Nas décadas de 60 e 70 passou a fazer algumas participações em filmes de TV e a estrelar e dirigir peças. “Fortune and Men’s eyes”, cujo tema homossexual chegou a fazer sucesso em Nova York e Los Angeles foi uma delas. Em 13 de fevereiro de 1976 um vizinho ouviu um grito no meio da noite: “Por favor, me ajudem, estou morrendo!”. Ele desceu as escadas para socorrê-lo mas já era tarde demais. Aos 37 anos o ator revelado em Juventude Transviada, com o personagem Platô, estava morto. Assassinado a facadas por um entregador de pizzas.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Não Percam os Últimos Dias!! "Conteúdo Explícito", no Gorilla Café
Quem é o artista? Coletiva com 4 artistas e 1 coletivo nacional
O que vai ter na exposição? Fotografias e desenhos que abordam a temática do erotismo e das experiencias sexuais
É um bom programa? A intersecção entre Sexo e Arte tem sido muito explorada e geralmente produções nessa área alcançam resultados muito interessantes.
Desde o princípio da civilização ocidental, tudo o que pertence à esfera
da sensualidade, do prazer e dos impulsos, têm por conotação ser antagônico
à razão – algo que tem de ser subjulgado e reprimido. E a linguagem que
define essas emoções, esses sentidos, vem sempre revestida de moral, carregada pela sonoridade do obsceno, da depravação, da pornografia. Ainda hoje vivemos sob essa fachada, obstinada em manter fechadas as portas da mais vertiginosa e saborosa aventura humana: o sexo e a contemplação da nudez.
E, nesse campo, as distinções de gênero são inegáveis e sempre bem-vindas,
tanto na representação, quanto no tratamento que cada um atribui à experiência sexual.
Nesta coletiva, humor, poesia, forma e delírio pictórico antecedem a linguagem pejorativa que, normalmente, define as manisfestações que abarcam o tema.
Distintos pontos de vista sobre nosso instinto primitivo, tesudo e essencial.
Artistas convidados:
3d4 - fotografia
Carolina Krieger – fotografia
Daniel Malva - fotografia
Denis Rodriguez & Leonardo Remor - fotografia
Francisco Hurtz - desenho
3d4 é um coletivo de artistas que exercita seu olhar sobre o corpo, suas
formas, texturas e meios de expressão. Munidos com câmeras digitais,
analógicas, de celular e até webcam, buscam brincar entre uma formalidade
e o empirismo, ora nos meios com que captam a imagem, ora em um certo
rigor físico presente em alguns ensaios.
CAROLINA KRIEGER, Camburiú/SC, 1976. Trabalhou com moda e hoje se dedica
unicamente a fotografia. "Fotografar é a minha tentativa humana de perdurar
a fugacidade e de dar forma ao intangível porque para mim fotografia é luz
carregada de vida."
trabalho para a exposição:
temos nossos corpos esconderijos, corpo toca, canto. temos nosso canto. vejo
o amanhacer em tuas curvas.
DANIEL MALVA, Ribeirão Preto/SP, 1977. Começou a desenhar as treze anos. Desde 2004, pesquisa novas abordagens para o uso das técnicas básicas da fotografia. Em 2006, formou-se bacharel em fotografia com habilitação em arte e cultura no SENAC. Em 2009, na Galeria Mezanino, realizou sua primeira individual, intitulada Museu de História Natural, além de participar de outras mostras coletivas. Em 2011 foi um dos fotógrafos convidados para integrar a coletiva Geração 00, no SESC Belenzinho.
DENIS RODRIGUEZ, São Paulo/SP, 1975. Fotógrafo e jornalista, especializado
em comportamento, moda e arquitetura.
LEONARDO REMOR, Getúlio Vargas/RS, 1987. É cineasta, roteirista e fotógrafo.
Juntos refletem em Conteúdo Explícito sobre:
Poses eróticas e composições da pintura clássica e romântica.
Natureza e nudez escultórica. O corpo como parte integrante da natureza.
Resto de luz, crepúsculo e intimidade. Dois fotógrafos, dois modelos.
FRANCISCO HURTZ, São Paulo/SP, 1985, artista visual. Busca no seu trabalho
abordar temas que incomodem, choquem ou excitem. Quer levar o espectador a
uma reflexão sobre o significado simbólicos das suas obras.
4 obras menores: Série "ANONIMATO" - 2010. Exploração da estética pornô
vintage. Com corpos de homens normais em situação de sexo e propõe uma
identificação com o espectador.
Orgiapop - Retrata a interação dos corpos durante o sexo em suas diferentes
formas e volumes formando um único elemento visual.
1+12 - É a releitura da obra "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci feita pro
Francisco Hurtz.
Curadoria:
Denis Rodriguez
Renato De Cara
Apoio institucional: Galeria Mezanino
Cidade: São Paulo
Endereço: Gorilla Café | Rua Melo Alves, 74 - Jardins
Inicio: 01/06/2011
Fim: 31/07/2011
Preço: Gratuito
E-mail: galeriamezanino@gmail.com
Telefone: (11) 3436-6306
Site: www.galeriamezanino.com
domingo, 10 de julho de 2011
Pavilhão “Os Cinemas do Mundo” no Festival de Cannes.
Situado no centro da Village International, este Pavilhão tem por objetivo reforçar a visibilidade das cinematografias menos divulgadas (África, Caraíbas, Pacífico, Ásia, América Latina, Próximo e Médio Oriente, Europa Central e Oriental) e encorajar a circulação destes filmes no mundo, através da colocação de profissionais em rede.
Na Edição 2011 foram cinco, os filmes presentes em Cannes que se beneficiaram de um auxílio do Fonds Sud: Long Boonmee Raluek Chat do tailandês Apichatpong Weerasethakul (Competição), Nostalgia de la Luz do chileno Patricio Guzman (Selecção Oficial, sessão especial), The Light Thief do quirgiz Aktan Arym Kubat (Quinzena dos Realizadores), La Mirada Invisible do argentino Diego Lerman (Quinzena dos Realizadores) e Bi, Dung So! do vietnamita Phan Dang Di (Semana da Crítica).
O Fonds Sud Cinéma é financiado pelo ministério dos negócios estrangeiros e o ministério da cultura e da comunicação. Desde a sua criação em 1984, apoiou a produção de mais de 500 longas-metragens provenientes de África, América Latina, Ásia, Próximo e Médio Oriente e de alguns paises do oriente desde 1997.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Campanha de Repúdio à Ignorância da Myrian Rios e Outros Parlamentares Brasileiros (Vai Tomar no Cu Myrian Rios)
Todos que tem facebook já podem aderir clicando: http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Ftwibbon.com%2Fcause%2FVai-Tomar-no-Cu-Myriam-Rios%2Ffacebook&h=5d44b
Por isso leiam, postem comentários, divulguem a campanha nas redes sociais.
domingo, 12 de junho de 2011
A atriz Alejandra Sampaio em cartaz com espetáculo de sucesso absoluto. (ANTES DE PARTIR)
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Exposição Mostra Jair Bolsonaro Fazendo Sexo Gay Grupal
Na The Leslie/Lohman Foundation Basement Annex - 127-B Prince Street, Soho, Nova York.
www.fernandocarpaneda.com/home.html.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
"O Íntimo" Fez Parte da Seleção Oficial do Festival de Granada 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Censo de 2011 revela aumento na discriminação das mulheres na Índia
Em Nova Déli (Índia)
Os grupos de mulheres estão documentando este tipo particular de violência contra o gênero há anos. O demógrafo Ashish Bose e o economista Amartya Sen chamaram a atenção para as mulheres desaparecidas da Índia há mais de uma década. O aborto de fetos femininos aumentou à medida que a tecnologia médica tornou mais fácil a detecção do sexo do bebê ainda não nascido. Se for uma menina, as famílias frequentemente pressionam as mulheres grávidas a abortar. Testes que determinam o sexo são ilegais na Índia, mas o ultrassom e os centros para fertilização in vitro frequentemente driblam a lei, e o aborto por médico é facilmente obtido.
Algumas mulheres, como Lakshmi Rani, 30 anos, do distrito de Bhiwani, em Uttar Pradesh, foi pressionada a cometer múltiplos abortos. As três primeiras gestações de Rani foram interrompidas.
“Minha sogra me levou pessoalmente à clínica”, ela disse, de modo direto, mas mal audível. “Não foi minha decisão, mas não tive escolha. Eles não queriam meninas.”
Agora a família de seu marido a está pressionando para engravidar de novo e ela está torcendo por um menino. Apesar das campanhas do governo contra o aborto de fetos femininos, ela não acredita que terá escolha.
A história de Rani é comum por todo Uttar Pradesh, um Estado que possui uma das maiores desproporções entre os sexos na Índia. Os números do censo mostram que a razão entre mulheres e homens na faixa de 0 a 6 anos caiu de 916 em 2001 para 899 em 2011.
Em um relatório do Unicef de 2007, Alka Gupta explicou parte do problema: a discriminação contra as mulheres, já entranhada na sociedade indiana, cresceu devido aos desenvolvimentos tecnológicos que agora permitem que clínicas móveis de escolha de sexo ingressem sem controle em quase todas as aldeias ou bairros.
A Lei de Técnicas de Diagnóstico Pré-Natal e Preconceito de 1994 sofreu uma emenda em 2003, para lidar com a profissão médica –o “lado da oferta” da prática de seleção de sexo. Mas a lei tem sido mal fiscalizada.
Os motivos por trás do aborto de fetos do sexo feminino são complexos, segundo o Centro para Pesquisa Social, uma organização de pesquisa em Nova Déli. Ranjana Kumari aponta que a prática ocorre em alguns dos Estados mais prósperos –Punjab, Haryana, Déli, Uttar Pradesh– indicando que o crescimento econômico não garante uma mudança nas posturas sociais.
Ela aponta vários fatores que levam à preferência por meninos em muitas partes da Índia, especialmente no norte conservador: os filhos são uma fonte de renda para a família, as filhas se casam e ingressam em outra família e não estão mais disponíveis para cuidar de seus pais, os dotes tornam as filhas uma despesa e, nas áreas rurais, há o temor de que as mulheres que herdem terras possam transferir a propriedade para a família do marido.
Outra forma de violência contra a mulher –as mortes por dote– é igualmente bem documentada, e igualmente terrível, apesar dos indianos estarem tão acostumadas com elas que elas se tornam quase invisíveis.
Os nomes de Sunita Devi, Seetal Gupta, Shabreen Tajm e Salma Sadiq não chamam muito a atenção da maioria dos indianos, apesar de estarem todas nas notícias na semana passada por motivos semelhantes. Sunita Devi foi estrangulada em Gopiganj, Uttar Pradesh, a grávida Seetal Gupta foi encontrada inconsciente e morreu em um hospital de Déli, foi ateado fogo em Shabreen Tajm que queimou até morrer em Tarikere, Karnataka, e Salma Sadiq sofreu um aborto após ser espancada por seu marido em Bangalore.
As exigências por dotes maiores por parte da família do marido estiveram por trás de todos esses atos de violência, e são tão comuns que recebem apenas uma breve menção nos jornais. Os números do Birô Nacional para o Crime indicam que as mortes por dote aumentaram, com 8.172 em 2008, em comparação a cerca de 5.800 uma década antes.
Monobina Gupta, que pesquisa a violência doméstica para Jagori, uma organização não governamental, faz uma ligação direta entre essas mortes e o aborto de fetos femininos: “O dote faz parte do contínuo de discriminação e violência baseada em gênero, começando pelos feticídios femininos. Após a chegada da liberalização ‘econômica’ em 1992, a lista de exigências de dote se tornou ainda maior. A abertura dos mercados e a expansão da classe média alimentam o consumismo e a demanda por bens modernos. Por exemplo, estudos mostram que televisores a cores e aparelhos de home vídeo substituíram os televisores preto-e-branco, carros de luxo os Maruti 800 anteriores, aparelhos sofisticados substituíram os processadores de alimentos básicos”.
“É semelhante ao que está acontecendo com os feticídios”, ela disse. “À medida que a classe média ganha mais dinheiro, ela tem acesso à tecnologia médica mais sofisticada, tanto para assegurar o nascimento de um menino quanto para se livrar de uma menina não nascida.”
Qual é o custo de ter uma filha para uma família indiana, ou para a família do menino de abrir mão do dote? O economista T.C.A. Srinivasaraghavan estima o dote médio em torno de 10 mil rúpias, ou US$ 225. Esse número médio mascara as exigências exorbitantes de dote que costumam ser feitas pela família do noivo.
Em resposta aos resultados preliminares do censo de 2011, o governo central criou um escritório para monitorar o uso indevido de técnicas de seleção de sexo e o aborto de fetos do sexo feminino. Mas o verdadeiro progresso só virá quando mudarem as atitudes culturais em relação às mulheres. Enquanto isso, as mulheres terão que encontrar suas próprias soluções.
Em uma área nobre de escritórios de Nova Déli, Kiran Verma, 28 anos, cuidava de sua minúscula loja, um centro de fotocópias. O pai de Verma deixou a família anos atrás, e sua mãe, uma empregada doméstica, se preocupa em como cobrir o custo do casamento da filha. Mas como muitas outras mulheres urbanas atuais, Verma tem seus próprios planos. “Mais um ano e eu terei ganho meu dote”, ela disse com confiança. “Dessa forma eu terei alguma escolha em relação à família para a qual entrarei.”
Mulheres jovens que economizam seus próprios dotes não é a solução radical –a erradicação total do dote e da discriminação contra as mulheres– com a qual sonhava uma geração de feministas. Mas em seus esforços para se redefinirem como geradoras de riqueza, em vez de ônus para suas famílias, Verma e sua geração de mulheres indianas podem estar desferindo alguns golpes por conta própria contra os preconceitos que contribuem para o aborto baseado em gênero.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Ator e ativista israelense Juliano Mer-Khamis é assassinado.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Caso Bolsonaro: FILHO DE PEIXE, peixinho É!
O vereador Carlos Bolsonaro, de 28 anos, concedeu entrevista ao jornal ALFA e classificou o episódio como mal-entendido, negou a existência de uma ditadura no Brasil e defendeu a posição política da família sobre cotas raciais e direitos dos homossexuais dizendo:
quinta-feira, 17 de março de 2011
Novas Conquistas da Exotique Filmes
Air Doll - Um Filme de Kore-eda Hirokazu
Eu assisti e recomendo. É de costume assistir à filmes asiáticos que primam na criatividade da produção de arte e no enquadramento, assim é "Air Doll" do diretor japonês Kore-eda Hirokazu. O roteiro fala, nas entrelinhas, da solidão e dificuldades das relações humanas neste mundo moderno, através do metafórico sentimento de uma boneca inflável que ganha um coração. O diretor trata a leveza como característica marcante do filme para se contrapor à dureza dos sentimentos dos habitantes de grandes metrópoles em elementos como o "ingênuo-puro-infantil" olhar de uma personagem feita de "ar", à uma sociedade contemporânea. A caótica metrópole que serve de locação para o filme torna-se suave e lírica com lentos movimentos de câmera trazendo, novamente, a mesma leveza que é a tônica do filme. Simplesmente maravilhoso.
sexta-feira, 11 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
"O Íntimo" na Seleção Oficial do New York Short Film Festival 2011
Este último final de semana já foi muito especial, pois aconteceu a mostra de algumas produções que fizemos no ano de 2010. A emoção maior ficou por conta da presença dos amigos, atores, diretores, o pessoal do Lunetim Mágico e outros profissionais do cinema que deram o ar da graça em pleno sábado à noite.
Naquela noite eu aproveitei para agradecer a rica presença de todos e dizer da dificuldade em se fazer cinema no Brasil. É uma missão quase impossível, as vezes desesperadora ou há quem diga: desanimadora! A começar pelo investimento que é grande e nunca temos patrocínios ou verba pública, depois as dificuldades de exibição e por último o retorno financeiro que é ZERO. O mercado não acredita em quem não seja famoso ou poderoso, daí vamos fazendo o nosso cinema de luta pacífica, cansados, mas felizes. Esta felicidade culminou esta semana quando recebi a notícia de que meu filme, O Íntimo, fazia parte da seleção oficial do "New York Short Film Festival". Para mim já é gratificação ao bastante, depois de quase três anos de produção, vários percalços e muito trabalho, a cidade que mais amo neste mundo (depois de São Paulo, é claro) escolheu o meu filme para fazer parte do seu festival. Quanta honra! Muito obrigado NY Short Festival.
Beijos mil,
Roberto Christo
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Loucuras de Uma Mente Cansada
Para muitos que são apenas repetidores de idéias, conceitos, condutas e moral, taxar a personagem principal como louca, é o mais fácil e cômodo.
Para aqueles que se deliciam na tentativa de analisar o comportamento humano, o filme é um prato cheio. Para mim, principalmente, foi um imersão total em um mundo de cobranças, cobranças estas que são introjetadas como conceitos de boa conduta, uma introjeção ditatória que não nos permite refletir sobre o seu real valor. As vezes, como artista, tento esquecer o limiar da realidade e da arte para que eu obtenha um resultado melhor na obra e ao contrario do esperado, recebo uma crítica destrutiva e todos torcem o nariz para a minha criação. A minha reação? Continuar correndo atrás de um sucesso ou reconhecimento. Como eu sou Ridículo!!
Bem, continuando o raciocínio sobre o filme, a minha loucura se transformou em uma tempestade mental, pois no mesmo dia que assisti ao Cisne negro, eu revi o filme “Milk”, e li as opiniões escritas por inernautas anônimos sobre o programa Big Brother, atualmente sendo exibido na TV. Para quem lê vai pensar: E o que uma coisa tem a ver com a outra? Tudo.
A sociedade, em geral, (incluindo eu) é uma mera repetidora dos dogmas, de uma forçada moral de conduta, de uma mediocridade fantasmagórica. Poucos são capazes de contestarem, de analisarem a obra e sua complexidade. Vamos lá, no “Milk” a sociedade repugna a homossexualidade com medo do diferente ou por pura ignorância ou pela cegueira destas religiões cretinas. No Big Brother, o participante rejeita a relação com uma outra participante, pois ouviu dizer que esta já havia trabalhado em sites pornôs (ou algo do tipo) e o pior, é apoiado por uma tropa de internautas machistas (de ambos os sexos), no Cisne Negro, os espectadores saem estarrecidos dizendo: O que a loucura é capaz de fazer!!
Enfim todas estas reações não passam da eterna mediocridade de repetir aquilo que a sociedade nos introjetou como a conduta da moral e dos bons costumes, como a conduta do normal. Aquilo que cega e emburrece o ser, o impede de refutar as questões da personalidade humana que a religião nos enfia goela abaixo. Criar as próprias idéias, os próprios conceitos passou a ser um processo de poucos, repetir os pensamentos comuns como grande novidades passou a ser uma ação do todo. Até quando vamos continuar fechando os olhos para os absurdos dos dogmas religiosos que incitam o desrespeito aos homossexuais? Ou para uma sociedade que diminui um ser humano que tem a coragem de se mostrar na sua forma mais pura e natural? Desnuda! Ou finalmente taxando de louca uma pessoa que cobrada por esta mesma sociedade a ser sempre o melhor e maior, esquecer o limite da realidade e da personagem a fim de proporcionar a obra perfeita para o deleite, outra vez, desta sociedade medíocre?
Abraços,
domingo, 30 de janeiro de 2011
Gays são agredidos em novo caso na região da Paulista
Por volta das 4 horas, Fábio (nome fictício) e o amigo caminhavam na Rua Peixoto Gomide, quase na esquina com a Rua Frei Caneca, quando ele levou uma garrafada no olho direito. O estudante conta que não viu os agressores se aproximarem. Ao tomar a garrafada, ouviu o amigo que o acompanhava gritando para que corresse. O outro rapaz levou um soco no peito e notou que um dos agressores tinha a cabeça raspada, outro tinha tatuagens, e que todo o grupo vestia roupas pretas --seriam skinheads.
Fábio é homossexual e mora na zona oeste. Seu marido está na Alemanha, onde se casaram --o país permite a união entre pessoas do mesmo sexo. Ele diz estar convicto de que o ataque teve motivação homofóbica porque as roupas que usa e a entonação da voz indicariam sua orientação sexual. Ele lamenta o fato e diz não compreender a motivação para agressões gratuitas como as que têm acontecido na região da Paulista. "Não sei se isso é estimulado por comportamento familiar, programas na TV... Não sei interpretar o que acontece na cabeça da pessoa para ter um comportamento desse tipo", afirma.
Após a agressão, Fábio correu para um posto de gasolina com sangramento no olho e no rosto. Foi nesse momento que o estudante teria, pela primeira vez naquele dia, o sentimento de desamparo. Não foi atendido pelos funcionários do posto quando pediu água e um pano para limpar a ferida.
O amigo tentou ligar para a polícia, mas não foi atendido. Fábio então procurou a base móvel da Polícia Militar na Paulista, nas proximidades com a Rua Haddock Lobo. Ele se queixa que os policiais não chamaram reforço para tentar buscar os agressores. "Pelo jeito, pensaram que tinha sido uma briga de balada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
O Abuso, Audácia e Ousadia do Vaticano com o Brasil
João Braz de Aviz, arcebispo de Brasília, afirma que a presidente Dilma Rousseff precisa explicar melhor o que pensa a respeito de certos assuntos à igreja.
COMO ASSIM?
Não estamos mais na época da inquisição, não somos mais colônia de Portugal que infestou este país de catequizadores que exterminaram nossos índios, perseguiram inocentes por causa de seus credos (sobretudo os afro-descendentes que tinham crenças trazidas da África), dominaram os tribunais com julgamentos baseados em absurdas leis religiosas.
Aqui vai o meu CALA A BOCA JOÃO BRAZ!!! O Brasil é uma nação laica e nossa presidente não precisa se submeter a um abuso deste nível.